a philips acaba de anunciar uma cápsula, que chama de iPill, dispositivo que parece [e tem o tamanho de] um comprimido normal, só que contém um computador, bateria, sensores, um rádio [para se comunicar com dispositivos externos ao corpo por onde passa], um receptáculo para medicamentos e um mecanismo para liberar o remédio que carrega exatamente onde, no trato digestivo, possa ter o maior resultado e os menores efeitos colaterais.
a idéia é simples, antiga e, ao mesmo tempo, genial. como todas as coisas práticas, tecnológicas ou não. os sensores podem captar uma variedade de condições do corpo, desde a temperatura do local onde estão até a acidez do ambiente ao redor. tais dados podem ser enviados para um sistema de informação externo ao corpo e decisões sofisticadas podem ser tomadas sobre quando e onde liberar a carga de fármacos carregada pelo pequeno viajante.
recentemente, falamos aqui de uma outra cápsula, capaz de, guiada externamente mas com sistema de propulsão próprio, navegar pelo sistema sangüíneo do corpo a velocidades de até 10cm/s. pense na combinação das duas. entregar drogas exatamente onde o organismo precisa delas é muito importante para o tratamento de quase todos os males que nos afligem.
pelo andar da carruagem, o que era visto até agora como o simples ato de "tomar uma pílula" vai começar a implicar em uma relação muito mais íntima, pessoal e profunda com dispositivos computacionais passeando dentro da gente. tomara que eles saibam, de um jeito ou de outro, o que estarão fazendo…