SILVIO MEIRA

inovação, em pequena e grande escala, e o “dilema capitalista”

vez por outra alguém escreve um daqueles textos que tem que ser lido e relido por muito tempo, por muita gente. mesmo que não seja uma teoria ou receita completa pra resolver um problema complexo, como é o caso do último artigo de clayton christensen no NYT [A Capitalist’s Dilemma, Whoever Wins on Tuesday, que saiu dia 3/11, neste link]. a pergunta de christensen, logo na abertura do texto, é… independentemente de quem ganhar a eleição americana nesta terça, quando émesmo, e sob que condições- que a economia vai voltar a crescer?…

a pergunta é fundamental para economia de qualquer país, em qualquer estágio de desenvolvimento e performance, pois as crises econômicas são parte de ciclos de longo prazo e, mais cedo ou mais tarde, hão de ser tratadas em cada região e país. e o texto deveria ser leitura obrigatória, de candidatos a empreendedor a membros de todos os poderes [e não só o executivo, como diz cristensen], pois é no estado, nas condições que suas ações impõem à sociedade, que está boa parte do suporte à inovação. ou da falta dele, como é o caso nos EUA [por certo conjunto de fatores] e no brasil [por outros, adicionais, além dos americanos].

há quem duvide do papel do estado na inovação e empreendedorismo, como se os dois ocorressem num certo vácuo político, social e econômico. lester e piore, em innovation: the missing dimension, mostram exatamente o contrário: que boa parte da inovação e empreendedorismo, especialmente quando capaz de [re]criar o desenvolvimento econômico e social de longo prazo e em larga escala, depende fundamentalmente de políticas públicas. e eles avisavam que havia algo de muito errado no ar, lá nos estados unidos, em 2004. e, de lá pra cá, não se fez nada pra mudar o cenário. deu no que deu… pelo menos até aqui. e não há sinais de que vá mudar… lá ou aqui, e nem tão cedo. por que?

cristensen diz que a situação econômica americana vai continuar do jeito que está por muito tempo, a menos que se tome providências estruturais profundas. pode ser que, afinal, os EUA estejam chegando ao mesmo patamar [político, contextual] de inovação do brasil. e não porque tenhamos nos tornado mais competitivos nisso, mas porque eles pararam no tempo e não têm repertório para enfrentar a maior crise que se instalou no país em mais de 60 anos.

pra entender [por alto, e rapidamente] o problema de inovação [mais do que nos EUA, no mundo] e parte do que deve ser feito pra resolver o “dilema capitalista” do título, pense em 3  [grandes] tipos de inovação. em primeiro lugar, estão inovações que criam novas categorias de produtos e serviços, explorando novos mercados, com novas tecnologias [na tipologia de christensen, empowering innovations]. aqui estamos falando da transformação de  produtos e serviços complicados e muito caros [ou inexistentes] em coisas simples e universais [pense amazon kindle e a série de produtos e serviços “i” da apple]. tal classe de inovação gera trabalho porque demandam novas competências e, em geral, mais pessoas para criar, fazer, vender, distribuir e cuidar da manutenção de predutos e servicos associados.

segundo, há as substitution innovations, que entregam os produtos e serviços de “próxima geração” e permitem o crescimento incremental no mesmo mercado ou em mercados adjacentes. o problema econômico, neste tipo de inovação, é que não é necessário mais gente [no mercado de trabalho, no total], pois os que adquirem produtos e serviços resultantes desta classe de inovação, como o próprio  nome diz, deixam de adquirir outros, de classe “inferior” ou “anterior”.

por fim, há as efficiency innovations, aquelas que estão associadas às melhorias, extensões, variantes e reduções de custos em linhas de produtos existentes e sendo consumidas no mercado atual. aqui, às vezes nem se percebe alguma inovação no produto e serviço que se consome, pois as mudanças se deram por trás do que você usa.

no diagrama abaixo [derivado de terwiesch e ulrich,  neste link], eficiência está associada à inovação que ocorre em h1, o horizonte de curto prazo; substituição vem de h2, o médio prazo. e empoderamento vem de h3, o horizonte de longo prazo. são as inovações que acontecem em h3 que criam novos tipos de consumo. as inovações que ocorrem em  h1 resultam na liberação do capital enterrado em processos ineficientes de fabricação. do ponto de vista econômico, h2 é um “jogo de soma zero”, pelo menos do ponto de vista de trabalho “novo”.

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de acordo com christensen, a doutrina econômica ensinada nas “grandes escolas” americanas, bem entendida por executivos competentes e pelo governo de lá [e amplamente copiada no mundo inteiro… inclusive aqui], fomenta o horizonte h1 em muito larga escala, em detrimento de h2 e h3. aqui no brasil, basta ver o que faz o BNDES, captando recursos a custos maiores do que oferece e investindo em negócios que os recursos já existentes na iniciativa privada dariam conta [de sobra, por acaso]. por que?…

porque há dinheiro demais, na economia americana e em todo lugar. a escassez de capital se tornou abundância e a doutrina de tratar o capital como o componente essencial de um negócio não mudou. resultado? quando capital é liberado por h1 [por mudanças associadas ao ciclo de inovações no curto prazo] é reinvestido em h1. no caso americano, h1 pode estar associado a outsourcing de trabalho para a china, como a apple faz em muito larga escala… o que tem como consequência um monte de dinheiro nos cofres da companhia e nenhum emprego fabril nos EUA. lá, injetar mais dinheiro na economia, para consumo ou h1, não provoca as mudanças que mudariam de forma significativa o estado da economia americana. resultado? a crise, que deveria ser estrutural [como tantas, antes…] é, agora, estrutural.

no caso brasileiro, não ter nenhum pensamento estratégico nacional para h3 quer dizer que não se faz –ou se fará, caso continuemos como vamos- quase nada, aqui, que crie algum tipo de “novo” trabalho, que só pode ser feito aqui, até que se torne commodity. procure as empresas, no brasil, associadas a h3, e você verá que são as mesmas, há décadas. e que “novos” setores da economia, como software e bioX, claramente associados a h3 em qualquer lugar do mundo, não têm lugar no que se poderia chamar de “pensamento nacional”, seja de governo, econômico ou social.

o problema, então, é: como convencer executivos [privados e públicos] viciados em [e sendo muito bem remunerados por, e com muito pouco risco em…] h1 a gerir seus negócios de tal forma a criar mais oportunidades em h3 [ou, quando não der de jeito algum, em h2]?

o dilema é que o comportamento dos executivos não vai mudar se não mudarem as regras do jogo; mas os executivos não têm qualquer interesse em mudar as regras. e por que mudariam? como no futebol, não se mexe em time que está ganhando. e, já diziam lester e piore em 2004, não haverá mais h1 sem mudanças no contexto. de lá pra cá, ninguém leu o livro ou, se leu não entendeu nada.

mas mudar como? segundo christensen, é preciso mudar a forma como métricas do tipo RONA [return on net assets], ROCE [return on capital employed] e IRR [internal rate of return] são usadas nos negócios, o que significa mudar a forma do “sistema” tratar o capital. usando IRR como exemplo, a taxação do capital, em quase todo mundo, hoje, faz com que a maior parte do investimento venha para o horizonte de inovação h1.

ainda por cima, h1 promove retornos rápidos… com pouco investimento. como se não bastasse, h1 se confunde, em certos cenários, com uma certa inovação capaz de “gerar valor”. até porque a alta rotatividade de executivos nos grandes negócios fortalece a ideia de que o “meu bônus” está “só” no curto prazo, mesmo porque eu não tenho um outro, mais longo, no negócio. vi isso mais de uma vez, e em muitas empresas, aqui no .BR.

mudar a cultura de índices de performance nas empresas e seu uso é uma parte da solução. e isso pode ser induzido por mudanças no tratamento dados pelos estados ao capital empreendedor, diminuindo [ou tornando negativos] os impostos sobre investimentos associados a h3, ao empoderamento inovador. sim, eu sei que temos, no brasil, a lei de inovação, do bem, da informática [e outras…], mas só que estamos falando de uma outra coisa: para que haja renovação continuada das bases da economia e do desenvolvimento social, é preciso um conjunto coerente de medidas e mudanças, em todo o espectro regulatório, para promover um aumento da nossa competitividade sistêmica. para citar um exemplo, o brasil de 2010 tem a mesma produtividade de serviços de 1960. isso enquanto todo o mundo se tornava uma economia de serviços e quando ainda há quem ache, aqui, que nossa parálise não tem nada a ver com o regime trabalhista mais conflituoso do planeta.

no fim do texto, christensen diz que os projetos “robin hood” de muitos governos, ao taxar os ricos e distribuir o resultado pela classe média e mais pobres, são vôos de galinha: ao criar a ilusão de “melhora” da economia, pelo aumento do consumo imediato, as medidas escondem os problemas reais, a ineficiência e a ineficácia do sistema de regeneração econômica. e que estes só serão resolvidos pela via, quase certamente única, das inovações radicais, de muito longo prazo, inclusive e, talvez principalmente, as sociais, mudando os comportamentos de todos os agentes, no mercado [inclusive da política e das ideias] como fornecedores e consumidores de qualquer coisa…

talvez, depois das eleições, os EUA tenham mesmo que pensar nisso, pois não há sinais de que a economia vá mudar de outra forma. mas bom, mesmo, era que a gente, aqui, começasse a pensar nisso antes das próximas eleições. tomara.

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