vez por outra a gente fala de robôs, como quando os robôs baianos se saíram bem melhor na robocup 2010 do que o time do brasil na copa do mesmo ano. ou quando a foxConn anunciou que iria trocar uma parte de seus montadores por um milhão de robôs, e em pouco tempo. ou quando mencionamos as máquinas de guerra autônomas que estão sendo desenhadas para ir à guerra no lugar dos soldados humanos de outrora. e passamos pelos robôs que serão amados e farão sexo com humanos. será? não sei. trata-se de uma tese de david levy. vá ler.
boa parte disso parece ficção científica, distante do dia a dia de mortais comuns como eu e você. mas agora imagine uma arrumação caseira, uma gambiarra feita com uns blocos de lego [se bem que dos mais radicais] e um smartphone, capaz de bater o recorde dos humanos pra resolver o cubo de rubik, aquele quebra-cabeças infernal que gastou infinitas horas dos nossos passados. pensou? clique no vídeo abaixo pra ver a gambiarra resolvendo o cubo…
…mais rápido do que feliks zemdegs, dono do recorde mundial humano, de 5.66 segundos de manipulação, depois de analisar o problema. a gambiarra do vídeo faz tudo em perto de sete segundos. e é só uma gambiarra.
sabe onde os alunos de hoje em dia estão aprendendo os fundamentos das tecnologias por trás de robôs como este? no ensino fundamental. veja esta busca, que tem como resultado uma pá de links para ensino e campeonatos de robótica no nível mais básico do ensino. e estamos falando da galerinha de 8 a 12 anos de idade, aprendendo a combinar computação, controle e comunicação pra fazer o futuro funcionar. crianças que estão tratando de sensores e atuadores quando não estão nos seus video games. isso vai mudar muita coisa, pode esperar.
pena que no ensino público, onde está a vasta maioria dos alunos, haja muito pouco disso. uma ou outra experiência aqui e ali são o que se vê. e nada de uma política nacional abrangente que pudesse usar o interesse natural que a robótica desperta nos alunos para criar mais e melhores oportunidades de aprendizado, a maioria delas, por sinal, transdisciplinar.
se nada for feito –rápido- no ensino público, esta será mais uma daquelas desigualdades a resolver lá na frente, pois as escolas privadas estão ligadas desde sempre na importância dos robôs e gambiarras robóticas no processo de aprendizado e participam, há tempos, de campeonatos internacionais.