a web está fazendo 15 anos [pelo menos numa conta] e não é mais nenhuma debutante tecnológica, apesar de não ter sido vista andando, ainda, com a maior parte da população do planeta. não é que ela não queira sair com qualquer e todo um, mas simplesmente porque muita gente ainda não conseguiu chegar “lá”, pela mais simples de todas as exclusões, a econômica.
a bbc juntou um conjunto de luminares pra discutir o que vai ser a web daqui pra frente e vale a pena passar lá [e guardar o link, pro futuro] pra ver as opiniões de gente como um dos criadores, sir tim berners-lee, kai-fu lee, do google china, robert scoble e tim o’reilly. berners-lee é definitivamente otimista: What’s exciting [about the web] is that people are building new social systems, new systems of review, new systems of governance. My hope is that those will produce… new ways of working together effectively and fairly which we can use globally to manage ourselves as a planet.
como há para quem a web seja, inclusive, uma revolução científica, talvez seja hora de refletirmos, todos nós que estamos dentro, sobre sua real importância para nossas vidas e para países emergentes como o nosso, onde muita gente está, talvez pelo resto de suas vidas, fora da rede. enquanto no centro o assunto é a economia, o controle e o futuro da web, aqui na periferia a principal preocupação ainda deveria ser, por razões óbvias, o acesso.
nesta nossa periferia, há muito pouco disso nas políticas públicas, ao mesmo tempo em que o governo federal está sentado numa pilha de R$6B do fundo de universalização dos serviços de telecomunicações. coisas do brasil: deficit de gente na rede e superavit de dinheiro que, teoricamente, deveria servir pra levá-los pra lá.