As conexões de banda larga cresceram 45% em 2012, comparando com o que o brasil tinha de rede em 2011. os dados são da telebrasil, associação brasileira de telecomunicações, neste link. segundo a associação que representa as empresas do setor, a banda larga móvel cresceu 60% em 2012 e a fixa 10%. a cobertura de celular 3G, que possibilita as conexões às quais poderia ser dado o rótulo de banda larga móvel, cresceram 24% em 2012, atingindo 3.279 cidades, onde está 88% da população do país.
dados alvissareiros, quando se olha de longe. mas, das 86 milhões de conexões do brasil, 66 milhões são móveis e 20 milhões, fixas. considerando todos os acessos, a que proporção poderíamos aplicar as noções de alta velocidade e boa qualidade? é pouco provável que alguém consiga participar de um curso online [como um dos edX] usando a banda larga móvel brasileira. onde funciona, as velocidades não passam de uns poucos megabit/segundo e não sustentam o download continuado de vídeo, por exemplo. se a conexão for compartilhada, nem pensar.
nas cidades da copa, 4G [velocidades móveis de até 100Mbps] não vai ser tão “4” assim: vai haver alguma cobertura, mas não a que se espera. no caos que é a burocracia brasileira, são necessárias quase 10.000 licenças pra instalar antenas que dariam uma cobertura 4G decente nas 12 cidades. e a instalação das antenas a uma velocidade duas vezes maior do que a prática até aqui. a média brasileira é 15 antenas por dia. nas cidades da copa, o ritmo deveria acelerado. sem as licenças, está a muito pouco, ou nada, por qualquer unidade de tempo. sem antenas… sem 4G.
mesmo se as antenas e o resto da infraestrutura estivesse funcionando, na copa, as frequências de 4G daqui, hoje, não são usadas por outros países. e os celulares “de fora” terão que usar 3G ou, em alguns casos, 2G. por isso que a ANATEL mandou os operadores de MMDS [algumas TVs por assinatura] desocuparem o espectro que usam imediatamente. um rolo federal. atrasado, por sinal. ou sem sinal…
voltando ao começo: 45% a mais de conexões em um ano é uma ótima notícia em qualquer lugar. o que todos esperam é que se possa dizer, em pouco tempo, que a qualidade dos acessos melhorou 45% no mesmo tempo, para melhorar 100% por tres a cinco anos seguidos, pra todo mundo dizer que tem banda larga de verdade. e esta tem que ser a próxima meta do sistema, até porque a base não vai continuar crescendo como nos últimos anos. em 2012, foram apenas mais 8.1% de conexões móveis e 2.4% de fixas. o objetivo, agora, tem que ser qualidade e confiabilidade.
segundo a telebrasil, a velocidade média da banda larga fixa em janeiro de 2013, no brasil, era 6.56Mbps, 12% maior do que há um ano. e o mesmo estudo diz que 95% da velocidade contratada pelos usuários é entregue pelas operadoras. como não se diz a metodologia e parâmetros que foram usados na análise, o blog se une à maioria dos usuários e acha que não é bem assim, porque não é o que se vê, na prática, onde quer que se teste. sem transparência no processo de avaliação, é impossível julgar, independentemente, a qualidade do serviço sendo prestado.
mesmo que esteja tudo nos conformes, o brasil estaria hoje na 74a. posição global em velocidade de rede, atrás do tajiquistão e papua new guinea e logo acima de madagascar. e 1/4 da velocidade de macau, 1/5 da coréia do sul… e por aí vai.