o texto anterior do blog é sobre esquecer marketing viral e fazer, de fato, produtos virais [neste link], resultado de pesquisa envolvendo dois milhões de pessoas no faceBook, coisa que -em si mesma- era impensável antes da internet e das redes sociais: já pensou fazer um teste comportamento, usando o velho correio, com dois milhões de usuários de qualquer coisa?…
conexões estão na ordem do dia. todo dia, em todo lugar, na vida de quase todo mundo que está online e, cada vez mais, das instituições, de ONGs a empresas, passando pelo governo. e este é o tema de um estudo global feito pela IBM, que entrevistou mais de 1700 diretores de empresas de todos os tipos em mais de 60 geografias. a pergunta-chave era: o que vai ser essencial para a sobrevivência [ou competitividade] do seu negócio nos próximos anos? a resposta, em síntese, é…
…rede [para empoderar colaboradores, com base nos valores do negócio, para construir e evoluir um coletivo coordenado]; rede, para criar e evoluir processos colaborativos de inovação, amplificando potenciais do negócio e mais rede, para engajar os consumidores como indivíduos, tornando-os o centro da comunidade de geração, agregação e captura de valor do negócio.
uma das discussões recorrentes nas empresas brasileiras, que estão começando a liberar e até recomendar o uso de redes sociais pelos seus colaboradores, é a dos riscos do uso e da necessidade de controle dos comportamentos sociais de quem trabalha no negócio. o que mostra a pesquisa da IBM sobre isso?
as empresas que têm performance acima da média [a linha mais escura do gráfico acima] começam a optar, de forma decidida, pela abertura “social”. em segundo lugar, nelas, está o comando e controle radical, talvez em negócios onde o sigilo ainda seja a alma do resultado [não dá para depreender pelo relatório]. um ponto de equilíbrio entre habilitar e empoderar a comunidade de colaboradores em rede e, ao mesmo tempo, manter algum comando e controle é cada vez mais difícil e parece não funcionar no relacionamento entre colaboradores e clientes.
já que falamos de clientes, o que tem que ser feito, na opinião dos líderes de tantas empresas mundiais, para engajar os consumidores? as três respostas mais citadas [com as porcentagens dos que citaram à direita da imagem] são…
…fazer com que o consumidor deixe de ser parte de uma “demografia de consumo” e se torne único para o negócio, se reconhecendo como único nele e diferenciado por causa dele; melhorar o tempo de resposta às demandas do mercado [cliente pede, a gente corre pra atender] e fazer com que a experiência de consumo seja harmônica em todos os canais. exemplo? a concessionária que lhe vendeu o carro tem que assumir o “seu” lado quando o carro der problema, e não fingir que não tem nada a ver com isso e que o problema é da fábrica ou da assistência técnica. nada de esquizofrenia no ciclo de vida de relacionamento, pois.
tecnologia tem tudo a ver com isso e está causando um impacto cada vez maior nas empresas, sendo uma preocupação cada vez maior de quase todas. olhe a imagem abaixo, que mostra a evolução dos fatores que, segundo as empresas podem ter grandes impactos na sua competitividade nos próximos três a cinco anos.
tecnologia [e quase tudo, aí, é tecnologia “da informação], estava abaixo do meio da tabela quando a pesquisa começou a ser feita em 2004. hoje, está em primeiro lugar, acima das habilidades pessoais [para o atual e futuro cenário competitivo] e de fatores de mercado. e isso no meio de uma crise econômica global e escassez de talentos em toda parte.
o relatório da IBM é muito interessante e ensina muita coisa. isso pra quem tem um mínimo de paciência para ler e refletir sobre os resultados lá apresentados, no contexto do seu negócio.
as três primeiras imagens acima são de slides para uma discussão sobre redes sociais e negócios, e você pode pegar o .ppt neste link. e o relatório da IBM, Leading through Connections, está neste aqui. boa leitura e boas reflexões.