Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais [XII]

Uma série, aqui no blog [o primeiro texto está em… bit.ly/3zkj5EE, o segundo em bit.ly/3sWWI4E, o terceiro em bit.ly/3ycYbX6, o quarto em… bit.ly/3ycyDtd, o quinto em bit.ly/3J51vZc, o sexto em… bit.ly/3Jkd8vC, o sétimo em… bit.ly/3JTlBHM, o oitavo em… bit.ly/42z6sT1, o nono em… bit.ly/3yZFUNd, o décimo em bit.ly/3Mjr6AS e o décimo primeiro em bit.ly/3OEvgo7], sobre Efeitos de Rede e Ecossistemas Figitais, com a co-autoria de André Neves. Esse texto é o rascunho de um documento que será publicado como um ebook pela TDS.company.

 

[4] Efeitos de protocolos.
Protocolos, conexões, relacionamentos e interações.

 

Os protocolos são as linguagens das redes. Os elementos dos protocolos são combinadores que, compostos segundo certas regras, criam o repertório que é usado para criar conexões, estabelecer relacionamentos, possibilitar interações. Um protocolo aceito por [ou que cria] uma comunidade produzirá um conjunto de defesas que dificilmente será eliminado, tamanhos os obstáculos para trocar protocolos em grandes redes. Exemplo? Cento e quarenta anos depois de introduzidos, os números telefônicos[1] ainda fazem parte do dia a dia de bilhões de pessoas. É a sustentável leveza dos bons protocolos.

Criar um protocolo é trivial. Torná-lo fundação de uma comunidade pode levar anos, ou décadas, ou nunca… e quase sempre demanda um esforço de marketing e política que pouquíssimas empresas conseguem empreender. E quem captura valor diretamente do protocolo raramente é seu criador. Por isso, a maioria dos protocolos vem de órgãos de padronização, associações de empresas… ou de um Satoshi Nakamoto[2]. Afinal, quem iria colaborar para a criação de um protocolo de criptomoeda se soubesse, a priori, quem era o inventor que ficaria com 5% delas logo na partida?…

Os efeitos de protocolos são uma das principais razões da ascensão de blockchain, uma tecnologia de contabilidade distribuída que usa um conjunto de protocolos como base para uma rede segura, transparente e descentralizada. Bitcoin, a primeira implementação da tecnologia blockchain, criou um efeito de rede que atraiu uma grande e crescente base de usuários. À medida que mais pessoas usam o protocolo Bitcoin, a rede se torna mais útil e valiosa, o que por sua vez atrai mais usuários, criando um ciclo virtuoso de efeitos de rede.

A ampla adoção de um protocolo depende de uma massa crítica de uso que, atingida, cria a clara possibilidade do protocolo ser incorporado a gamas inteiras de produtos [como é o caso de MP3 e Dolby em áudio]. Mesmo que o criador não tenha retornos diretos de “seu” protocolo, os retornos indiretos podem ser consideráveis e as defesas criadas pelo protocolo são um dos efeitos de rede mais fáceis de serem preservados.

Protocolos podem ter impacto significativo nos efeitos de rede em ecossistemas de plataforma. Um protocolo bem projetado e amplamente adotado pode criar efeitos de rede que levam a uma maior interoperabilidade, melhor desempenho e experiências. Por outro lado, protocolos mal projetados podem criar fragmentação, desacelerar a rede e reduzir engajamento dos usuários. Um exemplo de protocolo que teve e tem impacto significativo nos efeitos de rede dos ecossistemas de plataforma é TCP/IP[3], base para conexão e troca de dados, na internet, entre dispositivos e sistemas diferentes, independente de seu hardware e software. TCP/IP foi padronizado, tornando-se a espinha dorsal da internet e facilitando o crescimento da economia digital. Outro exemplo é HTTP[4], “o” protocolo da camada de aplicações da web para sistemas de informação de hipertexto distribuídos, colaborativos, e usado para acessar serviços a partir de seu navegador. Assim como TCP/IP, HTTP foi padronizado e amplamente adotado, criando um efeito de rede que impulsionou o crescimento e a inovação da economia digital.

O design de protocolos pode ter um impacto significativo nos efeitos de rede dos ecossistemas de plataforma. Um protocolo bem projetado deve ser fácil de usar, seguro e escalável. Também deve ser flexível o suficiente para se adaptar às mudanças nas necessidades e tecnologias. O design de protocolos deve ser informado pelas necessidades dos usuários, bem como pelo ecossistema maior em que operam. Além do design, a adoção e padronização de protocolos também é fundamental para criar efeitos de rede em ecossistemas de plataforma. Quando um protocolo é amplamente adotado e padronizado, torna-se mais fácil para diferentes sistemas e dispositivos se comunicarem entre si, o que pode levar a maior interoperabilidade, melhor desempenho e aprimoramento das experiências de usuário.

Bluetooth[5], tecnologia de conexão e comunicação sem fio para curtas distâncias, é um exemplo. Lançado nos anos 1990, desde então é um padrão global para comunicação sem fio. Efeitos de rede de Bluetooth conectam uma ampla gama de dispositivos, de laptops, smartphones e automóveis a smartwatches e sensores de fitness. Mas protocolos também podem levar a efeitos de lock-in: uma vez que um protocolo se torna dominante, entrar no mercado será difícil para novos protocolos, o que pode levar à falta de espaço para inovação e competição no ecossistema.

Para evitar tais barreiras, é importante que ecossistemas de plataforma adotem padrões abertos e incentivem o desenvolvimento de novos protocolos. Padrões abertos habilitam redes de diferentes sistemas e dispositivos sem que ninguém fique preso a uma única organização, chave para incentivar concorrência e inovação, levando a melhor desempenho e experiência do usuário.

Os principais efeitos de protocolos são descritos a seguir.

  1. Um dos efeitos de protocolos mais significativos é a facilitação da interoperabilidade entre dispositivos e sistemas, permitindo que troquem informação e executem funções de forma eficaz e que plataformas se conectem e troquem informação, criando ecossistemas abertos e conectados. Protocolos são regras padronizadas para interconexão de diferentes sistemas e a adoção de protocolos como TCP/IP, HTTP e Bluetooth promove crescimento das redes e aumenta seu valor. Quanto mais dispositivos e sistemas adotam protocolos que se tornam padrão num ecossistema, o número de conexões e interações potenciais entre eles aumenta exponencialmente, levando a uma rede mais forte e resiliente e de muito maior valor.

    Interoperabilidade promove colaboração mais efetiva entre agentes em plataformas e seus ecossistemas, ajuda a reduzir custos de integração de sistemas, diminui o tempo e o esforço para que usuários alternem entre diferentes plataformas, habilita o compartilhamento de recursos e o acesso a novos mercados, impulsionando crescimento e inovação.

    A adoção de TCP/IP permitiu a conexão de diferentes redes de computadores, formando a base da internet e levando ao rápido crescimento da web, ecommerce e inúmeros outros serviços que hoje são parte de nossas vidas. A adoção de HTTP revolucionou a forma de acessar e navegar informação em rede, proporcionando uma experiência consistente em diferentes browsers, dispositivos e sistemas operacionais.

    Interoperabilidade já é uma demanda regulatória; as novas regras para serviços e mercados digitais da Europa exigem que as plataformas digitais [lá; seriam figitais aqui no texto] sejam interoperáveis a partir de um certo número de usuários ou montante de receita[6]. Já não era sem tempo, isso: tá mais que provado que redes sem escala e o efeito ganhador-leva-tudo não são naturais [ocorrem em pouquíssimas situações] e as que vemos por aí não são resultado da natureza das redes, mas de um certo tipo de capitalismo sem regulação.

    Os benefícios da interoperabilidade nos efeitos de rede dos protocolos são muitos: promove competição, inovação e escolha, permite que usuários selecionem as melhores plataformas e serviços que atendam suas necessidades ao mesmo tempo em que continuam interagindo com outras plataformas; promove colaboração entre desenvolvedores e incentiva a criação de apps complementares que aprimoram a funcionalidade geral e o valor do ecossistema.

    Alcançar interoperabilidade em ecossistemas complexos é um grande desafio: diferentes plataformas podem ter padrões, protocolos ou formatos de dados variados; estabelecer e adotar padrões e protocolos comuns de interoperabilidade é essencial para superar esses desafios e facilitar a comunicação e a troca de dados contínuas e isso quase sempre se dá através de agências regulatórias e|ou políticas públicas. Em conclusão, interoperabilidade é um componente vital dos efeitos de rede dos protocolos. Ele permite que as plataformas se comuniquem, colaborem e troquem informação, criando ecossistemas mais conectados e abertos, onde todas as plataformas têm o potencial de expandir seu alcance, aprimorar as experiências do usuário e liberar todas as possibilidades dos efeitos de rede.

  1. A padronização é um aspecto chave dos efeitos de rede dos protocolos e desempenha um papel crucial ao permitir interoperabilidade, compatibilidade e comunicação entre muitos dispositivos, sistemas e plataformas. No contexto dos protocolos, a padronização envolve o desenvolvimento e a adoção de princípios, especificações e protocolos comuns que definem as regras e os requisitos para uma interconexão eficaz e eficiente.

    O objetivo da padronização é garantir que componentes num ecossistema possam funcionar juntos sem problemas; uma linguagem comum e um conjunto de regras elimina necessidade de integrações personalizadas ou soluções proprietárias, facilitando conexão e comunicação entre dispositivos, sistemas e plataformas. Uma das principais vantagens da padronização é a facilitação da interoperabilidade. Quando protocolos são padronizados, permitem troca de dados, comandos e informação entre diferentes dispositivos e sistemas, mesmo que sejam desenvolvidos por diferentes fabricantes ou operem usando diferentes tecnologias.

    A padronização também promove compatibilidade, garantindo que dispositivos e sistemas trabalham juntos sem conflitos ou problemas. Quando protocolos aderem a especificações padronizadas, isso garante que sejam projetados para funcionar harmoniosamente dentro de um determinado ecossistema. Essa compatibilidade permite que os usuários misturem e combinem dispositivos e sistemas de diferentes fornecedores, criando um ambiente mais flexível e diversificado. A padronização aumenta escalabilidade e promove inovação: torna-se mais fácil para desenvolvedores e fabricantes criar produtos e serviços compatíveis com sistemas existentes, se concentrando em seus projetos e produtos, sabendo que eles vão se integrar a outros componentes do ecossistema. Isso promove um ciclo virtuoso de inovação, onde novos produtos e serviços podem alavancar a infraestrutura existente para oferecer funcionalidades aprimoradas e gerar mais valor para os usuários.

    Um exemplo notável de padronização nos efeitos de rede dos protocolos é o Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo de Internet (TCP/IP), que é a base da internet. TCP/IP é um conjunto de protocolos que definem como dados são endereçados e transmitidos pelas redes e permitiu a adoção e interoperabilidade de dispositivos, apps, sistemas e plataformas na internet.

    A padronização é feita por organizações, consórcios e órgãos especializados, que colaboram para advogar, desenvolver e publicar especificações, protocolos e padrões adotados pela indústria. Exemplos? A Internet Engineering Task Force [IETF], World Wide Web Consortium [W3C], o Institute of Electrical and Electronics Engineers [IEEE]. Mesmo assim, padronização é um processo complexo e desafiador, requer a colaboração e consenso de muitas partes, incluindo fabricantes, desenvolvedores, especialistas e reguladores, que devem alinhar seus interesses, negociar detalhes técnicos e garantir que os protocolos padronizados atendam às necessidades do ecossistema, provendo as bases para compatibilidade e interoperabilidade.

    Protocolos-padrão levam a interoperabilidade, compatibilidade, escalabilidade e inovação em ecossistemas, promovendo um ambiente mais aberto, conectado e diversificado, o que abre caminho para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores em ecossistemas em rede.

  2. A escalabilidade é um efeito de rede de protocolos que habilita ecossistemas de plataforma a lidar com o crescimento e acomodar demandas incrementais. Em protocolos, refere-se à capacidade de sistemas ou redes de tratar grandes volumes de dados, tráfego e usuários de forma eficiente e eficaz, sem comprometer desempenho, confiabilidade ou segurança.

    Protocolos são fundamentais na garantia da escalabilidade dos ecossistemas de plataforma, e um exemplo é TCP, responsável pela entrega confiável e ordenada de informação na rede, fazendo com que dados sejam transmitidos de maneira eficiente e escalável, permitindo que a internet lide com grandes quantidades de tráfego sem congestionamento.

    Escalabilidade é chave para o crescimento de ecossistemas de muitas maneiras: lida com o aumento do volume de dados, ao facilitar sua transmissão e processamento eficientes, com garantia de tratamento de demanda crescente; acomoda crescimento da base de usuários, mantendo desempenho e confiabilidade; suporta tráfego crescente, com balanceamento de demanda, eficiência de roteamento e controle de congestionamento, garantindo que a rede trata altos níveis de tráfego sem enfrentar gargalos ou degradação de desempenho; habilita computação distribuída, facilitando o processamento de dados e a coordenação de tarefas, levando a mais processamento e desempenho à medida que o ecossistema evolui; provê os meios para flexibilidade e adaptabilidade, em relação à evolução de tecnologias e requisitos em constante mudança, acomodando dispositivos, tecnologias e serviços no ecossistema e garantindo compatibilidade e interoperabilidade à medida que o ecossistema se expande.

    Para garantir a escalabilidade, os protocolos geralmente são projetados com recursos como modularidade, extensibilidade e flexibilidade, incorporando técnicas como compactação de dados, cache e processamento paralelo para otimizar desempenho e reduzir a latência. Além disso, podem empregar mecanismos para alocação dinâmica de recursos, como controles de qualidade de serviço [QoS], para priorizar o tráfego crítico e alocar recursos com eficiência. A escalabilidade de protocolos além da plataforma pode envolves organizações de padrões do setor, desenvolvedores e outras partes interessadas, para desenvolver e refinar protocolos.

    Em conclusão, a escalabilidade é um efeito de rede crítico de protocolos em ecossistemas de plataforma, que permite que os ecossistemas lidem com aumento do volume de dados, base crescente de usuários, cargas de tráfego mais altas, computação distribuída e permaneçam flexíveis e adaptáveis às mudanças. Mecanismos de comunicação eficientes e confiáveis que são resultado de protocolos escaláveis contribuem para a evolução de ecossistemas e fazem com que possam escalar e atender com eficácia às necessidades de usuários e demandas de um ambiente de rede em rápida expansão.



  3. Como um efeito de rede de protocolos, segurança desempenha um papel vital na garantia da confiança, integridade e confidencialidade dos dados e comunicação nos ecossistemas de plataforma. Os protocolos fornecem a base para o estabelecimento de conexões seguras, proteção contra acesso não autorizado e mitigação de possíveis ameaças e vulnerabilidades. No domínio dos protocolos, segurança refere-se às medidas e mecanismos implementados para proteger informação, sistemas e usuários contra acesso não autorizado, violação de dados e atividades maliciosas. Protocolos seguros criam ambientes seguros e confiáveis para comunicação e troca de dados, para que ecossistemas protejam interesses de usuários e partes interessadas e criem confiança em suas operações.

    Como efeito de rede de protocolos, segurança é essencial por muitos motivos: proteção de dados, para garantir privacidade e integridade dos dados, criando confiança entre usuários ao estabelecer canais seguros, criptografando dados para evitar espionagem e adulteração, protegendo informações confidenciais como credenciais de usuários e dados financeiros; ao criar controles de acesso, protocolos incorporam mecanismos de autenticação e autorização que verificam identidade e controlam acesso a recursos do ecossistema, ajudando a impedir acesso não autorizado a dados confidenciais e funcionalidades exclusivas; os protocolos têm medidas de segurança para mitigação de ameaças, incluindo detecção de intrusão, firewalls e práticas seguras de codificação, que podem reduzir riscos de violação de dados, infecções por malware e outros incidentes de segurança; os protocolos seguros ajudam a estabelecer uma reputação de confiança e reputação e manter reputação positiva em um ecossistema de plataforma torna mais provável que os usuários se envolvam e façam transações; por fim, atendimento a requisitos de conformidade e regulação, exigidos por muitos setores em que plataformas devem cumprir normas específicas de segurança e privacidade, onde atender a tais requisitos, implementando proteções e controles de privacidade necessários se evita as consequências legais e reputacionais de não ter segurança by design nos protocolos.

    Segurança como efeito de rede de protocolos é esforço contínuo, requer monitoramento, atualizações e colaboração entre desenvolvedores de protocolos, especialistas em segurança e outras partes do ecossistema. Vulnerabilidades e novas ameaças surgem constantemente, exigindo medidas de segurança proativas, patches regulares e auditorias de segurança para manter um ecossistema seguro.

    Segurança é um efeito de rede significativo de protocolos em ecossistemas de plataforma. Os protocolos seguros estabelecem confiança, protegem os dados, atenuam as ameaças e garantem a conformidade com regulamentos de segurança e privacidade. Ao implementar medidas de segurança robustas, ecossistemas de plataforma podem promover a confiança do usuário, atrair participantes e criar um ambiente seguro e confiável para comunicação, transações e colaboração.

  4. Inovação é um poderoso efeito de rede de protocolos em ecossistemas de plataforma, pois é a base para melhoria a evolução de tecnologias, serviços e experiências. Protocolos podem criar estruturas que habilitam inovação, promovendo mais colaboração, interoperabilidade e desenvolvimento de novas funcionalidades e aplicativos. Aqui, inovação está relacionada à introdução de soluções que aprimoram propostas de valor em ecossistemas de plataforma, essenciais para competitividade, atração de usuários e adaptação às demandas do mercado, levando à criação de serviços, produtos e modelos de negócios que levam ao crescimento e à diferenciação no ecossistema.

    Protocolos facilitam inovação em ecossistemas sendo a base para interoperabilidade, ao estabelecer padrões e especificações que permitem que diferentes tecnologias, sistemas e plataformas se comuniquem e interoperem, facilitando integração componentes e serviços, troca de dados e funcionalidades, promovendo colaboração e habilitando muitos agentes em rede a criar e evoluir protocolos, serviços e aplicativos para o ecossistema. HTTP e HTML possibilitaram a criação e ampla adoção da web, como fundações para a interoperabilidade, permitindo que sites e navegadores se comunicassem globalmente e alimentaram o rápido crescimento e inovação na internet.

    Um outro efeito de inovação associado a protocolos é a criação e evolução de ecossistemas de desenvolvimento, quando o acesso a ferramentas e APIs [interfaces de programação de aplicativos] criam ambientes que incentivam inovação, em que devs aproveitam protocolos para criar apps, serviços e funcionalidades que exploram, experimentam e evoluem ofertas da plataforma, contribuindo para inovação no ecossistema. Um exemplo é Ethereum, onde um ecossistema de devs cria apps descentralizados, resultando em soluções inovadoras, de finanças descentralizadas [DeFi] a tokens não fungíveis [NFTs].

    Colaboração e compartilhamento de conhecimento também é um efeito de inovação que se pode associar a protocolos, facilitando colaboração entre devs, pesquisadores e outros agentes do ecossistema. Iniciativas comunitárias levam participantes a colaborar, trocar ideias e contribuir para inovação no e a partir do protocolo, como acontece no movimento Open Source: protocolos como o controle de versão Git para desenvolvimento de software descentralizado e distribuído permitem que devs contribuam, revisem e iterem no código, promovendo inovação por meio do esforço coletivo de uma comunidade global.

    Iteração e experimentação rápidas é OUTRO efeito de inovação de protocolos, habilitadas por mecanismos para testes, loops de feedback e melhorias incrementais, capacitando devs a iterar ideias, refinar ofertas e responder às necessidades do usuário com mais eficiência. Um exemplo é Android, cujos protocolo robustos para criação de apps, resultando em um vibrante ecossistema de inovação global que atende bilhões de pessoas.

    Protocolos podem diminuir barreiras de entrada e criar oportunidades para novos entrantes criarem soluções e desafiarem players tradicionais, levando a rupturas e novos modelos de negócios. Um exemplo é Uber, ao usar protocolos de rastreamento de localização em tempo real, processamento de pagamentos e sistemas de avaliação, criando uma solução escalável, fácil de usar e que revolucionou o setor de mobilidade pessoal.

    Por fim, inovação é um efeito de rede vital de protocolos em ecossistemas de plataforma. Os protocolos levam à interoperabilidade, promovem colaboração, habilitam devs e aceleram a iteração e experimentação. Ao criar ambientes propício à inovação, estabelecem bases para surgimento de novos serviços, apps e modelos de negócios. Ciclos contínuos de inovação em ecossistemas de plataforma, habilitados por protocolos, fomentam crescimento, e garantem a viabilidade do ecossistema no longo prazo.

  5. Reduções de custo são um efeito de rede de protocolos em plataforma, gerando eficiência e melhorando resultados econômicos para os participantes. Protocolos simplificam processos, padronizam fluxos de trabalho e criam economias de escala, o que leva a custos mais baixos de produção, distribuição e transação. No contexto dos protocolos, reduções de custos são associadas às economias e eficiências alcançadas com a adoção e utilização de protocolos padronizados, atribuídas a vários fatores, como processos simplificados: os protocolos criam um conjunto de regras, procedimentos e formatos que facilitam interações contínuas entre diferentes participantes de uma rede e, ao padronizar os processos, eliminam a necessidade de integrações personalizadas, reduzem complexidade e agilizam operações. A simplificação de processos leva à economia de custos por meio de maior eficiência e produtividade.

    Interoperabilidade e Integração entre sistemas e plataformas contribuem para a redução de custos ao simplificar a conectividade e a troca de dados. Com protocolos interoperáveis, as organizações podem integrar sistemas, compartilhar informação e colaborar sem cuidar de integrações personalizadas e caras ou processos complexos de mapeamento de dados.

    Protocolos fomentam economias de escala ao facilitar a criação de redes e seus mercados, onde, à medida que mais participantes ingressam no ecossistema e realizam transações por meio do protocolo, custos por transação ou unidade diminuem em função do aumento de volume e eficiência. Em plataformas como Alibaba e Magalu, os protocolos permitem que uma vasta rede de compradores e vendedores interaja e faça transações e o alto volume de transações reduz o custo por transação, beneficiando todos os lados.

    Protocolos que permitem compartilhamento de custos e agrupamento de recursos entre os participantes podem levar a reduções significativas de custos. Compartilhar infraestrutura, tecnologia ou recursos, leva os participantes a se beneficiarem coletivamente de economias de escala e eficiência de custos. Um exemplo são as plataformas de computação em nuvem, como AWS e Azure, fornecedoras de protocolos e serviços que permitem que organizações compartilhem recursos de computação e aproveitem a infraestrutura escalável com base no pagamento conforme o uso. A infraestrutura compartilhada reduz custos iniciais, elimina a necessidade de hardware dedicado e oferece economia de custos por meio de manutenção e gerenciamento compartilhados.

    Protocolos podem simplificar transações, outro fator para reduzir custos. Criando padrões, protocolos diminuem complexidade, redundância e ineficiência, eliminam intermediários, reduzem taxas de transação e proporcionam economia de custos para os participantes, em comparação com as transações tradicionais, resultando em economia de custos sistêmicos e para cada agente em particular.

    Em conclusão, as reduções de custo são um efeito de rede significativo de protocolos nos ecossistemas de plataforma. Simplificando processos, facilitando interoperabilidade, criando economias de escala, compartilhando e reduzindo custos de transação, protocolos permitem que agentes em rede tenham mais eficiência e reduzam despesas operacionais gerais, o que contribui para atratividade e sustentabilidade dos ecossistemas de plataformas, promove o crescimento e fomenta benefícios econômicos para todos os participantes.

  6. Acessibilidade é um efeito de rede de protocolos em ecossistemas, garantindo inclusão e alcance dos serviços a um público mais amplo. Protocolos levam à remoção de barreiras e acesso igualitário à informação, recursos e oportunidades para todos, independentemente de localização e habilidade. Protocolos são base da promoção de acessibilidade ao superar barreiras geográficas: protocolos facilitam troca de informação e uso de serviços à distância, superando barreiras geográficas e permitindo o acesso a recursos independentemente da localização física. Plataformas podem conectar usuários em todo o mundo, permitindo que acessem e participem do ecossistema de qualquer canto do globo, como faz HTTP. Um outro efeito de protocolos é habilitar compatibilidade entre plataformas, garantindo que serviços e apps são usados em diferentes dispositivos, sistemas operacionais e outras plataformas, o que aumenta a acessibilidade ao permitir que usuários escolham o dispositivo ou plataforma que melhor atenda às suas necessidades. Um exemplo relevante [e perigoso] é o protocolo Universal Plug and Play [UpnP], que permite a descoberta e conexão de sistemas em rede sem qualquer configuração.

    Protocolos podem promover acessibilidade por meio de design inclusivo, garantindo que as plataformas e serviços incorporam recursos de acessibilidade criando oportunidades iguais para indivíduos com diversas necessidades, habilidades e dificuldades. São 16% do planeta[7] com alguma deficiência e quase-padrões como Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web [WCAG] definem recomendações para criação de conteúdo acessível na web, tornando sites e plataformas utilizáveis por pessoas com deficiência visual, auditiva, motora e outros requisitos de acessibilidade. Certas coisas que parecem triviais não são: protocolos podem habilitar suporte multilíngue, permitindo que as plataformas sejam acessíveis a usuários que falam idiomas diferentes, ampliando o suporte a idiomas com protocolos padronizados para codificação e tradução de idiomas, expandindo alcance e acomodando uma base de usuários mais diversificada. É o que o padrão Unicode faz ao criar uma codificação consistente para símbolos usados em muitos sistemas de escrita, e garante que texto em diferentes idiomas é processado da mesma forma, tornando informação acessível a usuários em qualquer idioma.

    Acesso para todos os dispositivos é o último efeito de acessibilidade, ao facilitar conexão a serviços de plataformas para uma gama de dispositivos, de computadores a smartphones, passando por tablets, wearables e dispositivos IoT, garantindo que usuários possam acessar e interagir com seus serviços em muitos dispositivos. Bluetooth representa tal faceta muito bem, ao permitir conectividade entre dispositivos como smartphones, fones de ouvido, alto-falantes e smartwatches.

    Acessibilidade é um efeito de rede muito relevante de protocolos dentro de ecossistemas de plataforma. Ao superar barreiras geográficas, permitir compatibilidade, promover design inclusivo, ampliar suporte a idiomas e garantir acesso multidispositivos, protocolos fazem com que plataformas criem oportunidades iguais de acesso, promovam inclusão, expandam bases de usuários e contribuam para o sucesso e sustentabilidade de seus ecossistemas.



  1. Compatibilidade é efeito de rede não trivial de protocolos nos ecossistemas de plataforma, permitindo interação e integração entre diferentes tecnologias, sistemas e dispositivos ao garantir que sistemas variados possam trabalhar juntos, como base para interoperabilidade e ampliando as possibilidades de colaboração e inovação. Compatibilidade como um efeito de rede de protocolos leva à interoperabilidade entre sistemas, através de uma linguagem comum e um conjunto de regras que habilitam diferentes tecnologias a funcionar juntas, independente de sua arquitetura ou implementação. Simple Mail Transfer Protocol [SMTP], por exemplo, envia e recebe emails usando clientes e servidores de muitos fornecedores, promovendo compatibilidade e permitindo conectividade e colaboração entre as diferentes plataformas de email.

    Um outro efeito de compatibilidade de protocolos é integração entre plataformas, onde o compartilhamento de dados e funcionalidades entre plataformas e apps é instrumentado por métodos padronizados para troca de informação, garantindo que as plataformas possam trabalhar juntas para fornecer serviços e experiências. Um exemplo é Representational State Transfer [REST], usado em APIs para criar arquitetursa distribuídas em rede que tornam real, hoje, a ideia dos anos 80 de que The Network is the Computer[8].

    Protocolos podem garantir compatibilidade e facilitar a interação entre muitos dispositivos diferentes, criando ecossistemas como faz o protocolo Universal Serial Bus [USB] incluindo teclados, impressoras, memórias… num ecossistema consistente de conexões em múltiplas plataformas. Protocolos promovem compatibilidade entre browsers para apps e serviços web em interfaces variadas, usando métodos padrão para tratar conteúdo, garantindo que usuários possam acessar e interagir com sistemas web independente de seu navegador. Um protocolo relevante é Hypertext Markup Language [HTML], padrão para criação de páginas web, fonte de compatibilidade e experiência comum em todas as plataformas atuais.

    Protocolos incorporam mecanismos de versionamento e compatibilidade para garantir que atualizações podem ser feitas sem interromper integrações ou contaminar funcionalidades existentes, o que permite transições suaves para novas versões, mantendo compatibilidade com sistemas e aplicativos legados. TCP faz exatamente isso, permitindo que dispositivos em rede se conectem e mantenham a compatibilidade mesmo com a evolução do protocolo. E imagine se não fosse assim…

    Em suma, a compatibilidade é um vital efeito de rede de protocolos em ecossistemas de plataformas. Ao permitir interoperabilidade entre sistemas, facilitando integração entre plataformas, garantindo compatibilidade entre dispositivos e navegadores e suportando versões e compatibilidade com versões anteriores, os protocolos promovem um ambiente harmonioso e colaborativo para que diversas tecnologias funcionem juntas sem problemas. Esses efeitos de rede orientados à compatibilidade aprimoram conectividade, promovem inovação e contribuem para o sucesso e crescimento dos ecossistemas de plataforma.

  2. Transparência é um dos efeitos de rede de protocolos em plataformas, capaz de promover confiança e eficiência por meio da troca aberta e acessível de informação. Protocolos que priorizam transparência dão visibilidade à comunicação, processos e operações na rede, permitindo que os usuários tomem decisões informadas num ambiente mais inclusivo e colaborativo. Entre os aspectos de transparência como efeito de rede de protocolos está a troca [aberta] de dados para promoção de confiança e colaboração, como em blockchain. Lá, um registro descentralizado e transparente permite que todos os participantes da rede acessem e verifiquem os detalhes das transações, promovendo confiança sem depender de uma autoridade central.

    Protocolos que priorizam transparência oferecem visibilidade do funcionamento interno do ecossistema, incluindo processos do sistema, algoritmos, práticas de manipulação de dados e mecanismos de governança, capacitando usuários a entender como os dados são tratados, como decisões são tomadas e como o sistema opera. A auditabilidade e verificabilidade das atividades da rede, garantindo que ações e transações possam ser rastreadas e validadas é um dos efeitos colaterais da visibilidade do funcionamento interno. OpenPGP, protocolo de criptografia e assinatura, suporta auditabilidade e verificabilidade, garantindo transparência e confiança em mensagens seguras. Outro efeito de transparência é o de capacitar usuários, permitindo acesso, gestão e partilha de dados, incorporando portabilidade e consentimento, para dar às pessoas mais visibilidade e controle de sua informação.

    Em resumo, transparência é um efeito de rede crítico de protocolos dentro de ecossistemas de plataforma. Promovendo comunicação aberta e troca de informações, dando visibilidade das operações do sistema, permitindo auditabilidade e verificabilidade, capacitando usuários e exigindo divulgação e relatórios, protocolos criam confiança, responsabilidade e eficiência. Tais efeitos aumentam confiança, facilitam tomada de decisões e contribuem para o sucesso geral e a integridade dos ecossistemas da plataforma.

  3. Protocolos podem promover colaboração, engajamento e inteligência coletiva, facilitando a formação e evolução de comunidades onde usuários se conectam e colaboram, levando à criação e evolução de comunidades, efeito de rede de protocolos talvez mais relevante nos ecossistemas de plataforma. Quando protocolos têm recursos para que usuários interajam e contribuiam em rede, que lava a um sensível aumento do envolvimento e participação dos usuários, assim como do pertencimento e motivação para participar ativamente na evolução das comunidades. Exemplo? GitHub, que habilita colaboração no ciclo de vida de software ao prover bases para controle de versão, rastreamento de problemas e solicitações, baseado num protocolo que promove a comunidade de desenvolvedores que contribuem, revisam e aprimoram projetos de código aberto de forma colaborativa.

    Protocolos facilitam compartilhamento e troca de conhecimento entre usuários dentro de ecossistemas de plataformas, criando condições para compartilhamento de insights, práticas e recursos, fonte de aprendizado e inovação coletivos. MediaWiki habilitar usuários a criar e editar conteúdo de forma colaborativa, aproveitando inteligência coletiva para construir um vasto repositório de conhecimento na WikiPedia. Feedback e melhoria iterativa são efeitos de protocolos que incentivam a comunidade a contribuir para a evolução e refinamento da plataforma. Em WordPress, usuários podem contribuir com o processo de desenvolvimento relatando problemas, sugerindo melhorias e contribuindo com código, promovendo um ciclo iterativo de melhoria orientado pela comunidade.

    Protocolos “para” comunidades exibem efeitos de rede que reforçam e amplificam outros efeitos de rede no ecossistema. À medida que a comunidade cresce e se torna mais ativa, atrai mais usuários, gerando um ciclo virtuoso de efeitos de rede onde mais usuários e mais engajamento aumentam ainda mais o valor e a competitividade da plataforma. O protocolo de Reddit demonstra o poder dos efeitos de comunidade: se mais usuários contribuem com conteúdo, participam de discussões e votam, a plataforma se torna mais valiosa e atrai uma base maior de usuários, criando um efeito de rede auto-reforçado.

    Protocolos orientados a comunidades geralmente têm mecanismos para governança, que habilitam usuários a moldar as regras, políticas e direção do ecossistema, dando voz nos processos de tomada de decisão, promovendo um senso de propriedade e responsabilidade compartilhada. Protocolos que usam blockchain podem incorporar a governança na forma de uma estrutura autônoma descentralizada [ou DAO]. Usuários participam do processo de tomada de decisão, propõem e votam em mudanças de protocolo que, em um mundo ideal, garantem influência da comunidade sobre a evolução do ecossistema. Mas… que uma turma do mal usou a lógica da coisa pra sequestrar a governança de TornadoCash[9]?

    Em resumo, efeitos de comunidade são criados por protocolos que facilitam envolvimento, compartilhamento, colaboração, melhoria e governança nos ecossistemas de plataforma. Tais efeitos aumentam a satisfação do usuário, incentivam a participação e contribuem para o sucesso e a sustentabilidade de longo prazo do ecossistema. Protocolos são uma base para criar e manter ecossistemas escaláveis, interoperáveis, seguros e inovadores, promovendo transparência, compatibilidade, acessibilidade e comunidade. Ao estabelecer padrões e estruturas comuns para comunicação e interação, os protocolos permitem que desenvolvedores, usuários e empresas trabalhem juntos para criar novos serviços e produtos que possam beneficiar a sociedade como um todo.

Para atingir e magnificar os efeitos de protocolos, algumas ações que podem ser tomadas incluem:

  1. Para criar protocolos-base de ecossistemas de plataformas, é bom entender necessidades, expectativas, conhecimento e o potencial de aprendizado da comunidade-alvo, criando uma visão clara do problema que deverá ser resolvido pelos protocolos e quais são as suas limitações. Criar protocolos envolve uma combinação de análise de mercado, tecnologia e liderança. Identificar uma necessidade ou oportunidade a ser abordada por um protocolo leva à engenharia de protocolo, considerando segurança, escalabilidade e interoperabilidade com outros sistemas. Liderar comunidades para promover a adoção do protocolo e envolver outras partes interessadas na sua evolução quase sempre leva à maior sustentabilidade do ecossistema onde o protocolo existe e media conexões, relacionamentos e interações entre as partes.

  2. Um protocolo bem-sucedido deve ser pensado e construído de maneira robusta e escalável, paulatinamente, para ser capaz de suportar muitos usuários, conexões, relacionamentos e interações e deve ser projetado para ser seguro e resistente a ataques externos. A criação de uma comunidade em torno de um protocolo pode levar anos, décadas ou nunca rolar; demanda um esforço de marketing e política para adoção do protocolo, convencer os usuários de sua utilidade e estabelecer as condições para que possa ser amplamente utilizado. A ampla adoção de protocolos depende de orquestrar um esforço conjunto de múltiplos atores, fazendo com que… a criação de uma comunidade seja fundamental para a adoção de um protocolo, um caso clássico do problema de ovo-e-galinha do próprio efeito que deveria ajudar a resolvê-lo. E ajuda. Mas os problemas que são resolvidos por efeitos de rede são fractais, recursivos, caóticos, complexos. É a vida.

  3. A adoção de um protocolo é um processo complexo que depende de muitos fatores, começando por uma massa crítica de usuários e|ou empresas que o adotem, o que é fundamental para que o protocolo comece a ser incorporado a diferentes produtos e serviços, o que pode levar ao aumento exponencial na sua adoção e ao engajamento da comunidade. A adoção de um protocolo é influenciada por fatores como padrões abertos e pode ser influenciada por fatores políticos e culturais. Governos podem adotar ou banir determinados protocolos, com base em considerações de segurança nacional ou de interesse público, com políticas de censura que restringem acesso a sites e serviços e chegam a interferir diretamente nos protocolos internos das redes. Noutros casos, adoção de um protocolo pode ser relacionada a tendências culturais ou sociais, como a criptografia fim-a-fim em redes de mensagens, que se tornou um padrão global graças à crescente preocupação com a privacidade e a segurança na Internet como um todo.

  4. Um protocolo que se torna padrão de mercado tem mais chance de ser adotado em larga escala; para tal, deve passar pelo crivo de órgãos de padronização, associações de empresas e outros órgãos de referência do mercado. Mesmo quando o protocolo é privado a uma rede, quando esta se torna a ou uma rede de fato para muita gente, seu protocolo se torna base para uma gama de produtos e serviços. WhatsApp e seu protocolo são usados para atendimento e suporte a clientes, incluindo aplicativos na sua API. Como o protocolo é amplamente adotado, há efeitos de rede que dificultam a entrada de concorrentes no mercado. Em resumo, o protocolo WhatsApp criou um efeito de rede que o tornou dominante e isso, por sua vez, levou a uma variedade de produtos e serviços relacionados que dependem fele. O efeito de rede de protocolo dificulta a entrada de concorrentes e reforça o valor do protocolo do WhatsApp ao longo do tempo. Difícil. Pra concorrência.

  5. Investir em marketing do protocolo e atrair mais usuários e empresas para utilizá-lo é base essencial para criação e evolução deste efeito de rede. Adoção de protocolos depende de uma massa crítica de uso, que leva à possibilidade de incorporação em mais produtos e serviços e, ganhando mais usuários, a popularidade tende a crescer de forma exponencial e levar mais empresas a integrar o protocolo em seus serviços, o que leva a mais crescimento da base de usuários… o que leva a… e por aí vai. Mais de um exemplo em redes sociais demonstra a relevância de atingir massa crítica na adoção de protocolos, que podem criar efeitos de rede significativos e estabelecer padrões duradouros do setor como um todo.

  6. Para que um protocolo seja adotado e utilizado de maneira eficaz, é essencial que os incentivos apropriados estejam em vigor, na forma de menos custos ou mais ganhos para quem adota o protocolo. Também podem ser incentivos não financeiros, como maior eficiência ou mais e melhor funcionalidade. A estruturação estratégica desses incentivos pode ter efeito significativo na rápida adoção do protocolo e ampliação de seus efeitos de rede. No entanto, o desafio aqui é equilibrar os incentivos de forma a promover o uso do protocolo sem comprometer sua sustentabilidade a longo prazo.

  7. Além de criar e promover o protocolo e estruturar os incentivos, é fundamental que se desenvolva um ecossistema de suporte ao redor do protocolo. Isso pode envolver documentação clara e acessível, sempre, a formação de uma grande comunidade de devs e usuários, e a promoção de um bom ambiente de inovação e colaboração. Um ecossistema de suporte robusto não só facilitará a adoção inicial do protocolo, mas promoverá sua evolução e adaptação contínuas, levando o protocolo a atender às necessidades e expectativas em constante mudança de sua comunidade de usuários.

A implementação dessas ações, em conjunto, amplifica os efeitos de rede de protocolos, tornando-os mais valiosos para a comunidade e promovendo sua adoção e uso em maior escala. No entanto, é importante lembrar que a eficácia dessas ações será em grande parte determinada pelo contexto específico em que o protocolo é desenvolvido, implementado e para que e como é utilizado. Uma compreensão profunda [e cheia de nuances] do ambiente tecnológico e do mercado-alvo é essencial para garantir o sucesso dessas estratégias.


 

[1] “Telephone number”, Wikipedia, 2023, bit.ly/42aH31h.

[2] Ducrée, J., “Satoshi Nakamoto and the Origins of Bitcoin…”, arXiv, 2022, bit.ly/40uttEt.

[3] “Internet protocol suite”, Wikipedia, 2023, bit.ly/3N7tRWk.

[4] “HTTP”, Wikipedia, 2023, bit.ly/41OYKTI.

[5] “Bluetooth”, Wikipedia, 2023, bit.ly/41Qylp3.

[6] The Digital Services Act package, europa.eu, 2023, bit.ly/3MsQdQs.

[7] Understanding the Importance of Web Accessibility, Forbes, 2023, bit.ly/3IthDnW.

[8] The Network is the Computer, Wikipedia, 2023, bit.ly/3IzBYIh.

[9] Attacker Takes Over Tornado Cash DAO With Vote Fraud…, CoinDesk, 2023, bit.ly/43fofy5.

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