dando sequência a uma conversa que tem a primeira parte neste link [sobre internet e mobilidade no país] e segunda neste [sobre cloud computing], gabriel dudziak me perguntou se… A Eleição de 2010 será um divisor de águas no uso da informática como plataforma eleitoral? Qual é seu posicionamento sobre o uso de tecnologia na política?
eu respondi que…
…acho que nós aprenderemos muito com o uso da internet na eleição de 2010 mas, por várias razões, incluindo o diminuto percentual de pessoas com banda larga em casa, o impacto da rede na eleição não será o que poderia ser.
Mas esta eleição vai ser essencial para todos aprenderem o que se faz, e o que não, na rede, numa eleição. O tempo, os textos, os vídeos, os celulares para trazer os candidatos e eleitores em tempo real para as comunidades e redes sociais, o processo de captação de recursos para a campanha… há muita coisa nova, tudo de uma só vez, porque estávamos represados por uma legislação do tempo do correio a cavalo.
Os pessimistas provavelmente dirão que a internet não tem impacto eleitoral; deverão ser corrigidos, se este for o caso nesta eleição, para "não teve, desta vez". À medida em que mais gente -eventualmente, todos- se conecta e uma parcela -cada vez- maior da população consegue ler, entender e criticar um parágrafo longo como este… não vai ser apenas um rosto bonito ou conhecido e um discurso vazio ou de apropriação do estado para certos grupos que vão garantir um mandato, porque as pessoas perguntarão mais, e não encontrarão resposta. E não darão seu voto a qualquer um.
E isso vai acontecer pela rede, [no futuro próximo] a rede vai ser um mecanismo ainda mais essencial de conectividade, expressão e debate do que já é hoje.
há dois webcasts de @srlm com @fabiolacidral, no CBN Bits da Noite, falando sobre twitter e campanhas eleitorais, o primeira neste link e a segunda neste outro aqui. e há ainda um outro, sobre a falta de bom senso de certos políticos no uso do twitter, neste link.
por outro lado, este blog considerou, numa longa série de textos publicados recentemente, o que poderiam ser as estratégias de negócios para [ou em] redes sociais. e isso tem a ver com esta nossa conversa de hoje.
isso porque, de mais de um ponto de vista, um partido é uma empresa; campanhas eleitorais –quer se queira ou não- são cada vez mais processos de “venda” de proposições de possíveis políticas oúblicas ou, na maior parte dos casos, de pessoas; infelizmente, cada vez mais de pessoas do que de políticas. por fim, política é –de variadas formas- um negócio. se você está ou é político, eleitor ou observador eleitoral… dê uma olhada na série sobre estratégias de negócios em redes sociais. faz tanto sentido para empresas como para política: os links, na ordem, são: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. boa leitura.