uma das discussões mais importantes dos nossos tempos trata do trabalho, da formação, profissões, modos e lugares de trabalhar, empregos, carreiras e suas evoluções e de nosso envolvimento, reconhecimento e remuneração pelo trabalho realizado.
do ponto de vista dos negócios, também é muito importante o custo do trabalho e a complexidade do ambiente que cerca a criação e manutenção de postos de trabalho no país. ainda mais em um contexto onde a legislação trabalhista é considerada por muitos um dos maiores entraves ao empreendedorismo e à criação e evolução de negócios e empregos..
se os negócios consideram a legislação antiquada, caótica e cara, todos nós, candidados a empreendedor e trabalhador, deveríamos estar muito preocupados, pois quase certamente isso quer dizer que as empresas dificilmente hão de gerar, no país, tantos empregos quantos poderiam. será que o histograma abaixo, publicado aqui mesmo no blog há pouco tempo, não é uma das consequências disso? os dados mundiais mostram que as empresas nascentes brasileiras estão entre as que têm as menores expectativas de geração de emprego do planeta…
…e só 20% dos empreendedores em estágio inicial de construção de seus negócios, aqui, acha que vai criar 20 ou mais empregos. igual à zâmbia e bolívia. e metade da áfrica do sul, e menos da metade de chile e colômbia.
e isso quando se pode ver claramente que qualquer política nacional de desenvolvimento econômico e social tem que ser centrada na geração de postos de trabalho e, em particular, em postos de trabalho tão qualificados e de alta rentabilidade e remuneração quanto for possível.
o problema não se resolve nenhum país de nenhuma outra forma. veja este texto de andy grove, um dos fundadores da intel, sobre porque os estados unidos precisam, para voltar a crescer de forma produtiva, sustentada e inovadora, voltarem a ser uma “job-centric economy”.
para tal, há que se educar as pessoas, há que se criar oportunidades, as oportunidades devem ser de classe mundial e, para aproveitá-las, o mesmo deve ser verdade para a capacidade empreendedora resultante da educação, experiência e expectativa dos candidatos a empreendedor, lá no mercado.
dá pra pensar e agir nestes termos, numa economia do conhecimento onde não “desligamos os cérebros” ao sair do local de trabalho e responder emeio “da firma” fora dela pode configurar risco trabalhista para o empregador?
é bem capaz de não dar. talvez seja preciso reescrever as regras do jogo… e rapidamente, já enquanto estamos perdendo postos e oportunidades de trabalho para lugares que estão reinterpretando seus contratos e sistemas legais para dar conta de um novo tempo, muito mais simples e complexo ao mesmo tempo. e isso ao invés de ficarmos presos no [e reclamando do] complicado, no político e, muitas vezes, no caótico. para entender a diferença entre os cinco termos em negrito, vá ver este texto sobre o assunto, aqui mesmo do blog.
depois, assista o vídeo abaixo, parte de uma entrevista sobre trabalho [e os locais de trabalho] que o autor do blog deu para a HSM no ano passado.
a íntegra de outra entrevista [em texto] sobre o mesmo assunto, também para a HSM, está neste link e no link da imagem abaixo. boa leitura.