lá em 2009, ainda nos tempos de terra magazine [que foi um dos melhores repositórios de textos e debates da web brasileira, assim como o NO.], este blog deu conta de um experimento em inovação e criatividade, práticas, aplicadas ao transporte de leite da periferia de taperoá para uma usina de processamento no município do cariri da paraíba. a “coisa”, uma gambiarra construída por josé júnior luísa, era um “carro”, feito na raça, a partir do desmonte de duas motos, que serviram para, em conjunto com mais algumas partes e peças, fazer um carro quase de verdade. a epopéia está descrita, com fotos, neste e neste links. uma imagem do fantástico JJL2009, construído com muito limitados recursos de conhecimento, laboratoriais e financeiros, está abaixo.
quase uma década depois, e para ser usado na prática exatamente uma década depois, vem à tona o stratolaunch, que parece o resultado do desmonte parcial de dois BOEING 747, tornados siameses por uma única asa de 117 metros, 27 metros maior do que o AN225, que era, até aqui, o maior avião do planeta. o avião usa 6 turbinas P&W do 747 e tem um peso de decolagem de quase 600.000kg.
o propósito do stratolaunch, como diz o nome, é lançar foguetes a partir da estratosfera, o que põe paul allen, financiador do projeto e um dos fundadores da microsoft, na mesma classe de elon musk e jeff bezos, até aqui os dois grandes nomes da indústria digital no mercado aeroespacial. stratolaunch vai lançar pequenos ssatélites [de até 500kg] em órbitas de baixa altitude, e busca o mesmo que os projetos de musk e bezos, a reusabilidade da maior parte do sistema de lançamento.
reusabilidade é o conceito chave por trás do projeto do JJL2009. e também no projeto do stratolaunch. claro que o avião não foi feito a partir do desmonte de dois 747, até porque é todo de materiais compostos que lhe dão a combinação de resistência e leveza. mas bem que poderia ter sido. ia ser muito massa ver a ideia de josé júnior luísa, que não deve nem ser tão original assim, feita na forma do maior avião do planeta, pondo satélites em órbita.