Imagine uma tela de 60 pixels. e só. e em tons de cinza, nada de cor. uma espécie de programma 101 dos displays, se a gente fosse voltar 50 anos. e a 101 nem tela tinha, quase a mesma coisa de “só” 60 pontos, em tons de cinza. mas mude o cenário: e se… estes 60 pontos fossem parte de um implante de retina e um paciente de retinite pigmentosa pudesse, ao usá-los, “ver” de novo?
um laptop padrão tem perto de 1 megapixel; o iPhone 5 tem 700 mil e o samsung note 3 mais de 2 milhões. o olho humano tem 576 megapixel e propriedades que deixam fabricantes de sistemas óticos para trás; exemplo? cada um de seus pixels pode separar 10 milhões de cores e 1 bilhão de níveis de luminosidade [contraste]. no meio disso tudo, meros 60 pontos? sim; 60 pontos podem fazer a diferença da cegueira completa para a identificação de sombras e formas e até letras grandes. é isso que o implante ARGUS II, escolhido uma das invenções mais importantes do ano no EUA, faz. parece básico, e é mesmo. tem um óculos, câmera, transmite informação para um processador na cintura do usuário, retorna o resultado para estimuladores que transmitem para um implante no olho. muita coisa. mas lembre que estamos falando do “programma 101” dos implantes oculares, e que pode ser usado agora, por muita gente que não vê nada, pra ver o suficiente para se mover sozinho, sem ajuda de bengala ou cães. quase mágica, pois.
veja o vídeo. e imagine o que vai rolar daqui a 25, 50 anos. pra comparar, veja o link que leva à programma 101 e pense no que rolou nos últimos 50 anos.