o brasil tinha pouco mais de um milhão e meio de “celulares” 3G no fim de 2008. quatro anos depois, ao fim de 2012, e logo antes de da quarta geração entrar no mercado, eram mais de 52 milhões de aparelhos em 3G. em pouco mais de um ano, a soma dos celulares que operam nas frequências de terceira e quarta geração de comunicações passou de cem milhões, chegando, ao fim de fevereiro, a mais de 103 milhões de terminais. o que quer dizer que a penetração do que pode ser chamado, de forma ampla, de smartphones, passou de 50% da população brasileira, estimada pelo IBGE, hoje, em pouco mais de 202 milhões de habitantes. o gráfico do crescimento do número de celulares é mostrado abaixo, com números da consultoria teleco, sistematizados pelo blog.
o gráfico é uma das indicações de que mobilidade pode ter atingido massa crítica no brasil. consultados em dezembro último, 77% os usuários de smartphones dizem estar nas redes sociais, neles e, para a maioria dos usuários [55%] filas [e momentos de espera por alguma coisa] são o principal tempo de uso dos celulares. os números são ainda mais interessantes porque 84% dos smartphones estão nas classes B [49%] e C [35%]; os dois grupos têm 78,2% dos brasileiros, segundo o novo modelo de estratificação socioeconômica e consumo do brasil. se os dados deste parágrafo forem consistentes, mobilidade pode ser o serviço mais democrático do brasil, com o maior alcance social e, quem sabe, com um impacto econômico muito significativo em todas as faixas de renda, em todas as idades e em todas as regiões.
o impacto de curto, médio e longo prazo de pessoas conectadas, dos relacionamentos e interações que estas conexões possibilitam, na formação de novos hábitos de articulação e participação social, de [re]criação de culturas, de trabalho, consumo… será imenso. mobilidade de conexões e comunicação, na escala em que começamos a ter, a partir de agora, vai mudar muita coisa. das escolas aos negócios, de empresas ao terceiro setor e no estado [com E, maiúsculo]. quem antever –bem antes dos outros- os desafios e oportunidades… há de criar novos negócios inovadores de crescimento empreendedor. “negócios”, aqui, não quer dizer empresas nem lucro, necessariamente; podem ser novas formas de fazer as coisas no estado, por exemplo, envolvendo muita gente, muito rapidamente, em função de um universo cada vez mais conectado e interligado de agentes, em tempo real. pense, pense nas possibilidades…