SILVIO MEIRA

é possível inovar em educação? [2]

este é o segundo post de uma série sobre a pergunta-título do acontece educação, evento do C.E.S.A.R e instituto singularidades, em são paulo. eu fui um dos responsáveis, junto com muita gente boa, pelas provocações por lá. e o evento, sabiamente, não permitiu apresentações visuais. mas eu tomei umas notas pra guiar minha fala, e é a partir delas que este texto foi escrito. eu anotei dez pontos, abordados em sequência, numa intervenção de vinte minutos. a primeira parte está neste link; vá ler antes de entrar nesta aqui, senão é bem capaz de nada –aqui- fazer sentido.

*  *  *  *  *  *  *

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boa parte do nosso problema educacional mora no curto prazo, no imediatismo das ações de governo e outros agentes. político, como se sabe, é um animal que se reproduz em urnas. a [alta] quantidade e [baixa] qualidade de eventos eleitorais, no brasil, combinadas com a baixo grau profissionalização de um serviço público onde [no nível federal] há dezenas de milhares de cargos de confiança deveriam nos deixar desconfiados de que nada que precisa de política, estratégias, planejamento e ações de longo prazo vai vir, naturalmente, do sistema e instituições correntes. mas é sem tocar nelas que muitos, nelas e fora delas, querem inovar.

eu estou no sistema educacional há décadas. fui aluno [no brasil, da alfabetização ao mestrado], professor de todos os níveis da carreira em universidade federal [me aposentei da UFPE em 2014 como professor titular], fui coordenador de laboratórios, cursos de graduação e pós, participei de foros e conselhos de muitos órgãos relacionados a educação e ciência no brasil, em vários níveis e por muito tempo. minha conclusão é que, sem mudar o sistema, a educação brasileira não mudará o quanto precisa mudar para que o país, através dela, evolua como poderia evoluir. em outras palavras e sendo bem objetivo, o potencial do brasil jamais será atingido com a educação atual; e ela, a educação que temos hoje, nunca será verdadeiramente modificada dentro do sistema atual.

já que estamos falando de inovação em educação, seria bom definir o que é inovação. pra mim, peter drucker deu a definição mais simples, concisa, atemporal e, por causa disso, perene:

inovação é a mudança do comportamento de agentes, no mercado, como fornecedores e consumidores de qualquer coisa.

pra não ferir certos susceptibilidades, é possível mudar a definição, sem alterar seu significado, trocando as palavras mercado, fornecedor e consumidor por sociedade, provedor e usuário mas, por razões didáticas, é bom –até no caso de educação- usar a definição original. porque a educação, como qualquer outra área de atuação humana, obedece a leis de mercado, de oferta e procura; o mercado de educação é regido por demandas por quantidade, qualidade, performance, efetividade… e a falta delas, entre outras, define a sorte dos fornecedores em relação aos consumidores. não fosse assim, ninguém falaria de avaliação da qualidade, por exemplo, da educação.

muito já se disse, no brasil, sobre o que se tem que fazer para que o país tenha um sistema educacional público, gratuito e de qualidade. mas parece a única palavra cuja semântica está bem estabelecida, entre os proponentes de tal tríade, é que público quer dizer o mesmo que estatal. disputa-se o significado de gratuito… e o de qualidade, então, pouca gente sabe o que é. e o problema é que público, pra começar, não é o mesmo que estatal. mas essa é outra longa, complexa e difícil discussão, com cada um dos muitos lados ancorado nos seus dogmas e preconceitos. resultado?… não dá pra discutir o sistema e sua evolução, pois não se consegue acordar ao redor de que princípios deveria se constituir as instituições que lhe dão vida e se dar seu conjunto de processos de operação, manutenção e evolução.

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é aí que a gente chega no quinto ponto da conversa, mais ou menos o meio da minha intervenção. inovar em educação não só é possível; é necessário, mas não é suficiente. por que há todo um legado com o qual se há de conviver. como, aliás, em qualquer instituição [ou negócio], especialmente os de grande porte [como o sistema educacional]. é preciso dar manutenção num passado [do qual ainda precisamos, pelo menos em parte], operar um presente [que está aí, todo santo dia] e estes dois precisam ser postos de lado [ao mesmo tempo] para dar lugar ao futuro, que não acontece de graça e tem que ser criado. todo santo dia. o que é um parto, dos grandes.

o ponto 5, acima, exige instituições que operam em duas velocidades: lenta, para o passado e presente e rápida, para o futuro e isso cria, naturalmente, um grande número de tensões, quando não embates entre os que querem e não querem o futuro [ou o presente e o passado]. a solução, quando há visão, iniciativa, talento e engajamento para tal, é trabalhar em pelo menos duas dimensões temporais [agora e depois] e outras duas, espaciais, a da corporação já existente e a do startup que vai tratar de revisá-la, reescrevê-la, destruí-la, se for preciso, para trazer o futuro para o nosso novo negócio [de educação].

isso não quer dizer que vamos necessariamente nos envolver numa guerra organizacional sem quartel, para mudar o mundo de uma vez, de um sopapo. muito pelo contrário. no caso de inovação no sistema educacional, que está consolidado há séculos na sociedade [e no caso da maioria das organizações, há décadas], é preciso deixar o estilo “guerra” [ou revolução] de lado e descobrir o espaço e o tempo para consolidar um conjunto de tentativas de “guerrilha” [ou evolução], que certamente hão de levar muito mais tempo para fazer um efeito significativo mas que, por outro lado, têm maior chance de ter um impacto estrutural e de longo prazo no sistema. é isso o que diz a imagem abaixo…

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a anotaçãi acima é para ser lida –e se alguém for tentar, realizada- mais ou menos assim:

a inovação no sistema educacional, para ser verdadeira, tem que ser sistêmica, de fato; isso quer dizer que, no estado atual da maioria dos sistemas educacionais, é preciso ganhar espaço e credibilidade fazendo inovações incrementais, pontuais, até que um certo conjunto delas possa se transformar num processo de ruptura [as palavras disruptura e disrupção não existem na língua portuguesa e… soam horríveis. as duas.]; por outro lado, os processos de mudança têm que ser iterativos: cada passo incremental pode ter que ser reiterado, repetido um bom número de vezes até que se chegue ao ponto onde se pode dar o próximo passo; isso parece simples, mas não é; pois fazer algo de forma incremental, mas sem iteratividade, pode levar a lugar nenhum e, quase sempre, leva; à medida que o incremental, iterativo, começar a estabelecer práticas, elas vão –com alguma sorte- começar a virar rotinas… vão começar a ter impacto no sistema e, aí sim, devem começar a ser medidas! quando as coisas são medidas é porque, pelo menos em tese, elas são [se tornaram] essenciais e a performance das operações para chegar no resultado e o resultado em si deve ser comparada com ótimos teóricos que se quer alcançar. isso deve continuar acontecendo, até que as rotinas estabelecidas não mais dêem conta do recado, quando o ciclo começa, lá de trás, outra vez. ad aeternum. amen.

qual é o outro lado desta moeda? é tentar usar o sistema de medição vigente para avaliar o impacto de uma primeira rodada incremental de mudança. taí uma receita certa pra matar qualquer possibilidade de inovação na raiz. o novo não pode, nem deve, ser medido da mesma forma, com a mesma ótica, crivo e valores do velho. imagine se [só pra exagerar] automóveis [para transporte pessoal] fossem avaliados de acordo com as mesmas métricas usadas para cavalos. pense. a única coisa parecida é que certos motoristas têm um comportamento, ao volante, mais indômito do que os cavalos bravios. fora isso…

deixando essa comparação [pense outras, suas!…] pra lá, o que a gente deve estar mesmo preocupado, a esta altura dos acontecimentos, é que começamos falando de inovação e, de repente, medida entrou no jogo de novo. isso quer dizer que, depois de todo esforço para mudar, vamos nos sujeitar a medições ortodoxas, clássicas, que já faziam parte do sistema? sim. e não. primeiro, é preciso reconhecer que há objetivos, em qualquer sistema, que são invariantes. se for um sistema de ou para entretenimento, o objetivo é entreter as pessoas e uma das medidas de qualidade do sistema é se as pessoas estão se entretendo ou não. enquanto estivermos no negócio de entretenimento, não há como escapar dessa métrica, derivada de um dos objetivos invariantes do sistema. o mesmo pode valer, em muitos casos, para qualquer tipo de sistema, inclusive o educacional.

por outro lado, assim como no caso do transporte pessoal, um novo sistema [carros, no exemplo] terá que atender a preceitos de qualidade que não existiam antigamente. como julgar a vedação do habitáculo de um cavalo e seu nível de ruído interno?… pois é, não dá. o problema da maioria dos sistemas, face às mudanças causadas pelos processos de inovação, é que não se vai até as fundações do sistema como um todo e se muda, lá, os princípios –também- de sua avaliação. mudar princípios vai certamente levar à mudança de invariantes. senão, voltamos à estaca zero, talvez pior, agora com o novo medido pela métrica do velho. clip_image008

inovação sistêmica, em qualquer sistema, envolve mudar tantos de seus princípios e instituições quantos forem necessários e suficientes para que o novo sistema seja sustentável. senão, tudo terá sido só um experimento, por maior, demorado, doloroso e caro que tenha sido chegar lá.

*  *  *  *  *  *  *

[este é o segundo de uma série de quatro textos sobre inovação em educação; links pra todos? primeiro, segundoterceiro e quarto. é só clicar.]

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Silvio Meira é cientista-chefe da TDS.company, professor extraordinário da CESAR.school e presidente do conselho do PortoDigital.org

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