enquanto parte da indústria de tecnologias de informação e comunicação [TICs] avisa que a crise financeira pode muito bem afetar seus resultados, o que tem tido um impacto sobre o valor das empresas, parece que não há sinais de diminuição da demanda por capital humano competente em TICs.
é coisa pra se duvidar, já que o tamanho do socorro americano à indústria financeira de lá vai chegar perto de US$700B. e isso vai ser a maior conta pública de todos os tempos em qualquer país, guerras e desastres fora. a insolvência de wall street é da ordem de magnitude de uma grande guerra; a do iraque já custou aos cofres americanos perto de US$600B e as estimativas são de que poderá custar pelo menos três trilhões de dólares.
mesmo diante de um pipoco de tal ordem de magnitude, não há sinais de que o mercado de trabalho de TICs esteja sendo afetado, pelo menos até agora. um relatório publicado logo antes do fim do mundo, que foi notícia na AP, diz que "Overall technology employment is up in America and the wages associated with it are up", segundo a forrester research. ou pelo menos o mercado de trabalho de TICs tinha esta cara no dia 5 de setembro.
apesar da apreensão geral, não há sinais de mudança radical até agora. em boa parte, pode ser porque, apesar do menor número de bancos, por causa das fusões e aquisições em andamento, os reguladores americanos e mundiais quase certamente vão exigir maiores níveis de controle sobre as ações e instituições do setor financeiro.
e como todo negócio, hoje -e principalmente nos mercados de capitais- é software, vai ser preciso mais software e gente pra escrevê-lo e mais hardware pra rodar tudo e gente de suporte pra manter as coisas no ar. mesmo se alguém se encontrar no olho da rua, um analista do setor lembra que… "if you’re really good in IT, you won’t be on the street for very long".