Estudo do IPEA sobre o mercado de trabalho no brasil, levando em conta o período de 2009 a 2012, aponta a informática como líder na criação de empregos entre as profissões que demandam formação universitária: 16 em cada 100 dos mais de 300 mil postos de trabalho para formados no ensino superior criados nos quatro anos considerados são em informática, como mostra a imagem abaixo.
e o mais interessante é que as profissões de informática, que são muitas, e vão de computação gráfica à segurança de informação, passando por automação comercial, bioinformática, simulação, sistemas embarcados… e quase tudo o que você pensar que possa ter hardware e software por perto… não exigem um diploma de formação universitária para seu exercício. parte dos profissionais que escreve o software que você usa no seu smartphone não tem graduação em informática e talvez não tenha nenhuma graduação, só o ensino médio. experimentos vários, país afora, começam a mostrar que é possível formar excelentes programadores no ensino médio, como é o caso da escola cícero dias, em recife.
isso é ótimo, porque informática [programação, em especial] é meio, linguagem de expressão de conhecimento de todas as outras áreas, mecanismo de construção de realidades virtuais correspondentes a situações concretas [ou não] em todas as áreas do conhecimento e atuação humanas. como forma de abstrair, definir, construir, criar… e linguagem na qual todos, um dia, acabaremos alfabetizados, informática é universal e nunca precisou e nem precisa, agora, de regulação para seu exercício profissional.
vai ver que é também por isso que está no topo da criação de postos de trabalho que “precisam” de conhecimento equivalente a um grau superior, por aqui. se bem que a razão fundamental, claro, é que tudo é software: a economia e a sociedade estão sendo, aqui e em todo canto, cada vez mais escritas em software e muitos trabalhos “antigos” estão sendo transformados em software ou por software. e isso ainda nem começou… espere o que vai rolar nos próximos 50 anos e verá.
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pra entender porque profissões meio, como as de informática, não precisam
e não devem ser regulamentadas, leia este link.
pra pensar como [e porque] tudo é software, leia este e este links.
pra saber pra onde vai esta história de escrever tudo em software, leia os textos da série “reescrevendo humanos em software” publicada aqui no blog.
e lembre-se: quem não [aprender a] programar, será programado.
o estudo do IPEA sobre trabalho e emprego está neste link.