a reclamação de que o blog usa dados internacionais para falar da web e seus efeitos é frequente e justificada. mas por aqui faltam dados e, noutros lugares, há de sobra; sempre que os usamos, entende-se que fazem [ou farão, breve] sentido aqui, também. no .BR, dos poucos que há, falamos sempre, como do estudo de cavaliini e et al. sobre o consumidor móvel brasileiro que, por falha nossa, não foi conectado ao texto anterior sobre compras móveis nos EUA. e hoje há mais dados dos EUA [quem manda não fazermos mais pesquisas?…], da NM Incite, sobre os faceBookers e seus hábitos de adicionar e remover relacionamentos na rede social. os dados mostram o óbvio, como se pode ver na figura abaixo. mas, como dizia deming, "in god we trust; all others must bring data" [acreditamos em deus; todos os outros devem trazer dados].
em 82% dos casos, conhecemos nossas relações em rede na nossa vida fora dela; e 60% são amigos de amigos. relações de negócio não colam emfaceBook, e só 11% das inclusões têm a ver com trabalho. e nós tiramos as pessoas de nossas redes virtuais por causa de comentários desagradáveis em 62% dos casos; 39% das remoções atingem pessoas [ou entidades] tentando nos vender algo. e detonamos, em 23% dos casos, deprimidos e deprimentes. aqui, novidade zero: fowler e christakis haviam notado o efeito oposto em 2008 [em Dynamic spread of happiness in a large social network], mas é bom saber que continua valendo, na prática.
se a pesquisa representa a realidade, quais seriam as implicações? social commerce é tendência mundial e temos, aqui, casos inovadores de uso de redes sociais no varejo. excluir pessoas porque elas querem transformar relacionamento em vendas é uma tendência momentânea ou duradoura?… no primeiro caso, poderá haver uma mudança significativa, em breve, do histograma acima. no segundo, muita gente boa vai ter que rever suas estratégias de uso de redes sociais para comércio, talvez até para marketing. ou não?…
em dezembro de 2011 e janeiro de 2012, o blog publica [ao contrário da norma, aqui] bits: textos pequenos, bem mais frequentes, sobre nossa [mundana] vida digital. ao invés dos raciocínios estruturados e interligados de costume, vamos nos ater a TRÊS parágrafos, no máximo. boa leitura.