pesquisa muito recente da chadwick martin bailey mostra que, apesar de todos os avanços de mecanismos mais recentes de compartilhamento de informação, emeio ainda é o principal. veja a tabela abaixo, referente aos EUA, separada por idade.
até os 24 anos, emeio perde para facebook; até os 34, está bem perto e, a partir daí, passa a ficar longe; entre os maiores de 65 anos, perde de muito. note que esta última é a geração telefone, que o usa duas vezes mais que os que têm até 24 anos e que escreve tres vezes mais cartas [de verdade, em papel] que os mais jovens.
emeio resiste mas a tendência é contra emeio e correio e a favor de mecanismos mais sintéticos de interação. note que os blogs, na tabela acima, pertencem à geração entre 25 e 24 anos, afetando da mesma forma os mais jovens e a geração imediatamente superior, de 35 a 44 anos e são praticamente irrelevantes para todo o resto.
como twitter não parece ser [nem é] competidor de facebook, a pergunta de muitos bilhões de dólares é: quem vai suceder facebook, especialmente para as gerações que têm, hoje, menos de 18 anos? alguma coisa baseada em jogos? uma rede social [por princípio] móvel? a combinação dos dois?
em um post anterior, dissemos que as crianças contemporâneas nasceram num mundo digital, móvel, conectado e programável. em casa, olhando pedro e sua turminha jogarem everybody edits, imagino se não vai ser de cosias como esta que vai sair a próxima experiência em rede, em muito larga escala. clique na imagem abaixo e vá ver o que é.
coisas novas e revolucionárias vão aparecer; até porque outras pesquisas mostram que a atividade de criação [de conteúdo] sobre as plataformas sociais atuais começou a se restringir a quem já estava publicando há algum tempo. a porcentagem total de pessoas publicando material não só já estabilizou mas parece estar começando a decrescer, o que você pode ver neste link.
isso -no caso dos blogs, pelo menos- certamente tem a ver com um efeito que este blog [há quase dois anos, em “quem matou a blogosfera?…”] descreveu neste link, discutindo a profissionalização dos blogs e sua absorção pela mídia [clássica]. o resultado é que gigantes como AOL estão pagando a dezenas de milhares de freelancers para gerar conteúdo e tirando, por assim dizer, a novidade e o romantismo do processo criativo na web… pelo menos para uma certa e grande maioria.
por enquanto, emeio resiste e facebook hospeda tanta gente e vale tanto dinheiro, no presente e futuro próximo, que nem vale a pena pensar em ir atrás. blogs como este serão levados em frente pela geração 25-34 e uns outros poucos, nas outras faixas de idade e, cada vez mais certamente, em locais como o terraMagazine. twitter assumiu seu papel como máquina de sincronização do planeta e o faz muito bem e de forma estável; até o fundador já partiu para fazer outra coisa. no futuro…
o que tem que nos levar a perguntar… mas e o futuro? será que poderíamos tentar escrevê-lo –de forma diferente, quão diferente?- a partir do brasil?… quantas boas idéias para empreender há por aí? especialmente para a geração que começa a chegar aos 15 anos? e quanta competência e capacidade de investimento e realização temos por aqui?…
perguntas, perguntas…
enquanto pensa nas possíveis e muitas respostas, estude a imagem abaixo, do global social technographics report da forrester, sobre os papéis de quem participa de processos relacionados a conteúdo na web. e pense: por trás desta demografia, possivelmente em lugares e grupos que não são visíveis neste estudo, há centenas de milhões de pessoas não atendidas. e, seguramente, muitas oportunidades de inovação e empreendedorismo.