SILVIO MEIRA

o brasil na robocup 2010: 3

image o blog começou falando de ROBOCUP neste link e estamos, há dois textos, entrevistando marco simões, da UNEB, que está na robocup 2010 liderando o BRT, bahia robotics team. as duas primeiras partes da nossa conversa estão neste e neste links. hoje, rodamos a terceira e última parte do papo e, daqui pra frente vamos dar conta da robocup 2010 a partir dos relatos do próprio marco, nosso “correspondente” em cingapura.

vamos, então, à última parte da conversa com marco:

meira: como anda a robótica no brasil?

marco simões: Ainda incipiente. Como indústria ainda é quase imperceptível, apesar de algumas excelentes iniciativas já serem conhecidas. Ainda dependemos muito de tecnologia estrangeira para muitas coisas. As dificuldades burocráticas e os altos impostos presentes no processo de importação, terminam por encarecer demais possíveis produtos brasileiros na área dificultando a competitividade.

Por outro lado, a mão de obra qualificada para empreendimentos nesta área existe, mas ainda em quantidade pequena. Se de fato, o país pretende ter uma indústria de robótica relevante no cenário internacional, precisa de um investimento sério na formação destes recursos com qualidade em maior escala. A incorporação de iniciativas vinculada à RoboCup no processo de formação, desde o ensino fundamental, pode ser importante para ajudar a atrair mais jovens para a área e, consequentemente, aumentar a quantidade de bons engenheiros e cientistas capacitados a desenvolver a robótica nacional. O incentivo às competições científicas de robótica no país pode ter um papel importante neste processo.

Poderíamos ter um programa de renúncia fiscal para incentivo a estas competições, a exemplo dos programas de incentivo ao esporte e a cultura. Assim, empresas que patrocinassem equipes de robótica ou competições nacionais e internacionais sediadas no Brasil poderiam beneficiar-se com o pagamento de menos impostos. Algo neste sentido poderia estimular que empresas, ainda que não fossem do segmento tecnológico, pudessem interessar-se por financiar as iniciativas nacionais.

Da mesma forma que nossa economia é criticada pelos especialistas por não acompanhar o ritmo dos países emergentes do BRIC, podemos dizer que estamos bem atrás em termos de investimentos públicos e privados em robótica, seja com fins industriais, seja com fins cientifico-educacionais, a exemplo das competições de robótica.

SM: quem sao os melhores do mundo, na robocup, hoje?

MS: Tradicionalmente equipes do Japão, EUA e Alemanha sempre vêm fortes para a RoboCup. Mas um dos objetivos da RoboCup Federation, que é o de ter uma iniciativa realmente global, vem tendo bom resultado. Com isto, não é pouco provável ver equipes do Irã, China, Romênia, Tailândia e outros países em desenvolvimento com bons desempenhos no mundial. Por exemplo em 2009, os campeões da Simulação 2D e 3D foram os chineses, da Small Size veio da Tailândia, e por aí vai. Nada menos que 40 países tiveram equipes qualificadas para ir ao mundial de 2009 em Graz, Áustria.

De fato, nestes dias de competição RoboCup convivemos intensamente com milhares de pesquisadores e estudantes de todos os cantos do planeta. Os países que têm dado maior suporte às suas equipes estão colhendo resultados. Os brasileiros já demonstraram que têm talento também para o futebol de robôs, só não temos investimentos sequer parecidos com aqueles que o futebol humano recebe em nosso país.

Grandes empresas multinacionais de tecnologia investem na RoboCup e acompanham atentamente os eventos RoboCup. Os países que têm equipes bem sucedidas neste evento têm boas chances de atrair para si os investimentos destas empresas para suas áreas produtivas. Por isto, talvez já seja hora da nossa pátria calçar também chuteiras em nossos robôs, pois é difícil competir em nível mundial contando apenas com a abnegação de alguns poucos professores e estudantes brasileiros.

SM: a robocup de 2014, tal como a copa, vai ser no brasil também? teremos chance, até lá, em quais categorias?

MS: O procedimento para sediar a RoboCup é análogo ao que ocorre para eventos esportivos de classe mundial como as olimpíadas e a copa do mundo de futebol. Atualmente a RoboCup Federation está recebendo candidaturas para 2012. Os países interessados apresentam suas propostas que serão avaliadas e depois anunciados os países sede a cada ano.

Algumas diretrizes são consideradas nesta avaliação como a consistência da proposta e garantia de infra-estrutura adequada ao evento, apoio do governo do país-sede é fundamental, parceiros da indústria apoiando a proposta também ajudam bastante. Enfim, toda uma análise técnica será feita. Além disto, a RoboCup considerará outras questões como: intenção de diversificar o evento, países que nunca o sediaram terão preferência.

Aproveitando a possibilidade da divulgação da própria RoboCup e da analogia da sua meta com o evento esportivo, países sede da copa do mundo de futebol e das olimpíadas têm preferência também. Foi assim com a China em 2008, Alemanha em 2006, Japão em 2002 e França em 1998. Portanto, se o Brasil apresentar candidatura para 2014, terá boas chances de ganhar o direito de organizar a RoboCup daquele ano.

Considero que o interesse no Brasil vem crescendo a cada ano. A competição brasileira de robótica vem se tornando um evento mais forte e com mais equipes ano a ano. Em 2010, já sabemos que teremos a maior competição brasileira de robótica da história com 140 equipes [no próximo outubro, na FEI]. Ainda não disputamos todas as modalidades no evento brasileiro, mas teremos por exemplo a modalidade humanóide pela primeira vez este ano. Considerando o estado atual, as melhores chances do Brasil em 2014 são na Mixed Reality, Small Size e Simulação. Mas daqui até lá outras boas oportunidades podem surgir.

Se conseguirmos os investimentos públicos e privados que já citei, poderemos com certeza ter equipes fortes em 2014. Considero muito importante que a comunidade brasileira que se reúne ao redor das competições nacionais de robótica busque apoio do governo eleito em outubro para planejar uma possível RoboCup 2014 em nosso país.

SM: finalmente, como surgiu o grupo da UNEB? e quais são os planos, daqui pra frente?…

MS: Em 2005, ingressei na Uneb, 2 anos após a conclusão do meu Mestrado em Ciência da Computação na UFPE. Em Recife, ouvi falar sobre a RoboCup pela primeira vez nas disciplinas de Inteligência Artificial [IA]. Mas não tive oportunidade de trabalhar com nada relacionado à RoboCup durante minha dissertação de Mestrado nem logo que o concluí.

Na Uneb, assumi a cadeira de IA e utilizei a RoboCup como exemplo nas minhas aulas introdutórias. Alguns alunos se interessaram e quiseram saber mais. Busquei mais informações sobre a RoboCup e apresentamos e discutimos em sala sobre o assunto. Terminado o semestre, um aluno desta turma me procurou propondo fazermos um projeto para começar a montar um time na Simulação 2D. Não tínhamos laboratório nem qualquer infra-estrutura para tal, mas elaboramos o projeto, conseguimos os primeiros recursos e assim, em agosto de 2006, iniciamos um projeto com dois bolsistas trabalhando com seus computadores próprios em suas residências e horas vagas dos laboratórios da universidade (quando não estavam sendo usados para aulas).

Em outubro de 2006, Jackson Matsuura [professor do ITA] esteve em Salvador para um evento de automação e ministrou um minicurso para nossos alunos (dois bolsistas e outros curiosos) sobre a Simulação 2D e 3D. Foi apenas uma tarde, mas um fator decisivo para resolvermos entrar de vez na iniciativa RoboCup. Jackson nos estimulou a tentar participar da qualificação para a RoboCup no início de 2007. Não planejávamos isto pois sabíamos que as nossas chances eram pequenas. Mas ele nos convenceu que quanto mais brasileiros tentassem seria melhor, pois mostraria o interesse do nosso país para a comunidade internacional.

Na época, Jackson e outros professores de aproximadamente 12 instituições no país tentavam obter patrocínio para a Seleção Brasileira de Robótica, que seria formada por todas as equipes que conseguissem se qualificar para a RoboCup 2007 em Atlanta. Sendo assim, nos inscrevemos para tentar a qualificação na Simulação2D e numa competição nova que iria ser criada em 2007 que chamava-se Physical Visualization (que depois mudou para Mixed Relality). Nesta última, a idéia era que as equipes qualificadas iriam receber gratuitamente 20 micro-robôs que seriam usados na competição em Atlanta.

Na Simulação 2D, a qualificação se dá de duas formas: primeiro disputa-se remotamente um torneio -como se fossem as eliminatórias da copa do mundo- onde os melhores classificados qualificam-se para o mundial. Os times fazem upload dos seus binários para um servidor e depois os organizadores rodam os scripts das partidas. Todos os times se enfrentam. Além destas vagas, algumas vagas são reservadas para times que não obtiveram a qualificação no torneio mas que possuem boas e promissoras propostas apresentadas através de artigos científicos chamados Team Description Paper (TDP) submetidos junto com os binários.

Para nossa surpresa, fomos a única equipe brasileira qualificada pelo critério do TDP. De quebra, durante o torneio de qualificação nosso time derrotou todos os outros brasileiros mais experientes no evento como o próprio time do ITA, além da FURG e FEI. Conseguimos também a qualificação na Mixed Reality e ganhamos os 20 micro-robôs para iniciar nosso time. Estes resultados nos garantiram apoio instituicional da Uneb, que nos permitiu conquistar nosso primeiro laboratório dedicado, além de atrair o interesse de outros alunos que vieram a ingressar no grupo. Foi assim o nosso início.

Os planos incluem a conquista de um título mundial para o Brasil -que torcemos que venha este ano, mas se não vier continuaremos tentando- e também o ingresso nas categorias físicas com robôs maiores. Hoje trabalhamos apenas com Simulação e micro-robôs na Realidade Mista. Planejamos montar um time para Small Size e depois chegar às ligas Humanóide e Medium Size. Isto demandará mais investimentos em termos de infra-estrutura e também o estabelecimento de parcerias com outras instituições brasileiras, especialmente aquelas com cursos de engenharia, já que nossos alunos são todos de cursos de informática.

Para trabalhar com robôs físicos montados no nosso próprio laboratório, precisaremos destas parcerias ou de recursos para contratar a parte de design e montagem eletro-mecânica. De qualquer forma, nosso principal plano é colocar o Brasil de forma definitiva no cenário mundial da RoboCup, participando dos mundiais para brigar pelo título em diversas categorias. Acredito que se as instituições brasileiras unirem forças em torno deste ideal, isto será possível.

grande marco. parabéns a ele e a todos que –como vimos até aqui- saindo praticamente do nada, em qualquer lugar e laboratório do brasil, seja onde for, chegam onde ele e seu time já chegaram. e isso, como qualquer um pode notar, pode ser só o começo.

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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