SILVIO MEIRA

previsões, 3: a internet das coisas

Todo objeto minimamente interessante estará em rede, fornecerá dados para sistemas que estão em rede e será supervisionado e controlável a partir de lá. do seu carro às lâmpadas da sua casa, dos sinais de trânsito à máquina que dispensa a comida do seu cachorro. a internet das coisas –ou a internet de tudo– vai começar a pegar de vez neste resto de década, até porque chegamos ao ponto em que as teles não conseguem mais vender linhas [ou chips, veja aqui e aqui] para usuários que ainda não existem –ou que não existem mais, já que, daqui a pouco e ainda nesta década, todo mundo vai ter pelo menos um chip e um celular. mesmo assim, vai dar muito trabalho e levar muito tempo pra trazer mais um bilhão de pessoas para o mercado e o mesmo tanto [senão o mesmo povo] para a internet… e há outros mercados a explorar ao mesmo tempo [senão a máquina econômica trava]. resultado? veja o gráfico abaixo…

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…onde se vê que estamos na combinação entre posicionamento ubíquo [ou a capacidade e possibilidade de localizar tudo, gente e coisas, em qualquer lugar, a qualquer hora…], e teleoperação e telepresença, a capacidade de monitorar e controlar coisas [e tomara que não de pra controlar pessoas…] à distância. e isso, entre muitas outras coisas, vai envolver carregar o carro elétrico de x na casa de y, com x pagando a conta, o que seria impensável na rede elétrica de quase todos os lugares, agora.

a figura abaixo é parte de um diagrama das “coisas” numa casa, mostrando como é que carros “entram” no sistema da casa [deixando implícito que, vez por outra, o software vai ser atualizado através da rede da casa…].

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isso vai implicar em investimentos em infraestrutura para esta internet das coisas, o que vai mover mundos, de ambientes regulatórios a novas tecnologias, incluindo novos protocolos de comunicação como MQTT, um certo http “das coisas”. se você quiser ler muito mais sobre este negócio de “coisas em rede”, clique aqui.

agora, olhe o gráfico abaixo, que vem de um estudo recente…

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…e note que, se este povo estiver certo [e eles são conservadores], haverá mais coisas na internet, em 2018 [ou seja, em meros 5 anos], do que a soma de todos os dispositivos usados por humanos hoje, como tablets e PCs. e daí pra frente, claro, só vai aumentar a diferença entre coisas e pessoas em rede. isso quer dizer muita, mas muita oportunidade nova, em novos mercados, com o nascimento de novas categorias de produtos e serviços que a maioria dos negócios, hoje, não consegue nem imaginar. coisas. a internet vai ser das coisas. e isso vai mudar todo o cenário de criação de novos negócios de ou intensivos em tecnologias da informação, que terão que resolver classes de problemas que ainda não existem. e sem falar que os modelos de negócios, na e para a internet de tudo, podem não ter nada a ver com o que se faz na rede, em quase todo canto, hoje. pense nas oportunidades!…

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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