ao invés de negocial, econômica ou financeira, no caso das redes sociais abertas. pelo menos é isso que mostra um estudo que bem recente da knowledge networks. segundo a pesquisa, 83% da população da internet na idade entre 13 e 54 anos usa mídias [ou redes] sociais como twitter, facebook, digg ou linkedin e muita gente, 47%, tá lá toda semana. e olhe que estamos falando de algo que não existia há cinco anos: mySpace, facebook, orkut, linkedin e bebo têm, todos, cerca de meia década.
que as pessoas estão de mudança pras redes sociais é inegável: nos últimos 12 meses, o número de visitantes únicos de google cresceu 1.8%, os de facebook 250% e os de twitter 1.192%. mas… não trate de mudar toda sua publicidade digital pras mídias sociais agora: menos de 5% usa as redes sociais para tomar decisões de compra de produtos ou serviços em nove categorias pesquisadas, de viagens [4%] a remédios [1%].
e tem mais: apenas 16% de todos pesquisados diz que anúncios em redes sociais os tornaria mais predispostos a comprar produtos ou serviços do anunciante. 502 pessoas foram consultadas, como parte de um painel que [em tese] representa toda a população dos EUA. não se conhece estudo semelhante para o brasil. de qualquer forma, ainda é preciso rodar muito pra entender como influenciar pessoas em uma rede social, principalmente se você é uma companhia e ainda acredita no “método direto”: criar uma campanha e botá-la, como se dizia nos tempos da TV, “no ar”. os tempos mudaram. radicalmente.
na época da TV, as pessoas faziam parte de uma coisa chamada audiência, que ficava sentada no sofá vendo o que estava rolando na telinha; e pouco mudou com o controle remoto. na rede, e principalmente nas redes sociais, além do controle do browser, cuja barra de endereços e clicks de mouse me levam para onde eu quiser [e não para onde o programador central queria me levar], são as pessoas que criam a “mídia”. por isso mesmo é sites como orkut e youTube são chamados de mídias “sociais”: todo mundo pode contribuir com seu conteúdo e influir na criação e consumo do conteúdo do resto do mundo. e a audiência virou comunidade. pra sempre.
resultado? estar conectado à família e amigos [sua “rede social” mais próxima] é o que leva 54% dos consultados pela knowledge networks a fazer parte de redes sociais; e isso deve ter a ver, também, com o fato de que 60% das pessoas só usa redes sociais a partir de casa. de todos os consultados, 34% disseram que usam as mídias sociais mais intensamente agora do que há um ano, enquanto 18% diminuiram a intensidade de sua participação. o estudo, vale a pena lembrar, foi feito sobre redes sociais públicas, abertas, às quais qualquer um de nós pode ter acesso, bastando criar um par login/senha.
no caso das empresas e seus produtos e serviços, e se elas criassem, para quem os adquire [ou pensa em], redes sociais que pudessem servir como mecanismo de articulação e plataforma de relacionamento, cooperação, colaboração e inovação, tanto para clientes e parceiros como para gestão de seu próprio conhecimento sobre o negócio, “abrindo” as portas de suas casas para seus usuários, que há tempos deixaram de ser mera “audiência”?…
isso –a rede social do “seu” negócio- poderia ser essencial para melhor conectar o dentro [como os projetistas de automóveis] e o fora [os motoristas, fornecedores e compradores em potencial] e estes muitos mundos passariam a fazer parte de uma mesma… rede!
o estudo da knowledge networks parece dizer que quando se cria uma “rede social” sobre um produto, processo ou empresa em um site “de” redes sociais, agrega-se valor ao site mais que à empresa ou produto. ainda que a empresa vá lá e, de certa forma, patrocine a coisa com seus anúncios. hora, na certa, de repensar como se deveria usar redes sociais nos negócios…