SILVIO MEIRA

2010: começa a guerra pelos dados e clientes móveis

2010 vai ser o ano dos dados móveis no mundo inteiro. se você não tem, ainda, uma forma de estar conectado ao seu emeio e redes sociais enquanto em movimento, prepare-se para ter mais esta despesa muito em breve. ao seu redor todo mundo vai ter. e mais cedo ou tarde, você, também. para ter uma ideia do tipo de coisa que pode acontecer, veja o que a juniper research prevê para dados móveis em 2010 neste link.

aqui no brasil, a TIM deu a partida no que deve ser uma longa e muito interessante disputa pelos clientes de celulares. a operadora lançou um pacote que considera o mais competitivo do mercado, de 100MB/mês a R$9.90 para os os usuários de pós-pago.

segundo rogério takayanagi, diretor de marketing, "a TIM acredita na Internet móvel e na importância das pessoas poderem estar conectadas a qualquer hora, em qualquer lugar, através do celular. com o lançamento do pacote mais conveniente do mercado, esperamos ampliar ainda mais o acesso à internet pelo celular a uma maior parcela da população que ainda via no preço do acesso uma barreira para o uso do serviço".

isso é muito bom. mas, convenhamos, ainda falta muito. primeiro porque mais de 80% dos usuários são pré-pagos e estão, digamos, naturalmente excluídos desta e de outras ofertas da mesma classe. segundo porque é preciso que as operadoras pensem em modelos alternativos para contas de dados de baixo custo, seja para clientes pré ou pós.

exemplo? t’aqui um: velocidade mínima garantida [digamos 1Mbps] até um certo volume de dados [digamos 100MB] e, daí pra frente, caindo em função de [entre outros] carga da rede e o volume de dados do usuário. isso poderia permitir navegação na alta madrugada, ou em certas regiões, quase nas mesmas condições dos primeiros 100MB. e poderia ser aplicado indistintamente para contas pré ou pós. claro que, se o usuário quisesse [e pudesse] poderia pagar um extra pra manter a velocidade, sob sua demanda e controle.

e há um terceiro condicionante, bem real: infraestrutura, no lugar e operante, para atender à demanda. mesmo nas melhores famílias isso não é nada fácil. em londres, a rede da O2 entrou em colapso várias vezes no natal, o que a operadora debitou à alta demanda pela infra de dados que –ora veja- ela própria criou…

no natal, dia de ano e, de resto, quase qualquer dia, a cobertura 3G da minha operadora está sempre assim-assim. a opção da conta de dados da TIM é muito bem vinda; mas ela tem que se cuidar e garantir uma infra que acompanhe a demanda. senão, será só mais um gerador de clientes insatisfeitos…

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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