a taxa de extinção das espécies está perto de 1% por ano, a maior parte por expansão territorial da atividade humana e por acidente, segundo a bbc. nos rios ganges e amarelo, os botos não vão durar muito mais. ciclone arrasa burma e deixa 2.5 milhões de pobres na mais completa e desassistida miséria [e mais de cem mil, talvez, mortos], num dos países mais pobres do planeta, sob uma das ditaduras mais extremas que o mundo já conheceu. terremoto após terremoto remexem a terra na china, deixando quase cem mil mortos e milhões de habitações destruídas.
o brasil, na lista da violência mundial , está em nonagésimo lugar, abaixo de bangladesh [o país considerado menos violento é a islândia e portugal está entre os dez menos violentos]. recife perdeu o primeiro lugar em mortes violentas por 100 mil habitantes por ano [158] para caracas [166] mas a epidemia de violência continua grassando e matando a granel, país afora. pelo tratamento que recebe de quem de direito, até parece que o tabaco é mais danoso à sociedade do que o grau de violência urbana em que estamos imersos.
o preço do petróleo está ao redor de US$130 [e com gente grande apostando que pode chegar a US$200], a confiança dos consumidores americanos é a menor dos últimos 16 anos, os negócios estão ruins para os pequenos negócios [ nos eua , apenas?], os executivos mundiais de tecnologias da informação e comunicação passaram a trabalhar, nas últimas semanas, com uma perspectiva real de recessão e menos investimento em TICs em todo o mundo e, de quebra, a terceira geração de comunicação móvel vai trazer vírus, scam e phishing pros nossos celulares .
alguém ganha, alguém perde. tem pouca gente ganhando muito com os atuais preços de petróleo, assim como há quem vá ganhar com os problemas de segurança que vamos começar a ter nos celulares. achar que tudo vai dar certo ou errado e que o cenário atual [qualquer que seja] não é o fim do mundo pode ser, no frigir dos ovos, questão de ponto de vista e atitude perante os desafios do contexto.
falando nisso, amanhã é dia de otimismo e de acompanhar, de perto, a retomada do julgamento do processo que pode [ou não] liberar a pesquisa com células tronco no brasil. dependendo do que acontecer, o mundo, pelo menos por aqui, pode melhorar muito; dos 11 ministros, 3 já votaram a favor, um quarto pediu vistas e deve votar contra. a pesquisa com células tronco só precisa de mais três votos para ser liberada no país. se for, não será nenhum fim de mundo para quem é contra; a vida continua como antes. pra quem trabalha na área, vai ser tempo de redobrar esforços pra ver se vamos conseguir acompanhar o estado da arte mundial na área e resolver os problemas de saúde de muita gente no brasil e alhures.
se a pesquisa for proibida, ficaremos um pouco mais atrasados em relação ao mundo civilizado. mas tampouco o brasil vai se acabar. ficará apenas mais perto de burma [126 na lista dos menos violentos]… e vai ver, no fim, descobriremos a correlação entre estas coisas todas.