SILVIO MEIRA

eleições na web: no brasil, em 2010?…

quase 75% dos usuários americanos da internet, porcentagem que representa 55% dos eleitores, usou a web para –não só- se informar sobre a eleição e suas opções. além do noticiário, os eleitores blogaram, debateram, se organizaram e participaram de coleta de fundos eleitorais online. o resultado a gente conhece: o candidado da revolução industrial, um herói de guerra, foi derrotado pela galera da sociedade da informação, representada por um cidadão que, em passado bem recente, não poderia nem concorrer ao cargo. o vencedor, não por acaso, parece até agora muito mais razoável do que o perdedor.

segundo a pesquisa da pew internet, 18% dos americanos escreveu [nem que fosse um comentário, num blog] sobre a eleição; 45% viu, online, um vídeo relacionado à eleição; um terço dos eleitores encaminhou, a outros, conteúdo online que achava importante para decidir a eleição; dos 83% dos americanos entre 18 e 24 anos que têm um perfil numa rede social, 66% usaram sua presença online para fazer alguma ação relacionada à eleição. números impressionantes. não é à toa que se diz que esta foi a primeira eleição americana da era da rede.

em pindorama, que tem 52 milhões de pessoas online e um dos mais altos índices, per capita, de horas de participação semanal em redes sociais, o TSE proibiu [na prática e na íntegra] a campanha na rede nas últimas eleições para prefeito. e na próxima eleição, em 2010? será que teremos a internet, de novo, censurada pelo supremo poder eleitoral?…

este debate deveria estar na ordem do dia agora, antes que as candidaturas se estabeleçam e, como é quase sempre o caso no brasil, as regras pra qualquer jogo sejam [pouco] discutidas, decididas e promulgadas na carreira, minutos antes da partida começar.

image este blog é a favor do utilização ampla, geral e irrestrita da internet na propaganda e no processo eleitoral. se nós, mesmo levando em conta as diferenças entre quem tem muita, pouca ou nenhuma internet, já temos mais de um quarto do país na rede, as eleições podem muito bem vir a ser um motivo pra trazer boa parte de quem ainda está fora do mundo pra cá. afinal, há alguma coisa de interesse público, importante e/ou relevante, no mundo, que não esteja na rede ou, por outro lado, relatada e discutida, intensamente, na rede? não.

e não há muita coisa mais importante, numa sociedade, do que eleições verdadeiramente democráticas. é hora, pois, de trazê-las pra rede. como se viu na última eleição americana, a rede pode muito bem influenciar o processo e o resultado. será que alguém teria uma boa justificativa para manter as eleições nacionais fora da rede?… será?… quem?… por que?…

Outros posts

microsoft continua na busca…

depois de comprar a fastsearch [que faz scirus, especializado em busca científica e melhor do que google scholar neste campo] e, mais recentemente, powerset [um

o sigilo do imposto de renda

…nos EUA. uma auditoria do IG [inspetor geral do governo americano] concluiu que "until security control vulnerabilities are corrected, the IRS is jeopardizing the confidentiality,

a gambiarra e o rubik

vez por outra a gente fala de robôs, como quando os robôs baianos se saíram bem melhor na robocup 2010 do que o time do

second life: de novo?

dias destes, passando por uma das minhas leituras, encontro novas sobre um seminário no second life. faz tempo que não passo lá. e nem lembrava

Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

contato@tds.company

Rua da Guia, 217, Porto Digital Recife.

tds.company
somos um negócio de levar negócios para o futuro, nosso objetivo é apoiar a transformação de negócios nascentes e legados nas jornadas de transição entre o presente analógico e o futuro digital.

strateegia
é uma plataforma colaborativa de estratégia digital para adaptação, evolução e transformação de negócios analógicos em plataformas e ecossistemas digitais, desenvolvido ao longo de mais de uma década de experiência no mercado e muitas na academia.