o japão lidera o mercado de tecnologia, aplicações e usos de celulares e muitas das coisas que veremos aqui quando 3G começar, de verdade, estão sendo usadas no país do sol nascente há anos. até porque o modelo japonês de compartilhamento de receita entre operadoras e fornecedores de serviços e aplicações, que privilegia os últimos, gerou uma grande e diversa rede de negócios ao redor das operadoras de mobilidade. coisa que ainda não temos [e nem teremos, tão cedo, por cá].
no meio de tanta coisa que já têm, os japoneses querem mais. olhar o que eles desejam [veja resultado de pesquisa feita pela iShare, em maio, ao lado] é ter uma boa idéia do que teremos todos, em nossos celulares mais básicos, daqui a algum tempo.
no topo da lista, mais e melhor acesso e navegação na internet, telefones mais abertos, com liberdade pra cada um instalar o que quiser, telefones com interfaces que permitam os usuários definirem as funcionalidades à sua disposição, tv digital móvel [oneSeg, a mesma que vamos ter por aqui] e telefones menores e mais finos.
ao mesmo tempo, o governo japonês está começando uma campanha para diminuir o uso de celulares 3G [e a internet, neles] por estudantes, alegando que os adolescentes estão se tornando viciados nos seus keitai e deixando pra lá as tarefas da vida escolar, entre muitas outras coisas. pra se ter uma idéia, adolescente japonês que leva mais de 30 minutos pra responder um emeio passou a ser considerado “fora do mundo”, quase um idiota.
bote parte da lista de coisas acima nos celulares e aí é que os estudantes não vão mais prestar atenção nas aulas… com 3G começando, aqui, no segundo semestre, as escolas e salas de aula vão ter que melhorar muito pra tirar os alunos da internet celular. isso se os planos de dados não começarem a ser vendidos [como quase sempre é o caso, aqui] a peso de ouro.