os nomes de sites na rede, até aqui, terminam em um número limitado de domínios de alto nível [ou TLDs], que são genéricos [como .com ou .org] ou estão relacionados a países [como .br e .pt]. dentro dos genéricos, vale mais ou menos qualquer coisa; nos ccTLDs [os country code top level domains], cada país faz sua regra. pra dar um exemplo, tentei registrar um domínio no .it [itália] por meses a fio, sem sucesso. e sem retorno.
nesta quinta, tudo pode mudar. a icann, que serve como um regulador mundial pra [algumas coisas da] internet, vai votar a liberação [ou não] de TLDs realmente genéricos, de sorte que companhias poderão ter seu próprio TLD [acima e ao lado do .com… imaginem quem vai querer .cola?]. há anos o assunto está em debate, até porque muita gente queria domínios específicos como .xxx, para sites de sexo, além de muitos outros.
a mudança pode ser a mais radical e perceptível, daqui de fora, no funcionamento da internet, em décadas. segundo paul towney, ceo da icann… “The impact of this will be different in different parts of the world. But it will allow groups, communities and business to express their identities online. Like the United States in the 19th Century, we are in the process of opening up new real estate, new land, and people will go out and claim parts of that land and use it for various reasons they have. It’s a massive increase in the geography of the real estate of the internet.”
uma reforma agrária da rede. uma nova geografia da internet. uma corrida de carruagens digitais dos nossos tempos. talvez eu me anime e corra pra registrar, além de meira.com, o .meira, puro e simples. o que me daria o emeio @meira, sem nenhuma terminação adicional. alguma hora vamos ser conhecidos pelos nossos nomes e o protocolo de acesso a nossos endereços e nada [?] mais. danado vai ser se alguém, com muito mais recursos [e/ou informação e interesses] do que temos… levar embora nossos sobrenomes… e muito, muito mais.