Pesquisa feita na inglaterra mostra que o inglês “médio” terá escrito e enviado, para deus e todo mundo, 7.3 milhões de palavras entre 14 e 55 anos de idade. todos os escritos de charles dickens, ícone da literatura da ilha, somam menos de 4 milhões de palavras. não se pode comparar alhos com bugalhos, diria você. claro, concordo. mas é melhor ter todo mundo escrevendo em alguma “língua” e estilo do que não.
mesmo que a prática não leve à perfeição, neste caso, vamos esperar que melhore muita coisa. a vasta maioria dos jovens troca mais mensagens de texto [por SMS, faceBook, twitter… whatsApp] do que usa voz pra conversar… como mostra este infográfico. alguma hora, num futuro próximo, a tecnologia que começou tudo isso –SMS– será apenas lembrança. mas os textos curtos, pra comunicar algo, sem um prezado senhor e longas introduções, vieram para ficar.
ou para sair: pesquisa feita pela interflora inglesa no último dia dos namorados diz que a forma mais comum de dizer “não te quero mais… ”, por lá, é por SMS, tanto entre homens quanto mulheres… e pelo menos 36% já recebeu um SMS do tipo “fui! {e passe bem}”.
e pensar que livros inteiros já foram, e ainda são, escritos para dizer a mesma coisa que meros 140 caracteres [ou menos…] podem comunicar. pra quem pensa que novas formas de escrever, como os estilos dos chats e SMS, poderiam afetar língua e literatura, uma boa notícia: estudos mostram que escrever mais, e como se quer, ajuda a construir [alg]uma capacidade de comunicação escrita [veja esta tese].
não que cada adolescente num chat ou SMS, agora, esteja a caminho de se tornar um dickens ou rosa [que tinha lá seu português]. mas não é por saber e usar abreviaturas, caminhos e códigos das mensagens curtas, contemporâneas, que nosso leitor ou –quem sabe- escritor está perdido para sempre.
dito isto… sabe o que susan crimp fez? reescreveu “alice” em NYC, e em TXT. o livro está na amazon e a abertura na imagem a seguir. e o que diria rosa, logo ele?…