imaginando que você chegou de marte [como está curiosity?…] e não sabe como começar a tratar o problema de inserção de sua empresa, produtos e [ou] serviços nas redes sociais, há um texto [curto, em inglês, aqui] que trata de como você vai fazer tudo errado… se não prestar atenção em alguns princípios básicos.
este blog publicou, há dois anos, um conjunto de dez textos que ainda continuam valendo [a série empresas são abstrações]; se você passar pela leitura do que estamos sugerindo hoje e for, mesmo, entrar na seara das redes sociais, vá ler o material que a gente publicou há tempos.
steve nicholls diz que empresas literalmente dançam, nas redes sociais, porque se concentram em conteúdo. como se redes sociais fosse TV ou rádio. como se houvesse público, audiência, e não comunidade. como se o mundo ainda fosse a aldeia de mcLuhan, e não a rede de conexões de bush-drucker-castells. claro, o conteúdo é importante, mas o meio não é mais a mensagem, as redes [sociais] são um novo [e completamente diferente] contexto onde seu negócio é apenas mais um agente, na rede. seu negócio pode ter todos os recursos do mundo e tanta gente quanto puder pagar, mas se você não entender o contexto das redes sociais, e em especial o fato de que, lá, os comportamentos são emergentes [só se sabe, e assim mesmo às vezes, como uma ação é iniciada, jamais como ela termina, se é que…], seu poder de formar redes será sempre muito limitado.
e nicholls vai além e aponta para o terceiro C [dele; aqui são quatro, pois entender de e agir sobre comportamentos é fundamental…], que são as condições para que um negócio tenha presença [no limite superior, uma estratégia] competente nas redes sociais. as condições passam pelas lideranças e sua visão do que é a rede para o negócio, para que seja possível entender o negócio em rede. há negócios em que todo mundo acha redes sociais [e as manifestações, lá] interessantes, mas o negócio, em si, é hierárquico a ponto de que replicar um comentário no twitter precisa da autorização “lá de cima”… como se fosse resposta a um editorial do estadão na década de 80. e aí não dá mesmo pra tocar a rede, talvez não dê nem pra tocar o barco…
então: se seu negócio vai pro social, pense seriamente em entender muito mais profundamente de conteúdo [o que vou promover, discutir, tentar capturar…], de contexto [qual é o ambiente de redes sociais, quais são as regras de lá, ou a falta delas?…], que comportamentos [quem faz o que, com quem, porque e pra que…] ocorrem na rede, em rede, em função das características dos agentes de rede como criadores de conteúdo e contexto e, por fim, que condições você tem que ter [ou criar] e manter, no seu negócio, para agir em rede.
botar a cara, ou marca, produtos e serviços em rede social sem refletir sobre estes 4Cs é correr riscos desnecessários, que podem ser evitados de forma trivial.
isso se seu negócio “social” não é tocado por um estagiário só porque, quando a conversa começou na sua empresa, ele era o único “que entendia” alguma coisa de twitter, faceBook, instaGram… aí, esqueça.