a riqueza da web se deve a quem deixou de ser espectador [como na TV], virou usuário [e passou a interagir com o conteúdo na rede] e, agora, está começando a programar, de verdade, a própria rede. programar pode ser muito difícil e você pode precisar de centenas, milhares de horas de estudo para fazer certos programas. aliás, pra participar do time que faz: pouca coisa é feita por um lobo solitário, hoje. por outro lado, se os blocos que você usaria para montar seu "programa" foram feitos por alguém e podem ser combinados de forma simples, programar é mais fácil do que escrever [um blog como este]. pra entender porque, vá ver ifttt, por exemplo.
a ideia geral de programação, de cada um de nós poder criar, à seu gosto, um produto ou serviço, não vale só para software, claro. mas pode ser bem mais difícil do que programar um computador ou a rede, "coisas" que foram criadas pra serem programadas. pense em fazer um carro, todo seu, do nada. tão complicado que pouca gente tenta. agora pense em fazer sua própria receita de refrigerante. em escala. e ganhar dinheiro com isso. sem ter fábrica… complicado? não. porque aí é onde entra a galera de uFlavor.
como acontece com muitas ideias geniais, uFlavor é trivial: uma fábrica inteira programável, com milhares de sabores básicos potenciais [e zilhões de combinações] e máquinas de venda [verdadeiros robôs de mixagem de bebidas] na rua, com 100 sabores que você pode usar como bem entender. com um detalhe: você será remunerado pelas vendas de "seu" refrigerante da mesma forma que desenvolvedores de aplicações móveis recebem pelos downloads. algo me diz que este modelo pode se tornar universal, à medida em que "printing", ou de fabricação pessoal universal, se torna cada vez mais comum. falando nisso, qual sua "receita" predileta de "soft" drink?
em dezembro de 2011 e janeiro de 2012, o blog publica [ao contrário da norma, aqui] bits: textos pequenos, bem mais frequentes, sobre nossa [mundana] vida digital. ao invés dos raciocínios estruturados e interligados de costume, vamos nos ater a TRÊS parágrafos, no máximo. boa leitura.