SILVIO MEIRA

realidade. aumentada. de vez.

você vai querer usar um daqueles óculos “de google”. sim, os que, no futuro, hão de permitir que você seja parte, de verdade, da rede. ou que a rede seja parte de você, é só uma mudança de ponto de vista. mas você só vai usar a gambiarra de realidade aumentada de google se você não puder usar lentes de contato.

Rabbit's-eye.jpg

o coelho da imagem acima está testando [sim, coelhos “testam” muito do que tem a ver com olhos, para seres humanos] a primeira lente de contato conectada [com display  de um só pixel, como se vê] usada por um animal. nada espetacular. por enquanto.

porque você tem que lembrar que a capacidade computacional pelo mesmo preço dobra a cada 18 meses. desde 1971, foram mais de 5 bilhões de vezes. pense numa lente destas daqui a vinte anos. em rainbows end, de vernor vinge, há um cenário muito interessante, levando as tais “lentes” em conta. e vinge é o cara que originou o conceito da “singularidade” informacional.

será que a primeira coisa que vamos [ou melhor, eles irão] aprender na “escola” de então será encontrar “coisas”? pontos num mapa, termos numa enciclopédia… e fazer operações com tais objetos… como “chamar um ponto”, por acaso chamado taxi, para vir até o ponto onde estou e me levar a outro ponto? simples, não? tudo online, conectado, móvel e programável. desde que autorizado, claro. . tipo… “nada de trazer todo mundo [seja lá o que isso for] para aquele protesto contra o governo municipal no marco zero”… poderia ser uma regra geral aqui no recife. e aí o sistema traria um bocado de gente [garantias democráticas…] mas nem todo mundo que quisesse vir, se esse mundo de gente fosse, digamos, muita gente.

num cenário destes, quem conseguiria [pelo menos tentar] furar o bloqueio? os programadores. o resto seria, só, programado. teria a ilusão de que controla muita coisa, claro. mas o sistema só os deixaria fazer o que ele, sistema, achasse que eles deveriam. o “sistema” claro, não precisa ser uma inteligência artificial acima de tudo e todos. pode ser software básico, que aceita comandos muito simples como limitar o acesso [por meio de transporte público ou pessoal] ao tal marco zero ao mínimo. ou ao número que confirme a ilusão de que muita gente esteve lá, mas não o suficiente [para causar impacto].

aí, você diria, é que mora o perigo. e é mesmo. o futuro, se sabe desde o começo dos tempos, é um lugar muito perigoso. principalmente para os despreparados. e, desde sempre, quase ninguém está, no presente, preparado para o futuro. curioso, não? porque, se uma coisa é certa, é que o presente será passado e que viveremos o resto das nossas vidas no futuro. e ele, o tal do futuro, nunca se engana. nós, sim.

 

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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