no começo de 2008, uma analista do IDC, um dos principais institutos de pesquisa sobre TICs, ao ser perguntada os efeitos de uma possível recessão na propaganda online, respondeu que… “We think there will be some effect on advertising spending overall, but online ad spending will almost be unaffected—even if there’s a depression.” ou seja, que haveria algum efeito da crise na propaganda como um todo, mas os anúncios online não seriam afetados, mesmo que houvesse uma recessão.
machado de assis, escrevendo sobre josé de alencar na revista literária, em 1883, concluia seu texto –elogioso- sobre o grande escritor cearense dizendo que… “o futuro nunca se engana”. o histograma abaixo é o futuro, em relação à conversa da analista do IDC, e ele não se engana:
o histograma nos mostra, de forma muito simples, que em mercados online maduros, como os EUA, a internet, como mídia e veículo para anúncios, também amadureceu. e muito rapidamente. o primeiro trimestre de 2009 teve 5% menos investimento em anúncios online do que o último de 2008 e 10% a menos do que o trimestre correspondente em 2008.
e isso deveria ser óbvio para todo mundo. se os jornais em papel estão sendo destruídos [lá; aqui ainda terão alguma sobrevida, mas pouca] por causa da fuga dos leitores e dos anúncios para a rede… e se há uma mega-crise que afeta todas as indústrias e públicos, porque não haveria de afetar a “indústria” de anúncios online?
no brasil, a publicidade na internet já empata com a de tv por assinatura [ao redor de 3.5%] do total e, este ano, passa o rádio, que detém pouco mais de 4.2% do total. à medida em que a rede ganha importância e passa a fazer parte da normalidade –e não da exceção, todas as agruras que afetam os outros meios e mercados também serão sentidos, e com intensidades muito relevantes, na internet.
ainda bem. a rede, mais rápido do que muita gente pensou que fosse acontecer, passa a fazer parte da nossa normalidade e se torna parte da paisagem.