todo fim de ano, somos instados a prever o que vai acontecer no ano que vem. como indivíduos, fazemos promessas: comer menos, malhar mais, trabalhar mais [ou menos!]. na empresa, planeja-se. planos são alucinações compartilhadas que, apropriados e com todo mundo ralando muito e tudo dando certo, se tornam realidade ano que vem. de analistas, jornalistas e blogueiros se quer previsões, um negócio arriscadíssimo que quase nunca rola. mas, se você observa tendências, aqueles fragmentos de futuro que já se concretizam aqui e ali, dá pra não errar muito [vez por outra].
quer ouvir uma? em 2012 empresas de todos os mercados vão se enredar [dicionário: por ou estar em rede; embaralhar, complicar] no "ciclo de vida do consumidor". negócios que não incluírem o consumidor, de uma vez por todas, no seu ciclo de vida [o por…] enfrentarão dificuldades crescentes [o complicar-se…], em ambientes e mercados crescentemente sociais. se livrar do consumidor, como se costuma fazer depois da venda, será cada vez mais difícil. conhecemos a experiência: marketing e atendimento de primeira até a compra. depois, o problema é da assistência, terceirizada, do de um alguém cujo interesse na situação é marginal. como a maior parte dos consumidores sempre soube, depois da venda o problema é nosso.
mas esse "vender e correr" pode estar com os dias contados, porque um bom número de negócios começa a entender o "consumidor social", que já se anunciava para 2011 e que espera um relacionamento dedicado, em tempo integral e em todos os espaços, com marca, produtos e serviços, desde o posicionamento ético e ambiental até a qualidade de seu ciclo de vida de produtos e serviços, da compra até a reciclagem. e as empresas não podem dizer que não podem atender tal demanda: têm montanhas de dados, sabem dos desejos das pessoas, o conhecimento e plataformas para relacionamento "social" com os consumidores existem [em beta, mas existem]. só falta fazer. minimamente bem feito. quem fizer, ocupará muito mais espaço partir de 2012. e talvez seja quem vai sobreviver, depois…
em dezembro de 2011 e janeiro de 2012, o blog publica [ao contrário da norma, aqui] bits: textos pequenos, bem mais frequentes, sobre nossa [mundana] vida digital. ao invés dos raciocínios estruturados e interligados de costume, vamos nos ater a TRÊS parágrafos, no máximo. boa leitura.