não faz muito tempo, o blog escreveu umas 40 páginas sobre oportunidades de negócio em mobilidade, quase todas centradas em internet móvel, até 2012. você pode pegar a conversa aqui, pra ler no feriado.
mas você pode querer ler muito mais, algo comoo megarrelatório da morgan-stanley que está na rede em três formatos:
1) “The Mobile Internet Report Setup”, 92 slides sobre os principais temas do relatório do item 3;
2) “The Mobile Internet Report Key Themes”, nada menos de 659 slides detalhando o tal relatório, em nada menos que 40MB e…
3) “The Mobile Internet Report”, um relatório de 424 páginas sobre oito temas escolhidos e incluindo 1 & 2; nada menos que 50MB pra você baixar. pra quem estiver mesmo afim, é leitura e reflexão para o natal, ano novo, festa de reis… até o carnaval e talvez páscoa e são joão.
a questão é… vale a pena ler? a resposta é curta: sim. principalmente se você estiver próximo do negócio de mobilidade ou tiver que entender mobilidade para seu negócio, seja lá qual for. vá lá, pegue e, pelo menos, folheie do começo ao fim.
a sistematização da MS é interessante, as observações e sínteses do relatório são relevantes, seja lá o que você quiser fazer, pensar, empreender ou usar de tecnologias de informação e comunicação. móveis.
mas esse “detalhe” pouco importa: móvel, quase tudo vai ser. daqui a pouco TICs vai ser o mesmo, ou quase, que TICs móveis e, aí, vai ser só TICs.
no japão [que seria um lugar que já parece com aquele em que todos estaremos, no futuro móvel], a rede social prevalente já tem mais de 70% de acessos a partir de celulares, contra menos de 30% de desk e laptops. é o óbvio, confirmado pela M-S: estamos o tempo todo com nossos celulares, e a vida rola o tempo todo, também. nada mais normal do que estarmos nas redes [sociais] em tempo real, dos nossos celulares. vai rolar a mesma coisa aqui, cedo ou tarde.
é só olhar o histograma acima, da evolução do tráfego na rede da docomo, no japão: dados cresce mais de 50% por ano, enquanto voz cai 2% por ano. hoje, lá, dados já é dez vezes mais do que voz, e isso não vai ficar assim. lá, voz vai cair ainda mais; e a tendência vai se espalhar mundo afora.
ao mesmo tempo, como a internet móvel é livre, não temos mais que nos prender aos sites das operadoras, como era o caso dos modelos anteriores de acesso à rede, nos quais elas nos faziam passar pelas suas operações à la minitel, de serviços que… bem, deixa pra lá. deixe o público escolher e… veja o gráfico abaixo, sobre o acesso à rede, pela internet móvel, na inglaterra, em 2007 e 2009: as operadoras perderam quase dois terços do tráfego em meros dois anos…
e vai rolar pra todo mundo, é só –como se espera- uma questão de tempo: ano que vem os assinantes de 3G, no mundo, vão passar de 1/5 do total, a caminho de mais de 2/5 em 2014. breve, todo mundo na web: móvel.
e, você diria, pra que serve, neste cenário, o plano nacional de banda larga? o plano tá atrasado, e muito. e não só no tempo, mas conceitualmente. no topo disso, provavelmente vai levar meia década ou mais pra agregar um “móvel” ao nome. aí vai ser tarde, de novo, pra nós.
o futuro não vem do passado, do que os outros fizeram, mas de dar, junto ou antes deles, os saltos para o próprio futuro. enquanto não soubermos fazer isso, estaremos sempre atrasados… muito atrasados…