SILVIO MEIRA

Começou o Governo. Cadê a Estratégia?

Estamos em 02/01/2023.

Ontem foram as posses e os discursos. Hoje começam a trabalhar um novo Presidente da República, dezenas de ministros e ainda serão nomeados milhares de ocupantes de cargos comissionados. O número federal é mais de 31.000, mas há uma parcela privativa de concursados [bit.ly/3jKhW4s, bit.ly/3WCspNE]. Assumem seus postos 27 governadores, muitas centenas de secretários, quase certamente dezenas de milhares de ocupantes de cargos de confiança.

Depois da eleição, é hora de pensar em estratégias que vão fazer -no mínimo- o país continuar a funcionar e, em muitos contextos, mudar o Brasil, e os estados, onde for preciso. E, no caso do nosso país, é preciso mudar muita coisa, em muitos lugares da administração pública, sem o que o Brasil real continuará no passo em que está há décadas. Devagar. De lado. E caindo de pouco em pouco. Vez por outra muito. Continuamente.

Basta olhar a imagem abaixo para entender como estamos evoluindo [aliás, como se vê, involuindo] nos últimos 40 anos. Em 1980, pela ótica de PIB PPP comparado com os EUA, estávamos mais de 100% acima da Coreia do Sul. Pelos últimos dados, não só somos 60% menores, mas perdemos 13 pontos percentuais quando comparados com os EUA [bit.ly/3Q5Vq1U].

Na base do problema, a [falta de] produtividade do Brasil. Por baixo da improdutividade nacional,estão [1] a má qualidade da educação em todos os níveis; [2] o déficit nacional de inovação em todos os setores, inclusive no Estado; [3] o baixo nível de competição em quase todos os mercados; [4] a má qualidade da infraestrutura e, por fim, [5] a instabilidade econômica e jurídica, as duas tornando o presente e o futuro incertos e a segunda tornando não só estes, mas até o passado indefinido e caótico.

A problemática é clara, e sobram excelentes análises [bit.ly/3Z1I6zz] sobre ela, a maioria das quais trata exatamente os 5 pontos do parágrafo anterior. O que nunca conseguimos acertar foi a solucionática, a receita para resolver pelo menos parte do gigantesco problema nacional de produtividade que temos há décadas, séculos, talvez..

Parte da problemática da produtividade está dentro da própria administração pública, que em qualquer país é sempre um dos maiores facilitadores -quando funciona minimamente bem, ou até quando não faz nada- ou adversários -quando trabalha contra, ou atrapalha, com ação, inação ou legislação e regulação impróprias- das tentativas de resolver o problema. Em particular, quando não tem uma estratégia para tornar a si mesma, administração, um facilitador da ação da grande rede de agentes que deve, necessariamente, ser envolvida para resolver o problema.

Um exemplo recente? A tentativa dos EUA de recuperar o espaço perdido na competição global no mercado de semicondutores. Em 1990, Taiwan, Coreia do Sul e China produziam exatamente zero chips. Hoje, são 22%, 21% e 15%, respectivamente, do mundo [on.ft.com/3sqIiJN]. Os EUA decidiram investir US$76 bilhões em facilidades, recursos para pesquisa e desenvolcimento e subsídios do Estado para provocar investimentos privados de quase US$200 bilhões na cadeia de valor de chips Made in USA. No curto prazo, em reais, é R$1,5 trilhão. Esse é só o tamanho de um jogo [um EUA × Taiwan…] no campeonato de semicondutores. E as chances de sucesso ainda são… no mínimo complicadas [nyti.ms/3vtt3RA].

Há uma lei para definir o investimento [bit.ly/3IbzP6i] e ainda é preciso ver como [e se, aliás] as agências responsáveis pelo processo vão dar conta da [1] agilidade na tomada de decisões de investimento, [2] velocidade na sua implementação, [3] avaliação dos investimentos e resultados em tempo quase real, [4] correções de curso e redefinição da estratégia e [5] transparência e responsabilização no esforço como um todo. Um conjunto de problemas de produtividade intrínseca do setor e agentes públicos, para empoderar os agentes privados, numa estratégia de grande porte e altíssimo impacto potencial.

O Brasil quer entrar nessa parada? Como? Pode? Pra quê? Com quanto? Em quanto tempo?… Qual é hoje, o papel do Estado? Qual seria, para criar, nos lugares apropriados, a produtividade que nos tornaria competitivos?

A política [quase sempre, sem estratégia…] de reserva de mercado de informática do Brasil começou em 1972, há meio século, pois. Desde então se “fala” em produzir chips aqui. Mas o arcabouço que temos é quase só uma velha política de substituição de importações, com amplo atraso temporal e déficit de qualidade nos resultados, que comentei no link bit.ly/3chG6vt quando completou quarenta anos. Ainda pensei em escrever algo para datar meio século, este ano… mas nada mudou. Só perdemos mais dez anos.

Por décadas, o Brasil gastou muito discurso [quase sempre vazio], não teve nenhuma estratégia, e fez muito pouco investimento em semicondutores, sem conseguir habilitar qualquer rede privada que assumisse boa parte dos papéis de mercado nos quais se sabe que governos não são efetivos. O último esforço teve US$250M do Estado em 10 anos [bit.ly/2GwRt3J] e deu em…. nada. E houve uma época em que o país poderia ter se tornado competitivo em chips se houvesse tentado de verdade. Pena. O problema? Falta de estratégia.

Nos EUA, em 1960, cerca de 60% de todos os recursos para pesquisa vinham do Estado; em 2016, a proporção era 20%. Mas, nos anos 1980, 12% das patentes tinha apoio estatal; hoje são 30%. Como isso se deu? Foi por causa de uma estratégia [bit.ly/3G4GOeE]. É exatamente o que o Brasil deveria ter para ciência, tecnologia e inovação [bit.ly/3YDvVZA] e tudo mais em que o Estado, em todos os seus níveis, se envolver. Estratégias. Estratégias de Estado, para resolver grandes problemas, com alto potencial de impacto econômico e social, para mudar o país estruturalmente. Ao contrário do varejo de medidas mal pensadas e mal executadas, por um serviço público despreparado, e do apagar de pequenos incêndios aqui e ali, que nos deixa exatamente onde estamos há décadas. Ou, comparando com muitos outros países, piorando, há muito tempo.

E não são discursos… o velho e conhecido “nós… no nosso governo… faremos tal e qual”… que mudam o Brasil. Isso são aspirações. Uma estratégia não é uma lista de aspirações. Da mesma forma que quase ninguém faz resoluções para o ano novo, mas declaramos nossas aspirações para o ano que vem… os novos governos têm a aspiração de criar resultados e soluções. Mas… para transformar aspirações em realidade, é preciso ter estratégias, o processo de criar competências, habilidades e recursos para tornar reais pelo menos algumas das aspirações.

Muitas autodesignadas “estratégias” de empresas e governos são fracas, sem diagnóstico adequado e sem ações de alto potencial de sucesso e impacto. Razão? A tendência dos humanos copiarem outros no que é aparente e “fácil” [bit.ly/3ukkFEb]. Isso leva a uma inclinação de montar teatros de inovação, de brincar de inovar, como se a vida fosse um concurso de ideias de criativos privilegiados, a ser tocada sem qualquer estratégia, muito menos de inovação ou [nem pensar!] de transformação figital de verdade [bit.ly/3n2eXl4].

O foco de 100% dos negócios -inclusive os negócios de Estado- deveria ser sobrevivência; e isso é -exige- inovação. No espaço-tempo figital, hoje: escrevi sobre isso em Plataformas & Ecossistemas, no link bit.ly/3VEcxK3, O Mundo é Figital, em bit.ly/3FEmMJ2, e  O Futuro vem do Futuro, em bit.ly/3WI0hs4.

Inovação é a mudança de comportamento de agentes, no mercado, como fornecedores e consumidores de qualquer coisa. Ninguém inova porque gosta, é bonito ou porque outros estão inovando e é preciso imitá-los, nem ninguém põe o foco de nenhum negócio em inovação, pois ela é meio, e não um fim em si. Instituições inovam para sobreviver. Inovação, continuada, com pessoas e recursos permanentes, em qualquer instituição, privada, sem fins lucrativos ou de Estado, deveria ser um dos ritos mais bem estabelecidos do lugar, parte fundamental de seu repertório.

E por que o Brasil, a federação e os estados e municípios deveriam pensar muito a sério nisso?

Na indústria brasileira, nos últimos dez anos, 10.000 fábricas foram fechadas, eliminando 1 milhão de empregos e causando uma queda na renda média de 3,5 para 3,2 salários mínimos [glo.bo/3RS92yh]. Falta de estratégia e política… dá nisso. Gente, desempregada. Cadeias de valor inteiras, destruídas.

Uma consequência de um eclipse de estratégia econômica de muitos anos é uma taxa de informalidade da população ocupada de 39,1% [mais de 39 milhões de pessoas] e uma taxa de subutilizaçãodesempregados, mais pessoas que trabalham menos do que poderiam somados àqueles que desistiram de procurar emprego– de 19,5% [quase 23 milhões de brasileiros, bit.ly/3GyYctk].

Somando, são sessenta e dois milhões de trabalhadores que não conseguem fazer parte da economia como gostariam [bit.ly/3QmST3H]. Em estados como Pernambuco, o resultado é 51% da população com uma renda mensal menor do que R$495 [valor que define a linha de pobreza]; e quase 40% desse contingente vive com menos de R$171 mensais, abaixo da linha de pobreza extrema. Mudar tal situação, de forma estrutural e permanente, como a Coreia do Sul mudou [não sem os problemas que ainda resistem, cnn.it/3Gy8M3W] não deve, nunca deveria, ser o trabalho de heróis.

Quando uma situação precisa de [e com sorte, tem] innovation heroeshá algo muito errado por lá. Na melhor hipótese, os processos de e para inovar não existem ou não funcionam. No pior caso, a estratégia não trata o futuro; ou seja, o lugar não tem futuro [bit.ly/3HqJfHJ]. No caso dos negócios de Estado que não têm futuro... o resultado afeta aqueles -principalmente os mais necessitados– que dependem das políticas que deveriam estar a cargo de tais instituições… e aí são eles que ficam sem futuro. Também.

Coreia do Sul e Taiwan conseguiram boa parte do desenvolvimento -nada menos que espetacular, considerando os pontos de partida- dos últimos 40 anos porque suas burocracias de Estado foram desenhadas [diferentemente] para dar conta dos desafios de habilitar uma iniciativa privada que, em conjunto com os incentivos estatais, mudaria o rumo da economia em larga escala. A saga é descrita, comparativamente, em Institutions and growth in Korea and Taiwan: The bureaucracy [por Tun‐Jen Cheng, Stephan Haggard & David Kan, em bit.ly/3vvvumR]. Vale a pena ler e comparar com o que o Brasil não fez de bom… e por outro lado fez completamente errado. E com o que diz que vai continuar fazendo de errado, por sinal.

Mas… o que o Brasil deveria e poderia fazer?

Antes, vamos deixar claro que o Estado compete [bit.ly/3vu6nAH]. Isso mesmo, no sentido básico, de competição. Estados nacionais competem entre si. Cooperam, também, quando querem e é desejável ou mandatório. Numa federação, a mesma coisa acontece com os entes federativos. No caso do Brasil, os estados. Sem falar que cada Estado compete [e coopera, numa coopetição] com as forças [des]organizadas da sociedade, em regulação, renda, prestação de serviços e muito mais. Quanto mais ineficaz [pior em identificar os problemas a serem resolvidos] e ineficiente [pior na agilidade, velocidade e economicidade em resolver os problemas identificados] for o Estado, maior o papel da sociedade civil [do bem] ou não [milícias, máfias,…] na prestação [ou mesmo no sequestro] de serviços públicos, como segurança, regulação e muito mais. Taí o Rio de Janeiro que não nos deixa mentir.

No Estado competitivo, as instituições básicas do Estado de bem-estar permanecem no lugar, mas são gradualmente reorganizadas e reproposicionadas para tornar a sociedade mais competitiva. Se o Estado de bem-estar domestica o capitalismo para criar e prover serviços do interesse de todos, o Estado competitivo disputa o capital, para criar [localmente] o valor e os correlatos dos quais o Estado se apropria, em parte, para prover os mesmos [ou parte dos mesmos] serviços do Estado de bem-estar.

O ano de 2023 e os que se seguem vão demandar estratégias ao mesmo tempo mais sofisticadas e mais ágeis, de todos os negócios e do Estado, para competir em um espaço que era mais ou menos difuso até a pandemia mas que se tornou cristalino nos últimos três anos. Toda competição, em todos os mercados, em todo mundo, começou a se dar no espaço figital, de dimensões física, social e digital. O que é esse espaço, e como foi que ele apareceu e se tornou dominante [mesmo que muitos ainda não percebam sua ubiquidade]? É uma história de um quarto de século de inovação constante, que descrevo em O Mundo é Figital, no link bit.ly/3FEmMJ2.

As novas dimensões da competição, em todos os espaços e mercados passaram a ser a física [onde estavam e ainda estão os negócios analógicos], a digital [ela própria de dimensões computacional, de comunicação, de controle -de sensores e atuadores], que aumenta, estende e habilita as performances da dimensão física e a social [das conexões, relacionamentos e interações], onde ficam as redes das pessoas, organizações e coisas, onde ser articukla e orquestra as performances do plano físico-digital do espaço figital. Este é o espaço dos novos normais.

Escrevi 50 páginas sobre o tema, as Fundações para os Futuros Figitais [em bit.ly/futurosfigitais]; cada fundação tem 5 lógicas [talvez pudesse ser menos…] e o arcabouço todo tem 5 princípios universais. É simples de entender o que está acontecendo, apesar de ser muito complexo transformar negócios analógicos [como o Estado, que é no máximo um analógico digitalizado; veja Chega de “analógicos digitais”, em bit.ly/3VzlfIF].

Tudo, no mundo figital, tudo são fluxos, ou… sequências de trocas e interações propositais, repetitivas e programáveis realizadas por atores sociais [pessoas, organizações, coisas…] situados em posições potencialmente disjuntas, sobre as estruturas econômicas, políticas e simbólicas da sociedade, segundo Manuel Castells [veja em Sociedade & Política, no link bit.ly/3FrM50P] . É para este mundo, de fluxos, que precisamos de estratégias. Na maioria, ou em quase todos os casos, de novas estratégias, para mudar, transformar… porque não adianta melhorar as coisas pra um passado analógico que não mais existe e não volta mais. E onde não mais podemos competir.

No discurso de John Kennedy ao Congresso dos EUA sobre ir à lua na década de 60, prometendo…

“…landing a man on the Moon and returning him safely to Earth.”

…nem Kennedy, nem ninguém nos EUA ou no planeta fazia a menor ideia de com fazer isso, quando a frase foi dita -e aplaudida. Nunca tinha sido feito. E não seria possível com a melhora do que já havia. Mas a estratégia da NASA, na década de 1960, transformou a aspiração de Kennedy em capacidades e, no devido tempo, transformou mero discurso em pura realidade. E, como se fosse um download, trouxe o futuro para o presente [de novo, veja O Futuro vem do Futuro, em bit.ly/3WI0hs4].

Como já dissemos, estratégia é o processo de transformação de aspirações em capacidades. Aspirações são o que nós -no caso o Brasil- gostaríamos de ser, ter ou fazer e capacidades são as competências, habilidades e recursos que nos vão levar a ser, ter ou fazer o que queremos. Parece simples, mas não é.

Sem espaço e tempo para definir toda uma estratégia para um Brasil competitivo no espaço figital, vamos nos limitar, por enquanto, a especular sobre as dimensões mínimas nas quais deveríamos ter aspirações que uma estratégia de Estado transformasse em competências, habilidades e recursos para sua consecução. Mas não podem ser quaisquer dimensões, nem aspirações quaisquer.

Grandes desafios são aspirações ambiciosas, mas alcançáveis, que aproveitam ciência, tecnologia, regulação, inovação, a capacidade inovadora e empreendedora, o ambiente, o contexto, a política, para resolver problemas nacionais ou globais importantes e relevantes e que têm o potencial de capturar a imaginação do grande público. Das pessoas. De todos os agentes econômicos e sociais.

As aspirações de uma Estratégia de Brasil Figital devem, todas, ser grandes desafios nacionais. Para serem, depois, objeto de transformações que resolvam grandes desafios nacionais e, sempre que for o caso, regionais. Em estratégia e figital, o Brasil tem quase o dever de liderar sua região, e não tem sequer liderado a si mesmo, por absoluta falta de compreensão de mundo, de tantas oportunidades gigantescas ao nosso redor, das possibilidades para nossa gente.

Quer ver uma aspiração de uma Estratégia de Brasil Figital que mudaria, e muito, a vida e a produtividade brasileiras? Leia o parágrafo abaixo.

Até 2030… se um órgão de Estado requerer, de um cidadão ou organização, documentos que dependem de outro órgão de Estado para o processamento de uma solicitação qualquer, cabe ao órgão requerente se desincumbir de sua própria demanda, da forma mais efetiva possível; todas as solicitações feitas ao Estado e que dependem unicamente de processamento de informação e tomada de decisão terão um tempo máximo de resposta e todas as solicitações não atendidas no prazo estarão automaticamente decididas a favor do requerente.

Leia de novo, para ver como a sua vida -e a de todo mundo- mudaria com tal aspriração transformada em realidade. Se você trabalha no Estado, imagine como seria fácil resolver tal problema com uma transformação figital…. ao mesmo tempo que é quase impossível resolvê-lo com simples melhorias.

Vamos ver outra aspiração relacionada à produtividade?… Leia o parágrafo abaixo…

Até 2030… os mecanismos de formação de capital humano farão a transição de graduações para competências e habilidades; todos concluintes do fundamental terão as competências mínimas para entender e agir no espaço figital e todos os concluintes do ensino médio terão competências e habilidades necessárias para competir por trabalho e emprego em ocupações que demandem performances nas dimensões do espaço figital.

Mais uma?… Então…, que tal:

Até 2030, o Brasil criará condicões de aprendizado, reaprendizado e desaprendizado para migração de competências e habilidades para demandas da competição no espaço figital que atendam todos os trabalhadores que serão deslocados pelos processos de informatização, virtualização, robotização e plataformização causados pela revolução da informação e, até 2040, todos os trabalhadores e cidadãos que queiram participar de programas de educação para o futuro do trabalho terão vaga assegurada e assistência garantida no sistema público e gratuito.

A transformação figital dos mercados -e dos países– é incontornável. Não é mais uma escolha de cada nação. É como se uma nova forma de energia -a informaticidade, bit.ly/3eUZG2J– começasse a chegar e todo mundo já estivesse tentando usar. Quem não aprender e conseguir usá-la para se transformar estará fora dos mercados. De todos os mercados. Inclusive os dos serviços “de” Estado.

Escrevi sobre isso em Direções, Desafios e  Dimensões para uma Estratégia de Brasil Figital, no link bit.ly/3UPdJtz. São 31 páginas tratando do que a federação, estados e municípios já deveriam estar fazendo, no Brasil, para se transformar no espaço-tempo figital e continuar competindo, para sobreviver como instituições públicas. Para que o Brasil sobreviva como competidor global.

Para que os brasileiros sejam mais produtivos e se abram novas oportunidades para todos. Para que os empregos sejam melhores e os salários, muito mais altos. Porque compensações sociais têm um limite, e ele é baixo onde a produtividade e a competitividade são baixas. Vide nosso salário mínimo, que é quase uma compensação social…

Olhando de longe, se eu fosse um servidor público, do topo à base, começando a trabalhar hoje, eu leria o que escrevi. E começaria a pensar, desenhar e trabalhar nas estratégias que o espaço-tempo sob minha gestão, do país inteiro ao menor departamento de serviços públicos, deveria ter para tratar dos interesses das pessoas a quem terei que servir a partir de hoje. Boa leitura.

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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