resultado de meia década de estudo, sinan aral e coautores acabam de publicar um artigo no jornal information systems research [Information, Technology and Information Worker Productivity, que você pode encontrar grátis neste link] onde analisam o que diz o título: o que informação e as tecnologias associadas têm a ver com a produtividade de quem trabalha primordialmente com informação.
depois de analisar mais de 120 mil emeios trocados entre colaboradores de uma empresa de recrutamento durante dez meses, observar dados de mais de 1300 projetos por cinco anos e levar em conta as habilidades informacionais e uso de TICs dos trabalhadores, cheg0u-se a duas conclusões: primeiro, fazer mais coisas ao mesmo tempo [mais multitasking, e não atenção parcial contínua] gera mais resultados, apesar dos retornos decrescentes [como seria de se esperar]. segundo, trabalhadores cujas redes de contatos representam conhecimento heterogêneo [não são "focados", ou centrados demais num mesmo problema] são menos produtivos em média… mas mais produtivos quando têm que trabalhar, ao mesmo tempo, em portfolios diferentes.
empresas são abstrações. quanto mais conhecimento e informação existe em seu produto [ou serviço, ou resultado], mais dependentes são e serão de redes e fluxos. memória e conhecimento organizacionais não são estáticos e passíveis de serem depositados em "um" lugar ou pessoa ou mesmo num grupo isolado. ao contrário, são transações em rede, parte do fluxo de informação que regenera, o tempo todo, um negócio. isso também vale para indivíduos: para cada um de nós, relembrar é reconstruir, em rede [no cérebro, em contexto].
estudar negócios como redes, em seus mais diversos aspectos, vai ser essencial para entender [e planejar, e administrar..] as companhias conectadas. ou melhor, as únicas companhias que irão existir no futuro próximo. pois quem não estiver conectado não existirá, pelo menos não como empresa.