SILVIO MEIRA

e-books, OK; e-readers? bem…

olhe para o histograma abaixo. até o terceiro trimestre de 2012, é fato. depois, é previsão. mas previsão baseada em dados históricos e atuais de encomendas em todas as partes da cadeia de valor. não só o que vendeu e pode vender, mas quem está comprando o que, de quem, agora, pra vender o que, pra quem, daqui a uns 3, 6, 9 meses… e projetando a tendência para os próximos anos.

este ano, foram vendidos 717 milhões de smartphones no mercado mundial. junte a isso 354 milhões de PCs e laptops e 122 milhões de tablets e dá quase 1.2 bilhões de dispositivos de alguma capacidade computacional conectados à rede. é muita coisa, e só no terceiro trimestre do ano as vendas foram 27% maiores do que no mesmo período de 2011. até aí, você diria, nenhuma surpresa. mas há uma, e das grandes, no histograma a seguir, do mesmo texto do eMarketer…

…que mostra as vendas de leitores de livros digitais [eReaders] atingindo um pico em 2011 e caindo de 2012 pra frente. e isso quando as vendas de livros digitais só crescem, no mundo inteiro [olhe a mudança nos EUA, em 18 meses, abaixo]…

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…e quando os livros digitais começam a ser preferidos para certos tipos de leitura por um grande número de pessoas, como mostra o gráfico abaixo.

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então… porque o mercado de eReaders desaquece? simples: um leitor digital de livros não é um artefato físico, mas um sistema, que pode ser implementado em software sobre qualquer plataforma computacional. de smartphones a tablets e PCs. e cada vez mais gente percebe isso, inclusive entre os clientes da amazon, que fornece o kindle [o “sistema”] sobre qualquer plataforma, desde o browser em um PC até o que a gente poderia chamar de “kindle no kindle”, o sistema de leitura de textos digitais sobre uma plataforma de computação e comunicação que só serve para “ler livros” [e pouquíssimo mais].

as pessoas não querem, definitivamente, levar consigo, o tempo todo, dois ou tres dispositivos móveis e mais a tralha de carregadores, cabos e o que for. querem um. e só um. tablets ou smartphones começam a ser, cada vez mais, este “só um”. e isso vale pra todos, em todo lugar, e a única limitação é o acesso, do ponto de vista do acesso ao hardware, em si, e à conectividade. os EUA, como se pode ver abaixo, já estão neste ponto. a europa vem lá atrás e o resto do  mundo, muito mais longe.

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o brasil, então, vai levar tempo pra ter um mercado de livros digitais que apareça na figura acima, que seria algo como US$1B. até porque, em 2011, nosso mercado de livros digitais foi estimado em apenas R$868 mil, de um mercado total de quase R$4.8 bilhões. falta muito para o livro digital ser um grande mercado no brasil. mas esse muito podem ser só cinco anos, se a leitura nos tablets de uso geral pegar, por aqui, com tantos deles nas escolas, para alunos e professores. se este povo todo começar a ler… mesmo, pode ser que tudo mude muito mais rápido.

só não vai mudar, parece, o destino do leitor digital de livros, hardware específico pra isso. pelo andar da carruagem, vai ter o mesmo destino do fax… e já tem até um museu deles na itália

http://www.ebookanoid.com/wp-content/uploads/2012/03/ereader-museum-01.jpg

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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