este post não é sobre digital, conectado, móvel, muito menos programável, assuntos usuais do blog. em 2012 faz 20 anos que o planeta perdeu um de seus gênios: astor pantaleón piazzolla. desde que o descobri, lá nos anos 70, piazzolla sempre foi [pra mim] um dos grandes mistérios e encantos da música. tivesse composto só adiós, noniño [de 1959!… um requiem para o pai], estaria na lista que o planeta haveria de preservar para sempre, até o fim do mundo.
mas fez muito mais. “decarísimo” toca no meu coração há anos, décadas. ouça.
a “encantação” de decarísimo acima é parte de um concerto em utrecht, em 1985. piazzolla, com seu quinteto tango nuevo, roda a coisa toda no vídeo abaixo. uma destas passagens de tempo que não passam, nunca. por mais que o tempo pareça, inexoravelmente, passar…
a música de piazzolla é mediterrânea na américa latina. oposta, como ele dizia, aos batuques africanos, brasileiros. tango não é batuque, meu maracatu não é tango. cada qual uma beleza infinita, atemporal. mas não há como não se encantar com a execução da filarmônica de buenos aires para o “meu” decarísimo, sob a batuta de daniel baremboim. e quem sabe um dia a gente não toca isso na cabraAlada…
astor piazzolla faleceu em BsAs, aos 4 de julho de 1992, aos 71 anos. dois anos antes, havia sofrido uma trombose em paris, da qual nunca se recuperou.