SILVIO MEIRA

pra onde vai a internet? [1]

a gente poderia dizer que a rede não vai a lugar nenhum. está aí, parece que desde sempre, e estará aí, e pra sempre. pra começar, a internet está aí, hoje, porque a rede, como pensada inicialmente, tinha princípios bem simples, fáceis de entender, implementar e usar. por todos. técnicos que estavam escrevendo a rede, gente do poder que estava financiando o esforço, cientistas, em áreas fora da computação, que usavam a infraestrutura em seus laboratórios e escolas e, depois, por pessoas como eu e você e por todo tipo de instituição, negócios, governo e terceiro setor. em 2008, quando se comemoravam 40 anos do que poderia ser classificada como a declaração de princípios da internet, feita por leonard kleinrock na university of california em los angeles, havia um slide numa palestra minha sobre [e comemorando] as bases filosóficas da internet. olha ele aí.

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a internet que se tornou a rede que a gente conhece hoje tinha estes cinco princípios e um outro, radical, que fez com que a rede fosse o que é hoje: cada um só paga seu acesso ao ponto mais próximo onde já há rede. não fosse isso, a rede seria como o correio: quanto mais distante está o destinatário [da carta] maior o preço do transporte entre os dois pontos. imagine se isso valesse para seu emeio e grupos de faceBook, além dos sites que você acessa quase todo dia. se a gente pagasse por distância e volume de dados, na internet, a rede não teria mudado o mundo tanto quanto mudou nos últimos 20 anos, desde a internet comercial pra cá.

mas a internet -suas infraestruturas, serviços e aplicações- não operou uma mudança tão radical nas relações econômicas e sociais, ainda, como a troca [lá no começo da era do vapor] do trabalho manual pelas máquinas [e a criação das fábricas na escala em que conhecemos] ou pela transição entre a tração animal e os veículos a motor, no começo do século 20. nestas duas transições, não havia ambientes regulatórios do passado, e ainda menos instituições de regulação que continuaram existindo depois da transição. mas a mudança de telecom para internet trouxe, junto com ela, o regulador do passado. como a ITU, a federação internacional de teles e governos que ordena quase tudo o que transmite informação entre dois ou mais pontos, a menos da internet, até aqui, pelo menos. desde que começou esta “coisa” de internet que o grande sonho [e desígnio, e planos…] da ITU e da vasta maioria dos reguladores nacionais [como a ANATEL] é decidir e controlar o que pode e o que não pode rolar na internet. e como. e quem pode ou não fazer o que…

por que? porque a internet, desde sempre, funciona sobre a rede das teles. hoje, nem é assim; a “rede” que a gente usa, do lado de cá, é a rede das teles, do lado de lá. e o que é que isso tem a ver com a minha, a sua, a nossa internet?… tudo. porque, se a gente não tiver quem garanta que a rede vai obedecer os princípios gerais que leonard kleinrock traçou há quase meio século, mais alguns outros que descobrimos que a rede tinha que ter depois, pode muito bem ser que a rede, daqui a alguns anos, seja mais pra uns do que pra outros. e, mesmo que a gente tenha –em tese- quem garanta que a rede deveria ser pra todos, é capaz da rede, ainda assim, ser mais pra uns do que pra outros. oxe… como assim?

um texto recente e muito interessante de robert m. mcDowell, ex-conselheiro da FCC [a ANATEL americana] descreve como neutralidade de rede pode ser “apenas” uma plataforma de lançamento para que [lá nos EUA] o regulador nacional de telecom passe a controlar, também, o espaço econômico e negocial da internet. como a rede foi criada nos EUA e ainda [apesar da grita mundial pós-snowden] é centrada lá… é bom prestar atenção nos acontecimentos americanos, pra tentar entender o que pode rolar noutras plagas, como a nossa, apesar de todo tipo de bravata de políticos e administradores nacionais.

nos EUA, um provedor de conteúdo [NETFLIX], que chega a ocupar mais de um terço de toda a banda larga nacional no horário de pico [os mesmos da TV; surpresa?] paga, hoje, para que os principais provedores não limitem o tráfego entre os datacenters onde estão os filmes e séries e as casas dos clientes que querem vê-los. mesmo com os clientes pagando à netflix pelos filmes e aos provedores pela banda. sua banda. mesmo assim, a netflix está pagando, digamos “proteção” para os seus fluxos de dados, como se o recurso “banda” fosse escasso. e como se houvesse uma máfia de conexão em rede nos EUA…

o predecessor da ANATEL, o DENTEL, tratava primordialmente de um recurso escasso [dentro da limitação teórica e prática de décadas atrás], o espectro eletromagnético. se concordarmos que a rede, hoje e daqui pra frente, também é um recurso escasso, e que um dos pilares essenciais da internet, contratação e garantia de banda por um usuário final tem que ser entregue pelo seu provedor, está aberto à discussão irrestrita, é porque aceitamos que a rede, no futuro, não será o que foi até aqui. se, como diz mcDowell, a neutralidade de rede for usada como uma agenda para dar à ANATEL [e ao governo, portanto, e a ITU, globalmente] o dever de garantir uma internet igual pra todos… dentro dos limites do que cada um pode pagar pelo que deveria ter [que já não é tão igual assim, convenhamos!], nós temos um problema.

sabe porque?… porque os processos “abertos”, as audiências públicas das agências, no mundo inteiro, quase nunca ouvem, de fato, o cidadão comum. um estudo americano mostra que mais de 95% das intervenções nas audiências são ingênuas e desinformadas e que as agências reguladoras [e os órgãos de governo em geral, em seus processos abertos] tendem a dar atenção aos longos estudos e intervenções de corporações bilionárias e seus advogados. e o mesmo acontece na internet e seus reguladores, globalmente. na atual discussão sobre se a rede americana deve ter mais ou menos intervenção da FCC, enquanto os cidadãos submetem parágrafos ou páginas, quando muito, a verizon [um dos provedores que cobra da netflix] apresentou um comentário de 184 páginas, fartamente referenciado, trabalho que deve ter custado muito em tempo e recursos. e que deve fazer parte, quer a FCC queira ou não, do raciocínio e regulação final sobre o que vai rolar na rede americana. até porque, se não for atendida [pelo menos em parte] pela agência, a verizon [e os outros provedores] irão até a suprema corte para defender sua posição. ou você acha que não? e aqui… seria diferente por que?

o fato é que, nesta década, o conceito fundamental da internet completa 50 anos e a rede, prática, 25 anos de existência. já deu pra todo mundo entender o que é, como se faz, pra que serve, o que está em jogo e qual é o lado de cada um. a humanidade –as pessoas, empresas, instituições, repartições e governos, e mais os órgãos internacionais e multilaterais- entrou no jogo. quando isso acontece, e acontece com algo tão poderoso como a internet, das duas, uma: ou eles tomam conta do espaço e nós somos só usuários [como sempre, se tanto], ou nós damos as cartas. como dávamos lá no começo da internet. será que isso volta?

sei não. sabe por que? porque, há décadas, os cientistas e engenheiros por trás do que viria a ser o futuro da rede [hoje!] já estavam mostrando como era que dava para [ou seria preciso] fazer acomodação dinâmica de tráfego [ou traffic shaping, na linguagem técnica]. a figura a seguir, de um artigo de bhargava et al., dos 25 anos dos princípios de kleinrock, já dizia o que [e o artigo, um entre centenas, mostrava como]. aí, o policy database é onde fica escrito quem tem prioridade sobre quem, como e porque… nos roteadores da rede.

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tecnologia é o domínio das possibilidades. se algo pode ser feito, será feito. a menos que haja uma imensa energia social, articulada e de muito longo prazo, para que um outro conjunto de coisas seja feito. passar um código como o marco civil da internet é parte do processo, mas nem de longe garante que a rede do futuro é a nossa… e não a deles.

a gente vai voltar ao assunto breve, aqui. você, aliás, já ouviu falar em OTT? e sabia que a dívida da deutsche telekom, a principal operadora dos campeões do mundo, é do pouco menor que a dívida da colômbia e que, se a operadora alemã fosse um país, estaria entre as 50 maiores dívidas do mundo [e teria um PIB 50% maior do que o uruguai]? pois é. o setor global de telecom é de gigantes. maiores do que os menores países, e capazes de falar bem mais alto do que eles. aí é onde moram os problemas. e boa parte das soluções, por sinal.

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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