Vivemos em um tempo em que a incerteza deixou de ser uma anomalia e passou a ser a regra. Em que modelos estatísticos, indicadores de risco e frameworks de estratégia e planejamento parecem — todos eles — instrumentos de um mundo que já não existe.
Neste cenário pós-normal, onde fatos são incertos, valores estão em disputa, decisões são urgentes e riscos são sistemicamente elevados, emerge um novo tipo de evento: o cisne vermelho.
Se os cisnes negros, de Nassim Taleb, nos ensinaram que o imprevisível pode acontecer e mudar tudo, os cisnes vermelhos nos mostram algo ainda mais inquietante:
que o impensável pode ser cultivado por nós mesmos, dentro dos nossos sistemas mais sofisticados de produção, orquestração, colaboração, (até nos de mais elevado) comando e controle e, claro, de inovação.
Eventos ultra-imprevisíveis, que colapsam não só mercados, mas modelos de pensamento. Que desafiam a própria maneira como imaginamos, planejamos e agimos no mundo.
Meu novo ensaio — “Ruptura Sistêmica e Inteligência Estratégica: A Emergência dos Cisnes Vermelhos” — é uma proposta conceitual, estratégica e provocativa para entender como eventos desse tipo estão redesenhando o universo da estratégia, da inovação e da inteligência organizacional e, óbvio, os mercados e sistemas globais como um todo.
Discutimos:
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Como os mercados lentos (infraestrutura, energia, imobiliário, sistemas altamente regulados…) escondem fragilidades invisíveis, prontas para colapsar sob o peso de um cisne vermelho;
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Como a transformação figital — a fusão entre o físico, o digital e o social — pode tanto amplificar o risco sistêmico quanto se tornar o antídoto, se bem projetada;
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Como a inteligência artificial pode ser o catalisador e, ao mesmo tempo, a chave para responder a eventos impensáveis, quando organizada estrategicamente segundo o modelo MIA de nove níveis de maturidade;
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E, finalmente, como o próprio mercado de soluções digitais, ao integrar IA sem reestruturar suas ontologias, epistemologias e valores, quase certamente já criou e convocou o seu próprio cisne vermelho.
Não se trata de futurologia. Trata-se de estratégia para um presente que já é imprevisível.
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