o sistema de temporização da piscina olímpica de beijing é da omega [e sua descrição está aqui]. a precisão intrínseca do hardware e software do equipamento é de 1/1000 de segundo, mas cai para 1/100 porque a precisão de construção da piscina não passa disso [as raias têm diferenças milimétricas no comprimento].
sem esta tecnologia, phelps e cavic teriam repartido o primeiro lugar na piscina, ontem, nos 100 metros borboleta. como se sabe, phelps ganhou por 1/100 de segundo, exatamente o limite de decisão do sistema de temporização.
a sports illustrated tem uma série de oito fotos sobre a dramática chegada [na foto deste texto, phelps está à esquerda]. basta ter visto a decisão para imaginar que as medalhas em competições de classe mundial serão cada vez mais decididas por informática, dada a proximidade das competências dos principais atletas.
ao mesmo tempo, os recordes vão passar a depender cada vez mais do contexto da competição: quando se compara as piscinas onde phelps nada, hoje, com as que mark spitz nadava [e ganhava sete medalhas numa olimpíada], parece que spitz competia no mar revolto e seu compatriota [e nosso cesar cielo filho, medalha de ouro merecida, longe dos limites de medição da piscina] nada sozinho, numa piscina infinita, sem ondas…