A publicidade na internet vem passando os antigos meios de comunicação ano a ano. começou pelo cinema, passou pelo outdoor, rádio e revistas e, em 2013, chegou a vez dos jornais. pesquisa da zenithoptimedia aponta que, este ano, a internet terá 19.8% do total da publicidade global, contra 17.8% dos jornais. a TV, como é mostrado na imagem abaixo, vem se mantendo constante até aqui.
o gráfico acima, de dezembro passado, acaba de ser atualizado, sem mudanças nas participações por “meio”, mas refletindo um crescimento maior que o previsto em 2012. o volume de anúncios previsto para 2013 é US$518B, 3.9% a mais que no ano passado, com os anúncios na internet crescendo 14.4% em 2013, contra apenas 1.6% do resto do mercado. a leitura? a publicidade em rede cresce quase dez vezes mais que o resto. consequências?…
o modelo de negócios da maioria dos espaços de comunicação é multifacetado, o que quer dizer que o “meio” atrai o “público”, com algum tipo de conteúdo, para que o “anunciante” pague a conta da produção e disseminação do material. este é, ou era, o modelo fundamental. busca [e anúncios, lá] não é bem assim e, nas redes sociais, o que era público se transforma em comunidade e quase tudo muda. e de uma vez por todas, talvez. as implicações são muitas. sem os mesmos recursos, os jornais demitem, como mostra o gráfico abaixo: nos EUA, redações dos jornais têm menos jornalistas hoje do que em 1978.
uma imprensa livre sempre foi, para muitos, um dos pilares da democracia. sem o que a gente costumava chamar de jornais, que plataformas serão usadas –ou vão servir- para a expressão das preocupações e visões políticas e sociais? qual será o novo arranjo, nas redes, para o embate de ideias e posições, de uma forma que seja inteligível por quem não estiver diretamente envolvido no debate? os jornais, de muitas formas, exerceram este papel por séculos. daqui a 50 anos, quem o fará?…