em quase todo tipo de embate, a qualquer tipo de ataque corresponde um contra-ataque. nem sempre é como na física, onde por lei a reação é igual e contrária. às vezes o contra-ataque é maior e noutras, muito menor. olhe a indústria de mídia: propostas como SOPA e PIPA [discutidas aqui e aqui] usam o suposto impacto da pirataria em rede sobre as receitas das grandes empresas de mídia para tentar assumir o controle da internet e exercer um domínio férreo sobre o conteúdo online. leis como SOPA, PIPA [e ACTA ] são exemplos de contra-ataque desproporcional ao ataque representado pelo uso da rede para compartilhar conteúdo em larga escala.
mas quando se olha o problema de perto e de forma idônea [ou seja, sem a influência dos lobbies do setor, como fez o governo suíço, descobre-se que o impacto da cópia online sobre os negócios não justifica medidas de exceção como as propostas pelos americanos, pelos franceses [HADOPI] e outros. lá na suíça, download [de qualquer coisa] para uso privado é… legal. pura e simplesmente legal.
e o embate evolui: com o fechamento em série de cyber lockers como megaUpload [veja discussão aqui] no auge da luta contra SOPA e PIPA, a rede está se redesenhando e [re]aparecem os ambientes decentralizados, sem censura e anônimos de compartilhamento, como mostra [abaixo] o gráfico de downloads de retroShare, plataforma de criação de redes P2P seguras, anônimas e criptografadas. segundo torrentFreak, retroShare é um darkNet quase impossível de ser monitorado por estranhos. até que seja proibido ou se desenvolvam novos métodos. resumo da ópera? retroShare, tribler, stealthNet e muitas outras redes vão ser criadas, subsistir e evoluir, principalmente enquanto houver graves problemas de acesso [mais que de preço] a conteúdo online. sem os repositórios de arquivos, que estão sobre pressão da MPAA, RIAA e governos muitos, quem vai resolver o problema, de novo, são as redes P2P. até quando?…