SILVIO MEIRA

a política criou e software [ruim] detonou

“O site que tinha que fazer tudo isso de uma forma muito simples tem muito mais problemas do que eu acho que é aceitável”. frase do presidente dos EUA, falando do site por trás do novo programa de seguro de saúde do país, o obamaCARE. o site deveria conectar seguradoras e potenciais segurados e ser um mercado onde ofertas [de seguros de saúde] e demandas [de pessoas e pequenos negócios] iriam se encontrar e resolver um dos problemas mais graves dos EUA, a falta de seguro saúde para um grande número de americanos, 47 milhões em idade de trabalho, em um país que não tem qualquer coisa parecida com o SUS. sim, todos reclamam do SUS… mas ele é o atendimento básico [e muito sofisticado, também] para cada vez mais brasileiros que não têm como pagar um seguro que lhes dê um atendimento real quando problemas reais acontecem. e 1/4 da população dos EUA é afetada por falta de seguro saúde, 15% por períodos acima de um ano, como se pode ver abaixo.

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mas este blog não trata de saúde; então… o que o SUS e obamaCARE fazem aqui?…bem, o SUS e o seguro de saúde de obama dependem, para funcionar, de software. muito software, encomendado pelo governo, a alguém, contra o tempo, com data marcada pra entrar no ar. o presidente americano “pegou” uma briga radical, com o partido republicano, por 4 longos anos, pra aprovar seu programa de saúde. tal foi a pendenga que o governo americano passou duas semanas fechado, com parte dos funcionários em casa, no último embate. você certamente ouviu falar disso. centenas de milhares de funcionários mandados pra casa [sem receber] e 1 milhão trabalhando sem receber um centavo. pense num rolo. quando se pensava que, agora, era só botar o “sistema” no ar, depois de tudo resolvido na política… cadê que o sistema de informação por trás de healthcare.gov aguentou o tranco?

pra começar, milhões de pessoas tentaram se registrar ao mesmo tempo. e o que se dá quando muita gente, ao mesmo tempo, tenta entrar num “site” sem história, que nunca foi usado e não construiu cenários de como seria, por quanta gente, em que janelas de tempo, com que intensidade? que não havia se preparado, se sabe agora, minimamente, considerando a importância política e estratégica do projeto? nós temos exemplos nacionais: o enem tinha problemas em 2005 e continuava com problemas em 20122013… e por aí vai. por que?

o enem resolve o problema de seleção para o ensino superior e outro, econômico. quando eu fiz vestibular, na década de 70, foram 4, em todas as universidades em que havia provas na minha cidade. muitos, antes e depois de mim, fizeram muito mais provas do que eu. e era um inferno, um mês inteiro de vestibular, resultados, o diabo. dado que nós sabemos como desenhar, desenvolver e operar sistemas de informação que suportam grandes picos de demanda [ouviu falar na amazon fora do ar perto do natal?… não, né?] por que é que o site do enem e da saúde do obama têm problemas tão graves -e no caso do enem, recorrentes, ano após ano?

healthcare.gov levou 3 anos pra ficar “pronto” e custou US$634M. perto de um bilhão e meio de reais. não há dados para o enem. pelo que consta, foi feito como se fosse um site de governo: dupro, inflexível, pesado, difícil de usar e, ainda por cima, não foi testado como deveria, num ambiente de simulação da carga [número de usuários, em potencial] que deveria suportar em condições extremas]. aí, deu no que deu: milhões de pessoas tentando usar a boa nova, sem conseguir. e tudo pelo que o presidente lutou durante tanto tempo e ganhou, politicamente, água abaixo por causa de software de má qualidade. e custo estratosférico.

sob vários aspectos, o lançamento do programa de saúde do governo dos EUA foi um desastre, porque do ponto de vista prático tudo se resumia a um sistema de informação que [deveria] implementa[r] a política pública. como o software não funcionou como deveria, é como se o programa –todo- tivesse dado errado. e deu, para quase todo mundo, por muito tempo. a credibilidade do programa sofreu um abalo quase fatal. se fosse uma empresa privada, não teria uma segunda chance. só existe, ainda, porque se trata de programa de governo. e com software de péssima qualidade por trás.

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será que é só o governo [e todos os governos, de todos os países…] que entra em roubadas da classe de healthcare.gov [e, numa certa escala, do enem]? não. até as melhores empresas privadas têm problemas deste tipo, vez por outra. eles são bem mais frequentes em software de governo, pois parece que –globalmente- governos têm bem mais dificuldades de 1. especificar o que querem; 2. contratar quem seria o fornecedor mais apropriado para resolver o problema; 3. acompanhar a solução sendo desenvolvida e garantir que ela é apropriada para o problema em questão, ao mesmo tempo em que [com o tempo] o problema muda [porque o contexto e as demandas mudam]  e 4. realizar os testes de aceitação que deveriam determinar se o sistema desenvolvido é [ou não] uma solução apropriada para o problema [final, e não aquele para o qual começou a ser desenvolvida].

governos –e empresas privadas, contratantes e fornecedoras de software- têm que melhorar muito, ainda, seus processos de aquisição e fornecimento de software. e têm que começar entendendo que a melhor maneira de evitar desastres da classe do obamaCARE é não desenvolver nenhum software. nenhum. porque o problema de casamento de demanda e oferta de seguros de saúde que o governo americano queria resolver, se fosse entregue aos agentes que participam deste mercado como um serviço [realização de transações] e não software [infraestrutura para realizar os serviços] teria sido 1. bem mais fácil de ser especificado; 2.  o desenvolvimento do software não seria um problema do governo; 3. múltiplos mercados, regulados, poderiam ter sido criados e operar de forma independente e competindo entre si e 4. mesmo que o governo resolvesse que seria ele a pagar pela intermediação [para ter dados de todas transações, por exemplo, sem ter que forçar, por lei, os agentes privados a entregá-los], pagaria a quem efetivamente realizasse os negócios, sem qualquer responsabilidade sobre o software.

ou seja, o governo obama comprou meios, infraestrutura, ao invés de resultados, ou realizações. e o governo brasileiro e outros fazem o mesmo, e os resultados são quase sempre abaixo da média de performance da iniciativa privada em qualquer lugar. os últimos já descobriram que tudo é software, e há muito tempo; e que, ao mesmo tempo, não precisam ser donos do software que usam [e da infra sobre a qual ele roda], mas garantir que se cumpra, para realizar as transações que suprem as necessidades informacionais de um certo modelo de negócios [e obamaCARE é um destes modelos], regras, condições, parâmetros de performance, segurança e preservação de informação [só para citar uns poucos itens…] que dêem conta das expectativas do contratante. usar software não quer dizer possuir –muito menos desenvolver- software. é pra isso que existe software como serviço. passo a passo, e apesar das denúncias de snowden, as empresas privadas estão aprendendo a conviver com tal paradigma de uso de software como habilitador de modelos de negócios. mesmo que isso custe a revisão de modelos de negócios barrocos e de muito difícil implementação [como o do sistema de saúde dos EUA], para fazer uso de software menos complexo e compartilhado com muitos outros atores da mesma cadeia de valor. funciona. é eficaz. e custa menos.

mais dia, menos dia, os governos chegam lá. enquanto isso, haja desastres… até porque a complexidade e o tamanho do software por trás de processos dos quais a sociedade depende de forma estrutural só aumenta, como se pode ver na imagem a seguir. se nada –radical, que mude completamente a visão sobre software no setor público- for feito, desastres como obamaCARE só se tornarão mais frequentes e mais caros. às custas do seu e do meu imposto. e sem nos dar qualquer retorno…

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o tamanho de código em verde é o obamaCARE; segundo o NYT, seriam 500 milhões de linhas de código, ou 5 vezes mais do que os carros mais sofisticados a rodar por aí, que costumavam ter os maiores softwares conhecidos. só que muita gente, eu inclusive, duvida que a estimativa no NYT faça a sentido.  se fizer, aí eles têm bem mais de um problema pra corrigir, talvez anos de trabalho pra fazer a coisa funcionar direito. vamos ver. e tomara que não role algo parecido por aqui…

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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