por mais que se queira imaginar que não há um refluxo na economia mundial, a confiança decrescente dos consumidores americanos tem reflexos globais. na computex, feira de informática de taipei e segunda maior do mundo, a lista de compras dos grandes importadores tinha computadores bem pequenos, mais eficientes e os ultra-portáteis [como o mobo, da positivo] no topo.
orçamentos mais apertados, vez por outra, são bons para todos. no brasil, lá na primeira grande crise do petróleo, a falta de recursos para óleo foi o motor do carro a álcool, depois flex, e dos 1.0, o que botou o país na linha de frente da economia de combustível. agora, o aperto nas contas americanas vai levar à busca de um novo tipo de consumidor, lá, e de novos mercados, nas economias emergentes.
falando nisso, indústria e governo precisam redesenhar a estrutura de custos do brasil pra incluir mais gente no mercado e trazer os preços brasileiros pra realidade mundial. o asus eepc básico, que é a referência dos ultra-portáteis baratos, custa cerca de 500 reais no mercado mundial e sai pelo dobro no brasil [mesmo preço do mobo]. como a gente, por aqui, ganha bem menos do que nos estados unidos e europa, não pagamos o dobro, mas várias vezes mais…