tim o’reilly deu uma palestra interessante [Some Context for Thinking about the Future of Media] há pouco tempo, mostrando mais uma vez o que é obvio mas que muitos agentes nos mercados de rede não sabem. ou não querem saber. que conteúdo está se tornando serviço. um dos slides está abaixo, no contexto em que um mapa [de um atlas rodoviário, daqueles antigos…] sofreu uma metamorfose e virou uma coreografia de serviços que pode envolver múltiplos provedores e que é apresentada em tempo real ao usuário, sob demanda implícita ou explícita.
aí, as operadoras são infraestrutura e nada mais. nada têm que pareça útil a qualquer um de nós que não seja banda. isso quando entregam. o provedor do conteúdo, a menos que esteja por trás da plataforma, como é o caso de google, apple e microsoft, pouco tem a dizer sobre o que acontece com seu material. aí é onde entra a amazon, sua cadeia de valor de, sua capacidade de prover serviços [conhece amazon AWS? sabe que é lá que vai rodar boa parte do silk browser?]…
…e sua plataforma kindle, agora no formato FIRE, rodando um ramo de android controlado pela… própria amazon. resultado?…
o FIRE assume o segundo lugar em vendas logo na partida e, a US$199 e redefinindo o preço de todos os tablets, vende em seu primeiro trimestre 20% a mais do que o iPad no mesmo período. veja uma análise, aqui, do que pode ser o primeiro dispositivo a enfrentar o iPad, pelos serviços que porta e não pela máquina parece ser. estivesse no mercado de qualquer tipo de hardware, eu estaria de orelha em pé há muito tempo. porque hardware que não se tornar commodity é porque vivou serviço. assim como conteúdo.
até janeiro de 2012, o blog vai publicar [ao contrário da norma, aqui] bits: textos pequenos, bem mais frequentes, sobre nossa [mundana] vida digital. ao invés dos raciocínios estruturados e interligados de costume, vamos nos ater a TRÊS parágrafos, no máximo. boa leitura.