SILVIO MEIRA

o começo do fim da confusão digital?…

[este post foi provocado pela notícia de que a nokia, depois de ver vários fabricantes de computadores entrarem no mercado de celulares, está pensando seriamente em fabricar… computadores.]

PCs, laptops e celulares são meros instrumentos pra “sintonizar” a internet. sintonizar pra produzir, consumir e relacionar informação e seus produtores e consumidores. isto posto, o que diferencia os três “instrumentos”?

olhando a partir de um referencial mais ou menos padrão, o balcão de uma loja [ou sua mesa, se for em casa], PCs são representantes de computação NO balcão, em relação a que os laptops e celulares ficam DEPOIS do balcão. se o referencial formos eu e você, laptops e, bem mais apropriadamente, celulares, representam computação e comunicação CONOSCO. básico. ninguém sai por aí carregando um PC como se fosse um celular, um celular não parecia com um laptop e até pouco tempo não dava pra fazer num celular quase nada do que era possível em um PC ou MAC.

o problema –ou a solução- começou com os netbooks, laptops que começam a se aproximar de um celular [pelo volume e peso, mais do que qualquer outra coisa] e tomou forma e ganhou nome com a gama de celulares representada pelo iPhone, android e pela próxima geração de windows mobile, cujo propósito final é levar a mesma experiência de uso dos PCs, MACs e laptops para o celular. ou vice versa.

quanto mais rápido isso acontecer –inclusive o vice-versa- mais teremos chegado no que poderíamos chamar, de fato, convergência digital. que não é nada mais do que reduzir todos os processos que tratam informação a aplicações sobre a infraestrutura e serviços da internet. feito isso, SMS, chat, telefonia, web, transferência de arquivos, publicação de fotos… controlar o portão da sua casa, abrir seu carro, sua identidade [pra entrar no estádio]… e mais rádio, TV, vídeo, jornal, cinema e, se você quiser, dinheiro, tudo será aplicações sobre a mesma infraestrutura e serviços. simples assim.

pouco importa se toshiba, dell, hp, lenovo, positivo, acer [e todos os outros fabricantes de PCs] também vão fabricar smartphones, se a apple faz iPhones ou se a nokia, agora, vai fazer laptops. façam o que fizerem, o que nós usuários queremos, do lado de cá, é que as coisas que eles fabriquem “sintonizem” a internet usando padrões mundiais e abertos e que os provedores de infraestrutura e serviços [as companhias de rede, “telecomunicações”, TVs…] não atrapalhem o que estamos querendo fazer, aleijando os dispositivos às nossas mãos com dificuldades inventadas em seus sistemas.

e o que nos impede de chegar lá mais rápido, ou tão rápido quanto a disponibilidade dos “sintonizadores”? os modelos de negócio legados [ou seja, do passado] da maior parte dos agentes que intermediam nosso acesso à informação. as TVs ainda querem ter espectadores [quando audiência já virou comunidade], as teles querem vender minuto de conexão [quando estão totalmente implementadas em termos de pacotes digitais…], as companhias de infraestrutura de rede querem controlar o tráfego, habilitando mais isso e menos aquilo… ou seja, mesmo tendo uma convergência de dispositivos cada vez mais clara e imediata, ela vale muito pouco se, por trás, onde o bicho pega, o sistema como um todo não levar em conta o que que a população da rede realmente é e quer fazer. somos indivíduos, produtores e consumidores de informação, em rede. simples.

mas muito difícil de se chegar lá. para tal, é preciso muita gente se envolver, incluindo múltiplas instâncias reguladoras… passando [no caso brasileiro] por anatel e congresso, entre outros, pra gente ter uma rede bem… simples. e não é de hoje que se discute o problema. a seguir, um texto que publiquei em dezembro de 2006 no G1, chamado confusão digital… leia com cuidado e note que, de lá prá cá, pouquíssima coisa mudou:

O noticiário mundial anda cheio de notas, reportagens, entrevistas e promessas de convergência digital, com cada empresa prometendo mais do que outra. Teles prometem YouTube em seus celulares, TVs a cabo entregam telefonia como parte do pacote, provedores de acesso querem fornecer TV via protocolo IP e, claro, quando houver, TV digital há de ser, segundo quase todos, interativa. A ponto de o espectador poder receber uma chamada telefônica, pela TV, bem no meio daquele capítulo intenso da novela.

Convergência digital, visto pelo lado da maioria das empresas de mídia ou do que costumava ser chamado de telefonia, parece ser um fazer tudo (todas as formas de mídia e comunicação) sobre sua plataforma física, qualquer que seja, para todos os públicos, desde que eu — a empresa — tenha controle sobre o que eles — os usuários — fazem.

Mas isso não vai dar certo, em último caso, porque não irá satisfazer justamente o tal do usuário, responsável pela renda e negócio da empresa. Por que não? Primeiro, talvez devêssemos concordar com uma definição de convergência, à qual podemos chegar através de exemplos. O que é um telefone? No passado, era um equipamento com um dial, microfone e fone de ouvido, conectado por fios a uma central telefônica. Bem no passado, era analógico e vez por outra funcionava. Hoje, é uma aplicação, responsável pela transferência bidirecional de áudio entre dois pontos, à qual podem ser agregadas funcionalidades de tantos tipos que, em muitos casos, escondem o tal telefone.

Esta aplicação, tanto como emeio, transferência de arquivos, interação com páginas web, rádio e TV, é possibilitada porque um conjunto de serviços — protocolos específicos para suportar cada tipo de aplicação — construído sobre uma infra-estrutura (processadores, roteadores, cabos, redes sem fio, satélites) que, em última análise, realmente movimenta os bits que tornam possível nossas conversas. Então, por trás da convergência, está uma rede estruturada em camadas: infra-estrutura, lá embaixo, serviços essenciais sobre ela e, no topo, as aplicações que usamos e pelas quais queremos – eventualmente — pagar. Convergência digital é transformar em infra-estrutura, serviços e aplicações, usando padrões abertos e inter-operáveis, o que antes eram sistemas particulares, fechados, cada um de um operador diferente.

E onde entra a confusão digital? Na hora em que uma operadora de celular (Verizon, nos EUA) avisa que vai prover YouTube a seus usuários, ao invés de convergência, é confusão. Por quê? Se fosse convergência, como o celular é um dispositivo que deveria estar funcionando sobre uma rede aberta, a operadora nunca precisaria dizer que vai — ou não — oferecer uma aplicação na telinha do meu celular. O problema seria somente meu: YouTube é um site, tem um endereço, eu vou lá e vejo o que quero. Como nós fazemos com nossos browsers. A menos que o leitor esteja na China, Irã, Cuba e outros países que censuram a internet, a escolha do que ver é livre. A internet é, por definição, convergente. A rede das teles, ainda pensada como telefonia, não é.

As operadoras, de fato, controlam o padrão de experiência que seus usuários têm na rede, deixando-lhes, na prática, pouca escolha. Para que tivéssemos convergência digital real, lá, era preciso primeiro “abrir” as operadoras para a rede. Em outras palavras, seria preciso que elas se vissem como as provedoras de infra-estrutura que realmente são. Compare, por exemplo, com as empresas de eletricidade: nenhuma delas tem a coragem, hoje, de dizer o que nós podemos ligar ou não nas tomadas. Fazemos o que queremos. Num passado distante, até que tentaram. Mas não deu, como não vai dar, no longo prazo, para as empresas de telecom.

O mesmo acontece com as redes de TV a cabo: apesar de ter alguma escolha dos canais que posso assistir, não tenho (pelo menos aqui em Recife) nenhum canal de Angola ou Senegal. Por quê? O distribuidor controla os sinais (digitais) entram em sua rede… de tal forma que só posso escolher entre os canais que já pré-escolhidos. Haveria uma grande audiência para uma TV do Senegal no Brasil? Provavelmente não. Mas se o mundo fosse mesmo convergente — e não confuso como os operadores o tornam –, um pequeno número de espectadores, poucos milhares, tornariam lucrativo ver o Senegal, via IP, no Brasil.

Olhando para as atuais infra-estruturas e serviços (teles e outros) de entrega de aplicações (de telefone a TV e internet) em nossas casas e empresas, não só cada ator que fazer tudo, mas quer, também, controlar tudo e, especialmente o que, como e quando o usuário vê, ouve ou tem acesso. O mesmo pode acabar acontecendo com TV digital, dependendo do caminho que escolhermos: os “operadores” de TV digital, os canais, podem querem ter o mesmo grau de controle que, hoje, as teles e os operadores de cabo têm, ou gostariam de ter, sobre seus espectadores.

É bom lembrar, e saber, que os espectadores, clientes e usuários estão fugindo das infra-estruturas e serviços fechados para sistemas abertos, onde podem definir, escolher e usar o que querem e bem entendem. As experiências que os usuários querem ter os incluem não só como atores, mas, muitas vezes, como diretores e até como construtores de seus serviços. Foi assim que surgiram Skype, YouTube, blogs e as muitas redes sociais que, hoje, ameaçam a mídia clássica e as velhas redes de telecomunicações.

Pode ser que a confusão digital continue ainda por muito tempo. Mas ela não há de durar para sempre. Mais hora, menos hora, teremos um mundo convergente sobre a mesma plataforma de computação, comunicação e controle, estruturada em termos de infra-estrutura, serviços e aplicações que podem ser usadas como, quando e por quem queira, sem interferência de “programadores centrais”. Se as teles algum dia pensaram que poderiam ser redes de TVs e vice-versa, cada um e todos controlando os usuários de suas “convergências”, parece que não vai dar.

Se alguém vai programar o futuro do usuário-espectador, é ele mesmo. E cada operador vai achar, breve, seu novo lugar na convergência de negócios que será criada pela convergência tecnológica. Afinal, confusão não é um bom negócio para ninguém.

Outros posts

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [XII]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [xi]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [x]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [ix]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [vi]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [v]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [iv]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

chatGPT: cria ou destrói trabalho?

O potencial de relevância e impacto inovador de transformadores [veja A Grande Transformação dos Transformadores, em bit.ly/3iou4aO e ChatGPT is everywhere. Here’s where it came

A Grande Transformação dos Transformadores

Um transformador, na lembrança popular, era [ainda é] a série de filmes [Transformers, bit.ly/3Qp97cu] onde objetos inanimados, inconscientes e -só por acaso- alienígenas, que existiam

Começou o Governo. Cadê a Estratégia?

Estamos em 02/01/2023. Ontem foram as posses e os discursos. Hoje começam a trabalhar um novo Presidente da República, dezenas de ministros e ainda serão

23 anotações sobre 2023 [xxiii]

Este é o 23° de uma série de textos sobre o que pode acontecer, ou se tornar digno de nota, nos próximos meses e poucos

23 anotações sobre 2023 [xxii]

Este é o 22° de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [xxi]

Este é o 21° de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [xx]

Este é o 20° de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [xix]

Este é o 19° de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [xviii]

Este é o 18° de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [xvii]

Este é o 17° de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [xvi]

Este é o 16° de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [xv]

Este é o 15° de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [xiv]

Este é o décimo quarto de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se

23 anotações sobre 2023 [xiii]

Este é o décimo terceiro de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se

23 anotações sobre 2023 [xii]

Este é o décimo segundo de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se

23 anotações sobre 2023 [xi]

Este é o décimo primeiro de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se

23 anotações sobre 2023 [x]

Este é o décimo de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [ix]

Este é o nono de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [viii]

Este é o oitavo de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [vii]

Este é o sétimo de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [vi]

Este é o sexto de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [v]

Este é o quinto de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [iv]

Este é o quarto de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [iii]

Este é o terceiro de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [ii]

Este é o segundo de uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar

23 anotações sobre 2023 [i]

Esta é uma série de textos curtos, de uns poucos parágrafos e alguns links, sobre o que pode acontecer, ou se tornar digno de nota,

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [ii]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [i]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto

O Metaverso, Discado [4]

Este é o quarto post de uma série dedicada ao metaverso. É muito melhor começar lendo o primeiro [aqui: bit.ly/3yTWa3g], que tem um link pro

O Metaverso, Discado [3]

Este é o terceiro post de uma série dedicada ao metaverso. É muito melhor começar lendo o primeiro [aqui: bit.ly/3yTWa3g], que tem um link pro

O Metaverso, Discado [2]

Este é o segundo post de uma série dedicada ao metaverso. É muito melhor ler o primeiro [aqui: bit.ly/3yTWa3g] antes de começar a ler este aqui. Se puder, vá lá, e volte aqui.

O Metaverso, Discado [1]

O metaverso vai começar “discado”. E isso é bom. Porque significa que vai ser criado e acontecer paulatinamente. Não vai rolar um big bang vindo

chega de reuniões

um ESTUDO de 20 empresas dos setores automotivo, metalúrgico, elétrico, químico e embalagens mostra que comportamentos disfuncionais em REUNIÕES [como fugir do tema, reclamar, criticar…

Definindo “o” Metaverso

Imagine o FUTEBOL no METAVERSO: dois times, A e B, jogam nos SEUS estádios, com SUAS bolas e SUAS torcidas. As BOLAS, cada uma num

Rupturas, atuais e futuras,
no Ensino Superior

Comparando as faculdades com outras organizações na sociedade,percebe-se que sua peculiaridade mais notável não é seu produto,mas a extensão em que são operadas por amadores.

O que é Estratégia?

A primeira edição do Tractatus Logico-Philosophicus [TLP] foi publicada há exatos 100 anos, no Annalen der Naturphilosophie, Leipzig, em 1921. Foi o único livro de

O Brasil Tem Futuro?

Uma das fases mais perigosas e certamente mais danosas para analisar e|ou entender o nosso país é a de que “O Brasil é o país

Os Velhos Envelopes, Digitais

Acho que o último envelope que eu recebi e não era um boleto data da década de 1990, salvo uma ou outra exceção, de alguém

Houston, nós temos um problema…

Este texto é uma transcrição editada de uma intervenção no debate “De 1822 a 2022 passando por 1922 e imaginando 2122: o salto [?] da

Pessoas, Games, Gamers, Cavalos…

Cartas de Pokémon voltaram à moda na pandemia e os preços foram para a estratosfera. Uma Charizard holográfica, da primeira edição, vale dezenas de milhares

As Redes e os Currais Algorítmicos

Estudos ainda limitados[1] sobre política e sociedade mostram que a cisão entre centro [ou equilíbrio] e anarquia [ou caos] é tão relevante quanto a divisão

O Trabalho, em Transição

Trabalho e emprego globais estão sob grande impacto da pandemia e da transformação digital da economia, em que a primeira é o contexto indesejado que

O ano do Carnaval que não houve

Dois mil e vinte e um será, para sempre, o ano do Carnaval que não houve. Quem sentirá na alma são os brincantes para quem

Rede, Agentes Intermediários e Democracia

Imagine um provedor de infraestrutura e serviços de informação tomando a decisão de não trabalhar para “um cliente incapaz de identificar e remover conteúdo que

21 anotações sobre 2021

1 pode até aparecer, no seu calendário, que o ano que vem é 2021. mas não: é 2025. a aceleração causada por covid19, segundo múltiplas

A Humanidade, em Rede

Redes. Pessoas, do mundo inteiro, colaborando. Dados, de milhares de laboratórios, hospitais, centros de pesquisa e sistemas de saúde, online, abertos, analisados por sistemas escritos

tecnologia e[m] crises

tecnologia, no discurso e entendimento contemporâneo, é o mesmo que tecnologias da informação e comunicação, TICs. não deveria ser, até porque uma ponte de concreto

o que aconteceu
no TSE ontem?

PELA PRIMEIRA VEZ em muitos anos, o BRASIL teve a impressão de que alguma coisa poderia estar errada no seu processo eleitoral, e isso aconteceu

CRIAR um TEMPO
para o FUTURO

em tempos de troca de era, há uma clara percepção de que o tempo se torna mais escasso. porque além de tudo o que fazíamos

Duas Tendências Irreversíveis, Agora

O futuro não acontece de repente, todo de uma vez. O futuro é criado, paulatinamente, por sinais vindos de lá mesmo, do futuro, por caminhos

futuro: negócios e
pessoas, figitais

em tempos de grandes crises, o futuro, às vezes mais do que o presente, é o centro das preocupações das pessoas, famílias, grupos, empresas e

bom senso & saber

uma pergunta que já deve ter passado pela cabeça de muita gente é… o que é o bom senso, e como é que a gente

uma TESE são “só” 5 coisas…

…e uma dissertação e um trabalho de conclusão de curso, também. este post nasceu de um thread no meu twitter, sumarizando perguntas que, durante a

os novos NORMAIS serão FIGITAIS

há muitas empresas achando que… “agora que COVID19 está passando, bora esquecer essa coisa de DIGITAL e trazer os clientes de volta pras lojas”… enquanto

Novas Formas de Pensar em Tempos Incertos

O HOMO SAPIENS anatomicamente moderno tem ceca de 200.000 anos. Há provas de que tínhamos amplo controle do fogo -talvez “a” tecnologia fundadora da humanidade-

Efeitos não biológicos de COVID19

A PARTIR do que já sabemos, quais os impactos e efeitos de médio e longo prazo da pandemia?… O que dizem as pesquisas, não sobre

APRENDER EM VELOCIDADE DE CRISE

TODOS OS NEGÓCIOS estiveram sob gigantesca pressão para fazer DUAS COISAS nas últimas semanas, quando cinco décadas de um processo de transformação digital que vinha,

UM ANTIVÍRUS para a HUMANIDADE

SARS-COV-2 é só um dos milhares de coronavírus que a ciência estima existir, ínfima parte dos 1,7 milhões de vírus desconhecidos que os modelos matemáticos

Mundo Injusto, Algoritmos Justos?

Se um sistema afeta a vida das pessoas, exige-se que seu comportamento seja justo. Pelo menos no que costumamos chamar de civilização. Ser justo é

Das nuvens, também chovem dados

Há uns meses, falamos de Três Leis da Era Digital, inspiradas nos princípios de Asimov para a Robótica. As Leis eram… 1ª: Deve-se proteger os

As Três Leis da Era Digital

Há setenta e oito anos, Isaac Asimov publicava a primeira versão do que todos conhecem como as Três Leis da Robótica[1]. A Primeira diz que

o apocalipse digital…

…segundo silvio meira, capítulo 55, versículo 2019, parágrafos 1 a 8. escrito em plena sexta-feira 13, num dos grupos de inovação [corporativa] mais animados e

por uma educação
“sem” distância

Uma versão editada do texto abaixo foi publicada no ESTADÃO em 28/08/2019, quando ninguém tinha a menor ideia de que toda a educação do país

uma classe para o brasil

este texto tem origem numa discussão [em grupos de zap, que depois se tornaram mesas de bar…] sobre o protagonismo do brasil em um particular cenário

os EUA, imitando Taperoá?

lá em 2009, ainda nos tempos de terra magazine [que foi um dos melhores repositórios de textos e debates da web brasileira, assim como o

Brasil, o país onde o futuro passa batido

“O futuro passa batido nas grandes rodadas de decisão sobre o país. Passamos um monte de tempo, aqui, decidindo o passado…” [Texto integral de entrevista

Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

contato@tds.company

Rua da Guia, 217, Porto Digital Recife.

tds.company
somos um negócio de levar negócios para o futuro, nosso objetivo é apoiar a transformação de negócios nascentes e legados nas jornadas de transição entre o presente analógico e o futuro digital.

strateegia
é uma plataforma colaborativa de estratégia digital para adaptação, evolução e transformação de negócios analógicos em plataformas e ecossistemas digitais, desenvolvido ao longo de mais de uma década de experiência no mercado e muitas na academia.