o blog está publicando uma seleção comentada de tweets de @srlm sobre inovação e criatividade, empreendedorismo, novos negócios, coisas que nós deveríamos ter em muito maior escala e impacto por aqui. a lista de todos os posts já publicados está neste link. abaixo, os tres de hoje.
22.10.10: TICs: maior fonte de inovação nas empresas nos últimos 10 anos. e nos próximos também: bit.ly/a7ebG6 #tudoÉsoftware
este tweet aponta para um texto do blog, lá em 10/10, sobre uma pesquisa mundial com executivos, apontando TICs como a maior fonte de inovação nos negócios nos últimos 10 anos. eu acrescentava que nos próximos 10 anos TICS também vão ter um papel chave na inovação nos negócios. o argumento básico é que, em negócios minimamente articulados e coordenados, de porte acima do bar da esquina… se [pelo menos parte do negócio] não está codificada em software é porque ele não existe. anos depois, pode-se dizer que, nos próximos tantos anos quantos você quiser, TICs ainda serão a maior fonte de inovação nas empresas, que ainda estão começando a entender para que serve e como usar,
eficaz e eficientemente, a internet. o básico dos básicos.
um post recente do blog [recuperação sem empregos e porque você deveria aprender a programar, no link bit.ly/VF0Lzo] discutia porque a recuperação econômica nos EUA e europa não está gerando os empregos que deveria gerar… e as evidências apontam para mais TICs, desta vez na forma de sistemas autônomos [robôs, se você preferir] nas fábricas [e logística e mais lugares aparecendo]. isso é que ainda nem começou mesmo. breve, numa parada de transporte público perto de você, um ônibus autônomo. sem ninguém na cadeira do motorista, ocupada por mais um passageiro. a nova revolução econômica e social é feita em software. aprenda a programar agora.
5.12.10 hacking [sempre] pode ser um dos princípios fundamentais por trás dos processos de inovação: bit.ly/eJd42s #hackInnovate
sempre que a palavra hacker aparece, há uma grande discussão entre os iniciados, que detestam a confusão com cracker e separam bem claramente os do bem [hackers] da galera do mal [crackers]. a primeira nomeia quem se dá ao trabalho de explorar e entender detalhes, limites e problemas de sistemas programáveis e a segunda se refere a quem tem a habilidade dos primeiros e a usa para fins suspeitos e, na maioria das vezes, ilegais e causando danos a terceiros. vai continuar difícil isolar os conceitos, com estados nacionais contratando hackers para atuar como crackers, em nome do bem de todos e felicidade geral da nação.
mas hack, em inglês, é uma solução elegante para um problema que nem se sabia que existia. uma gambiarra sofisticada. mais que um kludge, portanto. e o que o link por trás do tweet diz é que inovação quase sempre depende de alguém tentar entender detalhes, limites e problemas dos sistemas de todos os tipos [não só de informação] e propor soluções não convencionais para suas deficiências.
todos os negócios precisam de mais hackers, de mais graus de liberdade para quem está tentando entender como as coisas realmente funcionam e se não podiam ser bem melhores do que são. danado é que a maior parte das empresas e quase a totalidade dos gerentes e chefes quer hackers bem longe deles. hacker incomoda, faz pergunta difícil, quer respostas e, quando não tem uma, faz uma. um hack. precisamos de um movimento nacional por mais hackers nas empresas.
10.02.11: ComCiência: Leonor Assad entrevista @srlm sobre @cesar_recife e @porto_digital: bit.ly/eTQ30A #inovação #empreendedorismo
contei a leonor uma parte da história das instituições digitais de recife com as quais estive e estou envolvido; se a gente tivesse tido tempo, dava um livro. e continua atual. vá ver. entre outras coisas, tem, sobre o porto digital…
…estamos no fim da primeira década de um processo que interpretamos como sendo de um quarto de século. Vamos saber se Porto Digital deu certo ou não e a que ele veio e o que ele fez ao redor de 2025, quando ele terá passado por quatro ou cinco transições de governo estadual, municipal, federal; quando as empresas terão se estabelecido no lugar, quando o papel do Estado será bem menos relevante do que é hoje, quando as figuras de proa que propuseram,
incentivam e tocam o negócio tiverem sido substituídas.
então, no caso do porto digital, são “só” mais uns 15 anos de trabalho pra ver se está dando certo e atingiu as condições estruturais de sustentabilidade de longo prazo. se você estiver desenvolvendo um cluster em algum lugar, pense nisso.