este é o título de uma palestra [de 18 conceitos em 18 minutos] que dei no tedXlaçador do sábado passado em porto alegre. a idéia era discutir o futuro das cidades, principalmente as grandes e as muito grandes, metidas no meio da maior crise de suas histórias desde que os visigodos de alarico saquearam roma há exatos mil seiscentos e um anos. bem… nem tanto. mas o fato é que as cidades têm que discutir seu futuro, inclusive e principalmente no brasil, onde os processos de crescimento desordenado têm criado –só para citar o exemplo mais comum- os megaengarrafamentos de são paulo e de todas as outras metrópolis.
olhe as duas imagens a seguir, slides da minha palestra. na primeira, de 2008, preste atenção na van amarela que está vindo da esquerda para a direita… num dia de engarrafamentos monumentais em são paulo.
agora olhe o mesmo cruzamento [da juscelino com a faria lima; note que o banco lá na esquina oposta foi comprado…] em 2011, num dos apagões que atingiu são paulo durante um temporal qualquer…
…e veja que a van amarela, em três anos, só conseguiu girar 90 graus à esquerda e ainda está quase no mesmo lugar!…
claro que isso é um exagero, mas a brincadeira explicita, de certa forma, o tamanho do caos que vivemos nas megalópoles como são paulo. é possível mudar alguma coisa? é sim. e o que precisamos fazer para sair de onde estamos? precisamos inovar, de maneira radical. precisamos repensar as cidades como…
…o que não quer dizer conexões físicas, como mais ruas e avenidas e viadutos, muito mais largos. na era do conhecimento, temos que pensar em uma mudança da forma de trabalhar, principalmente, já que a maioria do trabalho e dos meios de trabalho da era da informação está naturalmente distribuída e conectada, cada vez mais, mesmo pelas infraestruturas de informação que já temos no presente. no futuro, então, o desenho das cidades tem que levar em conta que cada um e cada qual e cada coisa serão cada vez mais glocais, pessoas, situações e coisas locais com alcance cada vez mais global.
como é que isso vai acontecer? vamos ter que mudar os…
…, ou seja, a forma e modos da economia e sociedade urbana e dos urbanóides e suas coisas funcionarem, redesenhando nossa experiência coletiva ao redor do ato de…
…serviços, sistemas, processos, infraestruturas, veículos, ideias, projetos… e o que mais há no ambiente urbano, fazendo isso de forma…
…como de resto, aliás, "funciona" a própria cidade, cada um de nós e, como se não bastasse, a vida em geral.
pra quem não viu a palestra online no sábado, o pessoal do tedXlaçador vai editar tudo o que rolou por lá e, em breve, haverá vídeos online. enquanto isso, se você quiser pegar a íntegra dos meus slides para a palestra de porto alegre, eles estão aqui.
também participei do tedXsãoPaulo em novembro de 2009, falando de cooperação: educação transformada em processo de aprendizagem. a palestra em vídeo está neste link e os slides neste outro. se você nunca foi a um ted ou tedX, descubra um perto de casa e vá, quando puder. a vasta maioria são eventos surpreendentes, cheios de coisas interessantes e, por mais estranha ou porra louca que possa parecer o que você está vendo [sempre palestras de 18 minutos] você sempre aprende muita coisa.