toda vez que se fala de robôs, e das possibilidades deles substituirem uma boa parte das funções burras e repetitivas hoje realizadas por humanos, há uma grita geral, liderada por gente que nem desconfia que tecnologia, no correr dos séculos, vem substituindo funções humanas o tempo todo. pense no que os aquedutos fizeram, há milhares de anos: foi ou não, e com muitas vantagens, substituir a lata-d’água-na-cabeça?…
abaixo, o aqueduto de pont du gard, em nîmes, frança, construído há vinte séculos e que tinha quase cinquenta quilômetros de comprimento. tecnologia [da época] a serviço das pessoas e cidades.
o robô de hoje, aqui no blog, é de brincadeira. hans andersson pegou um lego mindstorms comprado inicialmente para seus filhos [o conjunto custa menos de US$300] e construiu uma maquininha que resolve, sozinha, o jogo matemático de sudoku. quer ver como é fácil? jogue aqui.
no vídeo abaixo, você pode ver o brinquedo resolvendo um sudoku básico. pra fazê-lo, a coisa lê e entende o desafio, usa um algoritmo para resolver a dificuldade matemática e escreve, quadro a quadro, a solução.
este robô está longe de ser ciência profunda ou tecnologia alta e exótica; é parte de um ambiente onde cada vez mais gente sabe programar coisas que têm uma capacidade de processamento cada vez maior. por preços que, em breve todos poderão pagar.
o limite? superior, ainda vamos ver. inferior, e no curto prazo, é mais ou menos o seguinte: se você trabalha fazendo alguma coisa que não demanda funções mentais superiores, é bom se preparar, porque, antes do que você imagina, suas atividades estarão sendo realizadas por um robô.
alguma novidade nisso? não. tecnologia vem substituindo esforço humano desde o princípio dos tempos. e nós, humanos, ao mesmo tempo, vamos ficando cada vez mais sofisticados. o problema é que nem todo mundo está tendo acesso aos níveis e qualidade de educação que nos torna aptos a sair do patamar de atividades que serão realizadas, em breve, por robôs, para outros, muito mais desafiadores, interessantes, sofisticados e, por enquanto, fora do alcance das máquinas. por enquanto…